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“Guerra Civil” no Rio Grande do Sul

Revisão e edição: Tatiana Oliveira Botosso

As chuvas intensas no Rio Grande do Sul, desde o dia 29 de abril, aumentaram os índices pluviométricos dos rios, causando grandes enchentes na maioria das cidades do estado. Estas tempestades, somadas a devastação do meio ambiente nos últimos anos, e a falta de políticas públicas adequadas, geraram uma grande calamidade pública.

Vale lembrar da gravação de uma reunião em que o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Sales fala para o ex-presidente “passar a boiada” e alterar a legislação ambiental para facilitar o desmatamento:

As seguidas agressões ao meio ambiente, têm causado aquecimento global, poluição e fenômenos metereológicos como o El Niño e La Niña, que causam calor e frio extremos, respectivamente.

O estado do Rio Grande do Sul foi devastado pelas enchentes em grande parte das suas cidades, o governador declarou estado de emergência e o presidente Lula foi lá, assim como vários ministros, para prestar solidariedade a população, além de pausar do pagamento da dívida pública e viabilizar uma remessa de recursos para as cidades, o estado e a população.

A presidenta da aliança política Brics, Dilma Rousseff, anunciou em sua conta X a liberação do valor equivalente, em dólares, de R$ 5,750 bilhões de Reais para colaborar com a recuperação do estado gaúcho. Estes recursos virão do New Development Bank (NDB).

As doações estão à todo vapor, instituições como Cozinha Solidária, do Movimento Sem Terra (MST); Coperativa Única das Favelas (CUFA), empresa GR6, assim como artistas, empresas e pessoas anônimas. 

O governo Federal suspendeu o pagamento da dívida do estado sulista por três anos, e liberou um aporte de até R$ 50 bilhões.

Guerra Cívil, o filme

Mas, façamos uma pausa para lembrar que estreou essas semana o filme “Guerra Cívil”, que tem, entre os seus atores, o brasileiro Wagner Moura. 

O que esse filme tem a ver com a tragédia do Sul?  Muita coisa. O filme fala de um grupo de jornalistas e fotógrafos que vão até o coração do conflito registrar os passos do presidente dos Estados Unidos da América (EUA). Ou seja, eles analisam o exercício da função de um presidente em meio à tragédia e o caos. 

Dentre as críticas sociais presentes no filme, chama a atenção o retrato dos profissionais de mídia, e não tem como não fazer uma relação com os trabalhadores des categoria que estão no Rio Grande do Sul cobrindo este momento de calamidade pública.

Ao sair do cinema estava bem emocionado, pois me veio a lembrança da live que comandei pelo Barão de Itararé, com a participação da Katia Marko, Editora Chefe do Brasil de Fato (BDF)/RS. Ela contou que dois jornalistas do BDF tiveram suas casas inundadas, e pediu para a audiência colaborar com a campanha de arrecadação de valores para ajudar a população no estado.

Muitas redações jornalísticas estão pedindo doações. A Associação de Jornalismo Digital (AJOR), entidade que o Jornal Empoderado faz parte, listou sites de jornalismo do RS que precisam de ajuda. Confira a lista aqui!

Mais uma tragédia no Sul

Se não bastasse todo sofrimento e luta, de quem perdeu tudo e das pessoas que realmente querem ajudar. Agora temos que lidar em desmentir Fake News que tomaram as redes sociai. Como que uma pessoa, nesse trágico momento, ao invés de ajudar que precisa está espalhando notícias falsas: isso é mais do que criminoso, é doentio e perverso.

Matheus Leitão, colunista da Veja, fez uma comparação entre a diferença das ações de Lula e Bolsonaro nessa tragédia. “O clima está a favor da cooperação, enquanto a extrema-direita nada contra a maré e tenta transformar a tragédia em conflito”, conclui o jornalista. Leia o texto completo aqui.

A situação chegou ao ponto do presidente Lula se pronunciar contra a disseminação dessas notícias falsas.

Quem também se pronunciou sobre o assunto foi o jornalista esportivo André Rizek:

Vendo verdadeiros guerreiros e guerreiras do jornalismo trabalhando nesse momento no sul, me remete à outra atuação de Wagner Moura como Capitão Nascimento, no filme Tropa de Elite, quando o personagem diz que: “missão dada é missão cumprida“.

O salário pode não ser o melhor, podemos discutir plano de carreira, aposentadoria, segurança e tudo deve ser levado em consideração. Mas, quando colocamos um crachá, uma câmera na mão e/ou uma camiseta do nosso jornal/mídia transformamos as incertezas em fatos, notícias e histórias. Pois o mundo sempre terá caos, mas o bom jornalismo faz parte do esperançar.

Como disse o poeta Fernando Pessoa, no poema Mar Português: “Quem quer passar além do Bojador, Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.”

Passaremos por mais esse momento juntos(as)! E, para que os profissionais de mídia do RS consigam se reerguer, é preciso que eles conte com nossa solidariedade e ajuda.

Amém, Aleluia e Axé!

NOTA

Não deixe de curtir nossas mídias sociais. Fortaleça a mídia negra e periférica

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