Jornal Empoderado – Quem é Maria Aline Soares? Conte um pouco da sua história infância , família, etc.
Maria Aline Soares,tenho 41 anos , nascida em 25/09/1981 sou do signo de Libra , negra , Mãe solo de dois, do Muryllo de 17 anos e mãe atípica do Malik de 4 anos que é Síndrome de Down, Periférica, moro na comunidade do Parque Regina,zona sul região do Capão Redondo,São Paulo -SP.Moradora do morro da Serra Pelada na Viela São Francisco.
Filha da Maria Socorro ( Dona Help) ,tenho dois irmãos, o mais velho Alex 53 anos e o mais novo Alexandre 32 anos. Na infância tive muitos problemas por conta da cor de pele , cabelo traços largos , eram muitos apelidos, comecei a me defender batendo em quem mexia comigo.
Tinha até apelido Bica Fina porque era a filha do Bico Fino, meu pai vendia sapatos sociais com aqueles álbuns com a foto dos sapatos. Eu não tinha brinquedos, quando ganhava era das patroas da minha mãe que era diarista ,ganhava bastante coisa.
Na escola tinha muita dificuldade em aprender, repeti a quinta série na escola. Também era bem agressiva com aquelas brincadeiras, apelidos ou xingamentos por conta da cor da minha pele, do cabelo, boca grande, nariz largo, por ser alta e magra também.Batia de frente mais a vida me ensinou a lidar com isso e foi um dos motivos por me tornar professora e escritora de Literatura Infantil Negra, hoje sou professora tenho 41 anos então faz 31 anos que passei por isso e vejo que está piorando mais essa violência psicológica e física com as crianças negras .
Comecei a trabalhar com 12 anos cuidando de crianças, no farol entregando panfleto com 14 anos, na empresa monte Caju que prestava serviços para a filtrona, natura , Avon etc comecei como auxiliar de produção e passei para encarregada da equipe para a Filtrona do Pico do Jaraguá, arrumei emprego para a galera do morro chamei todos para trabalhar, na casa de cada um com 3 cachorros , pois isso era 4:30 da manhã.Eu sou cria da rua , desde pequena estava na rua as 7 da manhã e voltava só a noite, comia na casa das amigas de infância, adorava o tempero de todas , RS.Desde pequena já não gostava de injustiça , defendia minhas amigas contra as pessoas que queriam agredi -las.
Jornal Empoderado – Fale um pouco sobre os projetos sociais que você participou ou que tem intenção de elaborar.
Na quebrada em 2012 ,fiz um PROJETO BENEFICENTE DE GRAFITI; com intuito de reunir grafiteiros e fazer Grafitis nos muros das casas dos moradores da viela ,trazendo trabalhos lindos de artistas maravilhosos na nosso viela São Francisco no bairro do Parque Regina,zona sul de São Paulo-SP.O Daniel Oliveira e o Aderlei lima, conseguimos a meta e a viela ficou linda.
Em 2015 fui convidada pela tia Niltes Lopes responsável do departamento de Responsabilidade Social e Cultural da Escola de Samba Vai Vai,( PROJETO SAMBA NO PÉ; comigo “Professora Aline” ,também aula de Dança Afro com a nossa Musa Ivi Mesquita, Aulas de Capoeira com o Mestre Nelson Souza Aguiar,aulas de percussão “tamborim” com o Professor Bocão,algumas Aulas com as Africaleiras as professoras Mada e Má de Afrobeatsdance isso tudo todos os domingos das 10 da manhã as 14 com direito a almoço para crianças de 4 á 14 anos. Nossas alunas faziam apresentações como…
XI ENCONTRO DE CASAIS DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA MIRINS em 2016 promovida pela Ala Vai-Vai do Amanhã, iniciativa de Cleusi Penteado, era diretora da ala que também era “Embaixadora do Samba Paulistano” e “Cidadã Samba”.
VAI-VAI NO PEQUENO COTOLENGO : 38,° FESTA DA AMIZADE VAI-VAI É CIDADANIA NO PEQUENO COTOLENGO – “O Pequeno Cotolengo”, entidade filantrópica ligada à Congregação de São Luís Orione, que desde 1964 se destina acolher em regime de internato e semi-internato, crianças com deficiência fisíca e/ou mental leve, que sejam carentes e/ou sem família. Nosso projeto fez uma apresentação junto com a bateria Mirim da escola através de sua Diretoria de Responsabilidade Social e Cultural Niltes Lopes.
TROFÉU RAÇA NEGRA 2016 HOMENAGEM A CANTORA ELZA SOARES.
A universidade Zumbi dos Palmares convidou através da diretora do departamento de responsabilidade Social e Cultural Niltes Lopes as alunas do Projeto samba no pé e fizeram abertura da homenagem desse grande fenômeno a cantora Elza Soares na sala São Paulo no centro.
Obs: Nossas alunas algumas participaram de concursos de corte Mirim e entraram , realizaram seus sonhos nossa felicidade é ver que estão evoluindo sempre, isso é gratificante.
Junto com a Alcione Mara, participamos dos projetos na adega do baguinho (Família Adega) fazia as festas do dia das crianças ,Festa de natal para as crianças de 2016 a 2019, Comidinha da mama 2017 arrecadamos com comerciantes da quebrada doces, refrigerantes,salgados, alimentos para realização das festas para a comunidade do parque Araribá e região e ainda lazer , brinquedos como pula pula ,shows, piscina de bolinha, pintura no rosto,etc…
Fui idealizadora do Projeto Natal solidário entre amigos de 2016 a 2019 o projeto era o apadrinhamento das crianças das creches aonde trabalhei, ao total eram 350 crianças, três creches,todos meus amigos do Facebook, Instagram e do Vai Vai participavam.
O Projeto Povo de Rua entre amigos de 2016 a 2018 teve como objetivo,alimentar 350 pessoas em situação de rua, todo o último sábado por mês. Daniel e Sidney convidou eu e a Alcione Mara participarmos desse lindo projeto.
Projeto Natal Solidário 2022 do grupo Bloco Ai Se Me Perdeu convidou eu e a Alcione Mara para entregar presentes as crianças da comunidade do Bairro Jardim Olinda.
Gostaria de continuar com esses projetos que paramos por conta da pandemia e não conseguimos mais voltar por conta das demandas,.fazer projeto de cultura, arte na nossa comunidade tanto do meu bairro e região ,quanto na comunidade Vai Vai junto com o Departamento de Responsábilidade Social e Cultural da Escola de Samba Vai Vai que faço parte.
Natal do ano passado fizemos um almoço para o pessoal em situação de rua debaixo do viaduto na 9 de julho, foi lindo e gratificante esse dia.
Jornal Empoderado – Como iniciou sua carreira oque te incentivou?Como se descobriu escritora?
Uma das minhas inspirações, foi a Escritora Carolina Maria de Jesus por conta do livro O Quarto de despejo quando li esse livro percebi que a linguagem era simples de uma pessoa comum como eu, não tinha essa fala acadêmica que é pro pouco e sim uma linguagem da maioria dos brasileiros .
Sou uma Carolina Maria de Jesus e sei que muitas de vocês mulheres,guerreiras,mãe solteiras, pobres, periféricas, negras que lutaram para sobreviver e dar o que comer aos seus filhos…
Frases de Carolina Maria de Jesus:
“As crianças ricas brincam nos jardins com seus brinquedos prediletos. -E as crianças pobres acompanham as mães a pedirem esmolas pelas ruas.
-Que desigualdades trágicas e que brincadeira do destino.”“Eu sou negra e, a fome é amarela e dói muito.”“Quem escreve pode passar fome de comida mas tem o pão da sabedoria e pode gritar com suas palavras.
”“Quem não tem amigo mas tem um livro tem uma estrada.”“…Há existir alguém que lendo o que escrevo dirá… isto é mentira! Mas, as misérias são reais.”“Quando eu não tinha nada o que comer, em vez de xingar eu escrevia. Tem pessoas que, quando estão nervosas, xingam ou pensam na morte como solução. Eu escrevia o meu diário.”“Mas é uma vergonha para uma nação. Uma pessoa matar-se porque passa fome.”
By Carolina Maria de Jesus
A minha segunda inspiradora foi a escola de Samba Mangueira no desfile de 2019, que colocou na avenida o tema “A História que a História não conta” , colocando na avenida a história dos Negros e Indígenas que não estão nos livros didáticos!
Esses livros foram sonhos que coloquei no papel, contar para as crianças as histórias da cultura Afro Brasileira e Africana pelo mundo. Somos da Diáspora Africana os Africanos fora da África e temos que saber de onde viemos “Sankofa” para seguir a diante e escrever nossas histórias como protagonistas da mesma.
1° livro “A História do nome Abayomi”, conta sobre o nome da boneca de pano e nó Abayomi que é um conto afro brasileiro da forma lúdica. A única maneira de recuperar o seu poder é voltar à sua raiz, abraçar a sua cultura e conectar-se aos seus antepassados. Asé’
2° livro “A Amiga Estadunidense da Abayomi”🇺🇲🇧🇷✊🏾
Esse livro é uma conexão entre uma Afro Americana escritora Marla Goins e uma Afro Brasileira eu( escritora Maria Aline Soares).
Pela primeira vez duas escritoras negras de países diferentes, se unem para escrever literatura infantil negra.
Isso é a DIASPORÁ AFRICANA pelo mundo! ( Concorrendo ao prêmio jabuti de 2023 )
3° livro é “Abayomi e seu amor pelo Carnaval”,conto da forma lúdica a história do carnaval, contando sobre a escola de samba da personagem Abayomi que é do Vai Vai e da ala das crianças da tia Cleuzi Penteado trazendo a importância da cultura do carnaval para os Afro Brasileiros desconstruindo um mito sobre uma lenda da festa da carne , tirando isso do pecado colocado pelos colonizadores de cultura, crenças, costumes, etc….
Mostrando a beleza,o respeito entre as comunidades do carnaval e mostrando que as escolas de samba e as instituições de ensino devem andar lado a lado para que possamos fazer essa descolonização e mostrando que nossa cultura é maravilhosa e linda.
Como diz: Mr.Imhotep”Quando você não conhece a sua própria história, qualquer um pode engana-lo”.
Jornal Empoderado – Sua literatura é focada para o público infantil e infanto juvenil , porque escreve para essa faixa etária e se tem interesse em atingir outros tipos de leitores?
Cansei de querer ensinar os adultos sobre a educação Antirracista, não dá para ensinar quem não quer aprender e percebi que as crianças estão querendo saber.
A Literatura Infantil vai nos ajudar,para que possamos resgatar nossa ancestralidade,devemos saber nossas histórias contada por nós, não pelos colonizadores. Objetivo é descolonizar, contando para as crianças sua verdadeira história de seus povos passados. Trazendo nossa cultura da forma lúdica, com protagonismo Negro.
*Para Bibliotecas, Famílias,Escolas, ONGs, Empresas, Instituições de Ensino.*
Esses livros são maravilhosos pois trabalham a lei 10.639/03 e a 11.645/08 torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena, afro-brasileira e africana nas escolas e na vida de todos.
Temos eles em Inglês e Português, quero atingir leitores do mundo todo crianças negras e não negras para mostrar nossa cultura para todos , cultura de toda a Diáspora Africana pelo mundo e nossa cultura Brasileira
Jornal Empoderado – Nos conte um pouco sobre o seu primeiro livro.
A obra: A História do nome Abayomi, foi desenvolvido relacionado à história da boneca Abayomi da Artesã Lena Martins: Abayomi é uma boneca de pano e , tem bastante significado em iorubá aquele que trás felicidade e alegria ou encontro precioso.
Em um único livro trago a importância do significado do “nome”, (lembrando a filosofia de alguns povos Africano o SANKOFA).
Abayomi é uma menina de outro anos, que seus pais e familiares sempre passa da forma lúdica e amorosa a história da população Negra por todo o mundo, valorizando a DIASPORÁ AFRICANA e desenvolvendo conhecimentos sobre nossa cultura e ajudando para uma educação antirracista já na base,que é a educação infantil em diante.
Trabalhando sobre os direitos à educação afro-brasileira, africana e indígenas, posto pelas leis n.10.639/03 e n.11.645/08, que tratam da obrigatoriedade de incluir o tema no currículo de escolas públicas e particulares.
O livro é destinada ao público infantojuvenil 1 , (para bebês a partir de 0 anos, crianças, adolescentes, adultos e idosos, publicado pela Editora Academia Periférica de Letras, ilustração Veridiana Camêlo . É fruto de experiências ao longo de mais de dez anos atuando na área da educação infantil. Aspectos práticos e teóricos de história da cultura Afro Brasileira e Africana são alguns dos temas abordados nessa obra.
Vi a necessidade de escrever literatura infantojuvenil, exaltando a cultura afro brasileira e africana de maneira sensível, criativa e inteligente.
Com protagonistas negros e histórias que resgatam a ancestralidade afro brasileira e africana fortalecendo a construção da identidade nas crianças. Na infância é muito importante um livro que pode funcionar como uma porta de entrada para o autoconhecimento e representatividade!
A representatividade é fundamental para que não haja uma história única sobre os diferentes povos, culturas e lugares. Adquirido por famosos como JoJo todinho, Maria Gadu, Preta Ferreira, Deputada Leci Brandão, Ator André Ramiro, Atriz Zezé Motta, Atriz Larissa Nunes, Atriz Ayomi Domenica entre outros…
Jornal Empoderado – No segundo livro você fez uma parceria literária, fale um pouco de como foi essa construção?
O livro A Amiga Estadunidense da Abayomi. Esse é o Livro infanto juvenil ilustração de Veridiana Camelô e editora Academia periférica de letras, prefácio por Niltes Lopes esse livro com parceria da Escritora de literatura infantil negra Marla Goins.
Marla é de Columbus, Ohio, Estados Unidos. Ela se interessou pela diáspora africana desde que estudou no exterior na República Dominicana durante a faculdade. Atualmente, ela é Professora e Doutora de Estudos Culturais, Educação Internacional e Educação Multicultural no Departamento de Ensino e Aprendizagem da Universidade de Nevada, Las Vegas. Ela espera que todo o povo da diáspora africana se uma para apoiar e amar uns aos outros.
A produção dessa obra foi em encontros on-line e por um aplicativo que as duas conseguia incluir alterações no texto.
Através do encontro de Abayomi, uma criança brasileira e Marla, uma criança Estadunidense que veio passar alguns meses no Brasil com sua mãe. As meninas irão explorar diferentes sentidos e elementos que compõem a identidade de seus povos, se aproximando de hábitos, valores, cultura e costumes, através de pesquisas, livros,visitas monitoradas etc. Assim elas irão fazer a DIASPORÁ AFRICANA pelo mundo!
Esse livro é uma conexão entre uma Afro Estadunidense escritora Marla Goins e uma Afro Brasileira eu( escritora Maria Aline Soares).
Pela primeira vez duas escritoras negras de países diferentes, se unem para escrever literatura infantil negra, isso é a *DIASPORÁ AFRICANA*pelo mundo!
Segundo livro da Escritora Maria Aline Soares, Afro Brasileira, Periférica do bairro Parque Regina, zona sul de São Paulo-SP BR 🇧🇷,e
Primeiro livro da Escritora e Doutora Marla Goins, Afro Estadunidense Columbus-OHIO EUA
Como diz: Positive Mission
A única maneira de recuperar o seu poder é voltar à suas raízes, abraçar a sua cultura e conectar-se aos seus antepassados. Asé’
“Esperamos que apreciem essa linda história de duas educadoras de países diferentes, que se uniram em prol da ancestralidade de ambas!”
Jornal Empoderado – Quais são seus projetos futuros?
Pretendo voltar todos esses projetos que fazia antes da pandemia para isso preciso de parceiros, estou também escrevendo artigos acadêmicos internacionais para revistas acadêmicas internacionais junto com a doutora Marla Goins.
Fazer projetos sociais voltado a cultura Afro e índigenas.
Projeto: *Estórias de Um Contar Preto*
*Memórias da Diáspora Africana no Mundo. Esse projeto tem como objetivo fazer obras que contribuam com a informação sobre a cultura Afro brasileira, Africana e Indígena descolonizando através da literatura infantil negra. Dar continuidade da minha empresa Abayomimos lembranças ancestrais.
Jornal Empoderado – Quando foi seu primeiro contato com a escola de samba?
Fazia parte do projeto União dos Bairros na Adega do Baguinho em 2007 esse projeto ensinava as crianças e adultos percussão e tinha seus ensaios todas as terças feiras as 19 horas.
Lá conheci Alcione Mara que me levou junto com o Te da Gaviões para um ensaio na quadra do pérola negra, lá me presentearam a Deliciane que era chefe da ala de passistas.
Desfilei pela primeira pelo Pérola Negra, em 2009 participei da seleção das passistas do Vai Vai e passei , desde então faço parte da comunidade, através dela conheci a universidade zumbi dos Palmares, teatro, cinema , todos os outros tipos de artes , conheci o Rio de janeiro , fui nas quadras de lá sou fã da Mangueira.
Jornal Empoderado – Foi uma grande alegria entrevistar você Aline , além de linda e guerreira é muito inspiradora ,para encerrar deixe um recado de incentivo para nossos leitores.
Quero agradecer pela oportunidade vocês são incríveis e tem um trabalho grandemente importante.
Obrigada ao Anderson, a Si vocês são maravilhosos, gratidão eterna e obrigada pelo carinho. Sempre recebo mensagens que a minha história de vida inspira pessoas , eu fico tão feliz com isso. Quero agradecer a todas as pessoas que contribuíram diretamente e indiretamente com o meu desenvolvimento pessoal, profissional e espiritual, são muitas pessoas para citar aqui.
Tia Niltes Lopes, Alcione Mara Santos, jornalista Maurício Coutinho, tia Fátima Ala do Bixiga, Preta Ferreira, Malik Soares Oliveira, Muryllo Soares Oliveira, meus professores da universidade Zumbi dos Palmares, são muitas pessoas para agradecer e obrigada a todos por tudo.
Até às pessoas que tentaram me prejudicar me ajudaram de uma certa forma. Obrigada a Deus,os Ancestrais,os Orixás,os Espíritos de Luz,ao Universo … Ex faxineira agora Pedagoga: formada na universidade Zumbi dos Palmares. Pesquisadora e estudando da cultura Africana.
Atende crianças que tem sua autoestima abalada por casos de racismo em escolas, sociedade e meio familiar, faz parte do coletivo Realezas de Aya
Escritora de literatura infantil negra.
Especialista em educação infantil.
Uma das idealizadoras do projeto Abayomimos- Lembranças Ancestrais, Oficineira credenciada pelo SMC. Palestrante: Realiza palestras sobre seus trabalhos e experiências na educação antirracista. Empreendedora: trabalha com as vendas de seus livros e bonecas de feltro dos bebês orixás. Desenvolve trabalhos ligados a valorização da cultura.
Faz contação de histórias é especialista na cultura afro brasileira e africana para crianças. “O Samba me resgatou com a sua cultura maravilhosa e me guiou para esse caminho da literatura infantil negra. Sou muito grata a tudo isso.”. Como diz ; Elisa Renata Oliveira “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança” – Provérbio africano
Desde pequenina que sou uma criação coletiva, um trabalho feito com tantas mãos, todos os dias sou tecida, moldada e recriada, uma obra em construção, em residência criativa permanente.
Na essência de Ubuntu, filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, umas com as outras. Na tentativa da tradução para o português, ubuntu seria “humanidade para com os outros”. Uma pessoa com ubuntu tem consciência de que é afetada quando seus semelhantes são diminuídos, oprimidos. – De ubuntu, as pessoas devem saber que o mundo não é uma ilha: “Eu sou porque nós somos”.
É importante pensarmos nisto!
Nota: Não deixe de curtir nossas mídias sociais. Fortaleça a mídia negra e periférica. Clique aqui!