Durante o período de isolamento tenho recebido com frequência as mesmas perguntas nos atendimentos online: “não tenho me sentido produtivo. Parece que estou à toa, os meus horários estão desregulados, não consigo manter minha rotina, o que eu faço?”.
(Alguns Profissionais da Saúde Mental, assim como eu, estão oferecendo atendimento voluntario online. BUSQUE AJUDA!)
Em meio a crise pandêmica que estamos vivenciando é muito importante estar atento aos sinais que a mente e o corpo dá, e que possivelmente ainda virá. Além das recomendações de se manter uma rotina alimentar, de sono, de estudos, exercícios e trabalho em casa.
Neste período é importante estimular a criatividade, afinal já caminhamos para o segundo mês de isolamento. Inovar na cozinha, métodos de estudo, leitura, exercícios e até mesmo na rotina de trabalho online.
Sabe aquele curso que você sempre quis fazer, mas nunca teve tempo?
Este é o momento. Algumas plataformas estão oferecendo cursos online de línguas, instrumentos, culinária e até mesmo cursos complementares para a sua área de atuação, o que poderá deixar o seu currículo ainda mais atraente.
Elaborar exercícios físicos em casa e manter contato com os amigos através de vídeo chamadas, poderá reduzir o desenvolvimento de transtornos psicológicos. Estimular a interação social com vizinhos, colegas de trabalho e amigos, contanto que se proíba falar de assuntos pessimistas e se utilize o recurso para distração.
O hábito da leitura pode se tornar um forte aliado na redução dos sintomas de ansiedade e estresse. A leitura pode ser considerada o exercício mais completo para o cérebro. Durante a leitura, o fluxo sanguíneo se expande e diferentes partes do cérebro são estimuladas, aumentando as funções do sistema cognitivo.
É claro que não poderia deixar de mencionar a obra a qual faço parte, AUTOAMOR: UM CAMINHO PARA A REGULAÇÃO EMOCIONAL E AUTOESTIMA FEMININA!
A obra traz, em suas páginas, um mix de assuntos, como: o processo de construção da autoestima, poder terapêutico do autoamor, regulação emocional, as múltiplas jornadas da mulher e seu lugar, as culpas que carregamos e nos carregam, relações tóxicas, entre outros temas que interferem e vão de encontro a construção do autoamor e autoestima.
Com a quarentena, o número de denúncias de violência doméstica aumentaram em 9%. Isso explica o porquê do Brasil ser o 5º país com maior taxa de feminicídio. No livro AUTOAMOR, podemos refletir a importância da construção de uma autoestima mais elevada no processo em que lhe permita sair de relacionamentos abusivos e violentos. O livro apresenta trechos do Dossiê Feminicídio, reforçando a influência do machismo nessas “mortes anunciadas”.
Ao ouvir ou presenciar violência doméstica ligue 180. Alguns serviços estão oferecendo suporte via whatsapp e e-mail. Sem julgamentos, ofereça ajuda.
Cabe lembrar que na atual conjuntura toda ajuda é bem-vinda, procure saber se seus vizinhos estão precisando de cesta básica ou algum auxílio, busque instituições de confiança e colabore. Assim, você estará ajudando a população e a você mesmo!
E se possível, #fiqueemcasa.
Att,
Psicóloga Shayane Nascimento
CRP 05/51411