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Filantropia brasileira acolhe o Black Philanthropy Month (BPM) no seu 10º aniversário

O Brasil promove a partir de amanhã, 4 de agosto,  a agenda local do 10º aniversário do Mês da Filantropia Negra (Black Philanthropy Month – BPM), que inclui a série BPM 2021 Global Summit, evento que começa nos Estados Unidos neste dia 3 de agosto, das 12h às 16h, e segue com eventos virtuais na África, Brasil, Canadá, Caribe e em todo o mundo. O

evento brasileiro acontece dia 4 de agosto, das 9h às 13h. A série termina no dia 31 de agosto com a iniciativa Reunity, cúpula internacional de mulheres negras investidoras, em colaboração com o Instituto de Filantropia Feminina da Universidade de Indiana.

Adriana Barbosa, CEO e fundadora da Feira Preta, maior feira negra do Brasil; Atila Roque, diretor da Fundação Ford no Brasil; Gilberto Costa, diretor executivo e co-líder do grupo de diversidade do Banco JP Morgan Brasil; Ines Lafer, diretora do Instituto Betty e Jacob Lafer e presidente do Conselho do GIFE; e Neca Setubal, presidente da Fundação Tide Setubal e ex-presidente do Conselho do GIFE, são alguns nomes do capítulo brasileiro do BPM. 

O BPM destaca a diversidade de pessoas negras em todo o mundo, essencial para este evento global. Selma Moreira, diretora executiva e fundadora do Fundo Baobá para Equidade Racial e presidente do BPM Brasil, observa: “O Mês da Filantropia Negra nos ajudará a contar a rica história das tradições de doação de nosso país, ao mesmo tempo em que amplia o apelo pela equidade nos investimentos para todos os brasileiros, incluindo comunidades negras, como parte de um movimento global pela justiça racial. ”

Reunity, a única rede global de mulheres negras investidoras que inspirou e organizou a primeira cúpula do BPM, desempenhou um papel essencial no avanço do movimento global da filantropia negra. Embora nem sempre sejam reconhecidas na história do campo de financiamento, as mulheres negras têm estado na vanguarda da filantropia, liderando chamadas por igualdade racial e de gênero e financiamento interseccional. Mojubaolu Okome, professora da City University of New York e estudiosa da diáspora africana, afirma: “Dos esusus aos novos fundos de risco liderados por negros, os afrodescendentes nos Estados Unidos e no mundo continuam uma rica tradição de inovação financeira que beneficia toda a sociedade.” Okome, uma líder da Reunity, acrescenta: “Enquanto a Reunity marca o seu 20º ano de inovação de mulheres negras, esperamos que o mundo se junte a nós enquanto trabalhamos para construir melhor a partir da devastação contínua da era do Covid.”  

1 “Esusu”, palavra do idioma Igbo (Nigéria), descreve formas tradicionais de cooperação em comunidades afro-descendentes em todo o mundo, por meio das quais grupos de indivíduos contribuem para associações informais de poupança e crédito de benefício mútuo.

                                                                   

No Brasil, o racismo é um processo histórico que modela a sociedade até hoje. Uma prova disso é que, enquanto a maior parte dos brasileiros é negra (54%), essa parcela corresponde a 70% das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, 71% das vítimas de homicídio e 61% da população carcerária. E esse cenário se reflete nas organizações sociais, evidenciando a importância da pauta da equidade racial para a filantropia e o investimento social brasileiro. Segundo dados do Censo GIFE 2018, apenas 10% das organizações afirmam focalizar a população negra em seus programas e projetos. Este percentual cai para 2% quando se trata de definir organizações que tenham a população negra, a equidade racial ou o combate ao racismo como foco prioritário. Considerando a complexidade, abrangência e urgência desse debate, o investimento social privado e a filantropia podem ter um papel estratégico em diferentes frentes, como no âmbito do investimento ou modo transversal a outros temas já desenvolvidos pelas organizações.

Entre os palestrantes do dia 3 de agosto estão Darren Walker, presidente da Ford Foundation; Bakari Sellers, analista político da CNN e ex-membro da Câmara dos Deputados da Carolina do Sul (EUA); Sunny Hostin, correspondente jurídica sênior da ABC News e apresentadora do programa The View; Leymah Gbowee, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz e fundadora da Gbowee Peace Foundation; e a líder religiosa e ativista reverenda Naomi Tutu. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas neste link 

.Nas palavras da Dra. Jackie Copeland, fundadora do BPM, Reunity e do The WISE Fund, “nosso 10º aniversário é uma prova da tenacidade das pessoas negras em todo o mundo. Temos grande determinação em fazer avançar nossa cultura de doação e promover acesso justo ao capital privado, incluindo filantropia e investimento de risco. A justiça econômica é a última fronteira do movimento pelos Direitos Civis e Humanos. Esperamos que os EUA e todo o mundo nos acompanhe na celebração do mês de agosto, pressionando por tornar a equidade uma realidade e começando por assinar o Compromisso Global pela Equidade no Financiamento Negro”.

Com o reconhecimento das Nações Unidas como parte de sua Década Internacional de Afrodescendentes e com proclamações de 30 órgãos governamentais, o BPM ganhou impulso, tendo sido celebrado por 18 milhões de pessoas em 60 países desde 2011. Valaida Fullwood, criadora do The Soul of Philanthropy e co-arquiteta do BPM, observa: “o BPM usou o poder da mídiasocial para celebrar a doação comunitária que une a cultura negra como um todo, enquanto também invoca tomadores de decisão para instituir princípios e práticas que aceleram a equidade na filantropia. ”

O 10º aniversário do Mês da Filantropia Negra segue a tradição de usar tecnologia de alto impacto para reunir líderes negros influentes da sociedade civil, empresariais e filantropos com pessoas de todas as esferas para construir planos de ação comunitários e práticos para uma maior equidade e impacto na filantropia. A co-arquiteta do BPM, Tracey

Webb, fundadora da iniciativa Black Benefactors (“Benfeitores Negros”), enfatiza que “o BPM reúne líderes negros e aliados de todas as origens para lembrar ao mundo que nós também somos filantropos e que nossas tradições de doação são importantes. Precisamos que fundações e corporações nos vejam e também nos financiem. ”

O BPM é apoiado por uma lista crescente de patrocinadores e parceiros, incluindo o St. Jude Children’s Research Hospital; o The b’elle group; o Instituto de Filantropia Feminina da Universidade de Indiana, Escola de Filantropia Lilly; e presidentes regionais globais, como a Foundation for Black Communities (Canadá); Afrigrants Foundation (África); a Puerto Rico Community Foundation (Caribe); e o Fundo Baobá para Equidade Racial (Brasil). As inscrições para o BPM 2021 Global Summit Series estão abertas.

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Sobre o Mês da Filantropia Negra

Apoiado por sua organização central, The WISE Fund, bem como outros importantes parceiros e patrocinadores, o Mês da Filantropia Negra – Black Philanthropy Month – é uma celebração global e uma coalizão de ação coletiva fundada pela Dra. Jackie Copeland em 2011 para celebrar e capacitar as doações negras em todos suas formas, além

de promover o financiamento (doações e investimentos) para fortalecer as comunidades negras em todo o mundo. Reconhecido pelas Nações Unidas e outros 30 órgãos governamentais, o BPM continua a crescer, a partir das 18 milhões de pessoas de 60 países que celebraram a iniciativa desde o início. Entre em contato pelo email

info@blackphilanthropymonth.com e saiba mais em blackphilanthropymonth.com.

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