Em algoritmos não existem coincidências. Por parte dos meus trabalhos se ligarem as questões raciais, posso acompanhar as cenas do Davi desvelando o racismo no selvagem ambiente anti-negro narcísico da Branquitude.
As notícias que recebo, comento e compartilho alimenta essa indústria e enriquece ainda mais o Africano Branco Bilionário Elon Musk ou Zuckerberg. Essa digressão é importante pois já é a conclusão dessa matéria. Ao final concluiremos que somos impotentes para mudar as coisas mesmo quando nos indignamos com as situações.
Tentei acompanhar, e tento alguns episódios do programa “Grandes Irmãos” ou “Big Brothers” para entender o jogo, mas de cara não entendo nem o título. É uma ironia? Colocar gente desconhecida e diferente para brigar como em rinha de galo por alguns milhões em rede nacional e chamá-los de “grande irmão”? Ou existe uma ingenuidade que serão todos irmãos?
Sem entender o título, o procrastinador programa, ausente de conteúdo prévio, informação útil, profundidade ou qualidade de enredo, na intenção de fazer marketing e manter a audiência possibilitando um ambiente para despertar o pior de cada um em busca de milhões, subverte a superficialidade em si e gera uma “Terapia de Espelho”.
“Exoesqueleto. No dia 12 de junho de 2014 Nicolelis e sua equipe realizaram a demonstração pública do exoesqueleto controlado pelo cérebro de um paciente paraplégico, na cerimônia de abertura da Copa do Mundo realizada no Brasil, colocando a ciência brasileira em evidência mundial”; fonte Google.
Infelizmente a fonte à cima peca na última frase quando diz: “colocando a ciência brasileira em evidência mundial”.
O Padrão Fifa Wanessa Camargo ignorou Nicolelis, o latino, realizando um dos maiores avanços da saúde na História mundial, comparado tão somente com a descoberta da penicilina considerada o primeiro antibiótico salvador de muitas vidas e responsável pelo aumento significativo da expectativa de vida humana no planeta.
O Exoesqueleto de 2014 possibilitou um paraplégico a chutar a bola para abrir a Copa do Mundo no país do futebol. Sem operação invasiva, implante e principalmente sem a necessidade de operadores externos controlando via satélite o exoesqueleto ou o paciênte. Apagado pela mídia hegemônica, praticamente desprezado, os 15 segundos desse experimento foram esquecidos.
Quando Wanessa opera o algoritmo racista na casa, e se vê sem argumento para desumanizar uma pessoa negra, ela sem pudor é capaz de se apropriar da bandeira “Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista” e ninguém a para, ninguém contesta. Ela é branca e rica e gera empregos, ao mesmo tempo que o pacto narcísico da branquitude é inquebrantável para manutenção desesperada e apegada aos seus privilégios, fora da casa, a ala pobre, sabe que o prêmio acaba e pode precisar de uma “azulzinha” (CLT-Carteira de Trabalho).
Dez anos atrasados, se valendo dos estudos do Latino, Brasileiro Nicolelis, branco, pós-doutorado, professor catedrático, mas não bilionário, nem milionário. Elon Musk usa seus próprios algoritmos para dizer que piorou a invenção de Nicolelis tornando-a invasiva, diminuindo a autonomia do paciente e abolindo 100% a privacidade e a intimidade do indivíduo já que o chip dentro da cabeça do ser humano será ligado a equipe do Zuckerberg, do Elon Musk e de outras startup´s que pagarem para venderem informações direto na nossa cabeça. Ao invés de criar robôs parecidos com humanos, talvez, agora conectem o humano ao computador da Neuralink, e ninguém diz nada.
Ele é bilionário dono do ‘ X- Twitter ‘, anuncia em todas as mídias do mundo e talvez os milionários, os super-ricos, os ricos, os pobres precisem trabalhar mesmo que em head-office, evoluindo de home-office (escritório em casa) para (escritório na cabeça) por implante. Ninguém o para, o questiona nos métodos e objetivos, ninguém lhe exige ética e nem transparência dos processos, ele é um bilionário.
Nicolelis tem programas no YouTube, foi ouvido por alguns meios de comunicação, inclusive apontaram a quantidade de seus alunos utilizados na piora da sua invenção. Mas, Nicolelis é só um Latino-Americano, Brasileiro e mesmo com alguns amigos importantes talvez não possa lutar para tirar o racismo implantado sem chip na cabeça de Wanessa Camargo. E seremos todos guiados por satélites “X”?
Davi, está em rede nacional para se safar da pobreza, quer estudar, fazer faculdade e dar uma vidinha boa para família. Ele sequer tem a opção de desistir do programa, se sair perde sua alforria – a faculade. Sua única opção é lutar. E por mais que lute, em todas as hipóteses ainda sim nunca será um Elon Musk, pelo menos as chances são mínimas. E tão pouco vencerá esses algoritmos que se apropriam das nossas mentes, e lutas socias contra nós mesmos, usando o nosso próprio trabalho.
O racismo vil sofrido por nós brasileiros sendo passados para trás na ciência e na vida; assistindo Davi passar por tanta injuria e tortura psicológica feita pelos seus “grandes irmãos” e, ele, Davi, não poder sair se não perderá sua melhor chance de fazer a faculdade de medicina é o ‘Espelho’ revelador de nossas caveiras imundas.
Davi precisa ficar lá, sendo difamado só por ser negro, e ninguém duvidará das ‘vozes’ brancas por existir seus pactos narcísicos da branquitude. Esse é o subdesenvolvimento ideal produzido ao mesmo tempo pelo nosso complexo de vira-lata e ignorância civilizatória.
Mas, será que teremos potência para mudar, ou parar tudo isso??
Talvez, um dia?
NOTA:
“Um algoritmo é uma sequência de instruções ou comandos realizados de maneira sistemática com o objetivo de resolver um problema ou executar uma tarefa”.
Vídeos:
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