Os dirigentes do futebol paulista querem voltar o quanto antes o Campeonato Paulista que foi suspenso devido a pandemia do coronavírus com o objetivo mais franco e sincero possível, para evitar a perda dos seus lucros, do vil metal.
Mas e os jogadores? Perguntaram pra eles se desejam continuar jogando? Creio que eles nem foram notados ou percebidos, sendo tratados como números. É perceptível que aqui no Brasil só podemos pensar em algo desse tipo quando soubermos entender combater essa doença de fato, visto que todos sabemos que está a anos luz de acontecer, por incompetência de um governo que demite o seu ministro no meio dessa tragédia por puro egocentrismo.
Precisamos nos atentar primeiro a como essa doença diminuirá crescentemente no país para aí sim voltar aos poucos os campeonatos, com redução de jogos e terem um final digno. A Federação do Estado que mais tem vítimas disparado da doença no país deve olhar para o próprio umbigo e começar a dar um suporte financeiro principalmente as equipes pequenas que estão endividadas e com certeza estão a um passo de fechar as suas portas, fazendo que seus jogadores (os principais estrelas do campeonato) fiquem ao relento, abandonados a própria sorte, não podendo trabalhar e pior não conseguindo colocar dinheiro nas suas casas fazendo as suas famílias viverem de pão e água, pois a grande maioria ganham salário baixo, nem de longe conseguiram a sua independência financeira como a minoria possuem, com os seus nababescos salários mensais de 500 mil reais pra cima.
Pensar apenas no dinheiro como muitos estão justificando para voltar o campeonato é um pensamento tão pequeno e desnecessário nesse momento. Os clubes estão quebrados há séculos e precisam pedir para a Federação um auxílio para tentar continuar o trabalho com eficiência, outra reivindicação é organizar junto ao governo uma reunião ampla onde pode ser estudado quando de fato os jogos poderão voltar a serem realizados mesmo que se for com portões fechados
Ficar mendigando dinheiro da Globo é uma atitude oportunista pois como ela vai pagar algo para os clubes se não está acontecendo os jogos? Quando ela se tornar a Madre Tereza de Calcutá dos Clubes isso possa acontecer, mas por enquanto não dá pra levar isso em consideração.
O principal passo para um recomeço é agir com um pouco de humanidade, chegar de fato aos principais interessados e discutir realmente o que se possa fazer dentro da realidade que estamos vivendo. Agir com ganância e não olhar ao próximo não é um bom caminho e digo mais, com tudo isso que está ocorrendo muita coisa vai mudar em todos os âmbitos, inclusive os jogos de futebol e todos os envolvidos precisarão estar prontos para um novo tempo.