A masculinidade tóxica sempre foi um assunto muito pautado entre debates feministas e até mesmo em roda de conversas quando o assunto é ”masculinidade”. E é necessário entender que a masculinidade em si é algo cultural a qual, consequentemente manteve a mulher subversiva ao poder masculino. Mas será que devemos continuar a levantar somente críticas a respeito desse fator que é atribuído ao homem?
A cada dia conseguimos ver pouco a pouco a emancipação das mulheres no que diz respeito ao poder feminino e a consciência sobre igualdade de gênero, mas já não se pode dizer o mesmo dos próprios homens. Para que a masculinidade deixe de ser algo destrutivo, precisa-se de uma discussão partida dos mesmos. E até podemos ver algumas mobilizações e discussões de alguns deles na internet, com o propósito de dissecar esse comportamento tóxico.
‘‘E o que a maioria das mulheres acham disso?’’
Infelizmente a reação feminina a respeito dessa discussão,tem sido negativa. Muitas utilizam do argumento de que ‘‘Homens não podem protagonizar! Eles sempre fizeram isso e agora querem silenciar as mulheres’’ mas a questão é que os homens(em sua maioria negros) que estão atuando sobre esse problema, não querem reforçar essa imagem que já existe culturalmente. Eles querem justamente acabar com isso. Sendo assim, por que não dar o protagonismo para eles?
Esse é um debate que apesar de render bastante discussões, principalmente na internet, é de extrema importância. Não basta apenas reconhecer o problema porque ele sempre vai continuar ali, precisa-se de dar uma solução viável para tal. Agora, mais do que nunca, mulheres e homens precisam se unir para que isso seja resolvido. É claro que não vai erradicar o machismo e as feridas que a masculinidade causam, mas vai fazer uma diferença significativa da parte dos homens criarem consciência.Não é mesmo?
É difícil de digerir o fato de que homens também são vítimas do seu próprio comportamento, mas é necessário reconhecer isso. Obviamente a pressão psicológica a respeito dessa construção social não chega nem perto dos danos e as consequências desse fator que as mulheres sofreram. É um assunto delicado, sim, porque há uma linha muito tênue entre a maneira que o homem pode ser vítima de si mesmo e as mulheres sofrerem o impacto disso. Mas provavelmente esse seja um motivo perfeito para não os censurarmos mas sim apoiar os debates
