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Edição e revisão de texto: July Fabri
Enfrentar a desigualdade de gênero, a falta de representatividade, a violência e as suas mais variadas formas, e ainda ter que lutar contra o racismo;
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É lutar pra defender nosso tom de pele, nosso cabelo crespo, nossos lábios grossos, nosso “nariz largo”, enfim características provinientes da nossa raça, contra o preconceito de quem se deixou emburrecer pelo racismo;
É sofrer discriminação nas ruas, no trabalho, em lojas ou quando procuramos atendimento médico – seja público ou particular -, e em diversos outros lugares.
É fazer parte das estatísticas que mostram um crescimento maior de casos de violência contra as mulheres negras;
É ter que demonstrar mais ainda a nossa capacidade profissional para alcançar o devido respeito , o que deveria ser algo natural;
É ser estereótipo de mais forte que as outras mulheres, de mulata exportação, de negra amiga, babá, empregada doméstica ou barraqueira;
É lidar com a solidão de sermos preteridas para relacionamentos afetivos porque não nos encaixamos nos “padrões de beleza” que a sociedade impõe;
Ser mulher negra é lutar todos os dias contra tudo isso que aqui foi relatado e muito mais;
É enfrentar o preconceito e todas as suas ramificações com a certeza de que não tem nada mais forte que a união e a conscientização do nosso valor e do nosso importante papel na sociedade;
Parabéns a todas as mulheres, em especial a nós mulheres negras, que unidas combatemos a discriminação racial diariamente num Brasil onde infelizmente o racismo ainda impera.