Fique sabendo mais sobre o Plano Nacional de Vacinação e PCDs durante o bate-papo das especialistas
No final de março, Flávia Albaine e Viviane Landim se juntaram em uma live para discutirem o Plano Nacional de Vacinação em relação às pessoas com deficiência.
De um lado Albaine, criadora do projeto Juntos pela Inclusão Social, Defensora Pública de RO e membro integrante da Comissão de Pessoas com Deficiência e Comissão dos Direitos da Mulher da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos.
Do outro Landim, especialista em direito médico e da saúde e atuante exclusivamente na área para os autistas e pessoas com deficiência na saúde suplementar.
“Eu realizo lives semanais no meu perfil do Instagram e convidei a Flávia para participar, pois já acompanho o trabalho frente à Defensoria há algum tempo e sou uma grande admiradora de seu trabalho. Resolvemos trazer um tema atual e ela propôs o plano nacional imunização e PCDs, inclusive por ela ter expedido 3 recomendações para inserir as PCDs no grupo prioritário”, conta Viviane Landim.
Segundo a advogada, muitas pessoas com deficiência estão com dúvidas acerca do plano nacional de imunização.
Por isso, elas resolveram trazer a informação para o público que muitas vezes são considerados os invisíveis da sociedade devido às barreiras atitudinais e de acessibilidade.
“O ponto alto do bate-papo foram as recomendações 73 e 19 do Conselho Nacional de Saúde, a discussão da ADPF 756 no STF (Superior Tribunal Federal), que está sendo discutido sobre o plano”, sugere.
Repercussão positiva após a live
Para Viviane outro momento importante da live foi quando a Dra. Flávia trouxe os fatores sociais que demonstram que as PCDs são vulneráveis e devem estar no grupo prioritário.
A explicação é que há um risco aumentado de contaminação diante das dificuldades.
“Isso como pessoas com deficiência físicas que utilizam cadeiras de rodas para se locomoverem e acabam colocando as mãos na rodas e estas tocam no chão; os autistas e pessoas com deficiência intelectual para usar máscaras devido às questões sensoriais; pessoas com deficiência auditiva que muitas vezes tocam as mãos no rosto para se comunicar e assim por diante”, exemplifica.
Diante do sucesso que foi a live ocorreu uma grande repercussão, onde diversas pessoas após live elogiaram, solicitaram as recomendações e o plano nacional imunização.
“Estamos gratas que, de alguma maneira, trazemos informação de qualidade para pessoas com deficiência, que não podem ser esquecidas por todos os níveis governamentais e pela sociedade”, salienta Landim.
De acordo com Flávia, as pessoas com deficiência têm lutado para a inclusão prioritária na vacinação contra a Covid-19.
“Há diversos argumentos que justificam tal inclusão, tanto no âmbito jurídico, no âmbito social, assim como no âmbito médico. Na live nós procuramos passar como está tal perspectiva na atualidade e em âmbito federal”, finaliza Albaine.