Na noite do dia 30 de novembro, o Coletivo Samba Quilomba lançou o manifesto contra a violência da mulher e de gênero nas escolas de samba. O local que acolheu o movimento foi o Sindicato dos Eletricitários, na Liberdade, e contou com a presença do presidente Chicão que garantiu que a luta não é só da mulher, tão pouco somente das escolas de samba, mas também de toda uma sociedade.
Com a benção da madrinha do Coletivo, a deputada Leci Brandão deu seu aval para que se construa políticas públicas efetivas na garantia de direitos para as mulheres e todos os gêneros que sofrem com a violência diária. A deputada que não pôde estar no evento garantiu, através dos seus assessores, uma fala contundente de apoio e empatia a todos que sofrem com essas barbáries.
Momentos antes do início do evento, a doutora Gabriela Sequeira Kermessi, que trabalha com as questões de gêneros há alguns anos e faz parte do Coletivo, teve um caso de feminicídio nas mãos. “Isso demonstrou a necessidade de dar continuidade ao trabalho, o que nos emocionou sobremaneira, Talitha Rodrigues Farias foi mais uma vítima de um sistema que não aceita os corpos das mulheres”, desabafou a advogada.
Mais dois relatos também emocionaram a todos, o da fundadora do Coletivo Juliana Fênix, vítima de violência por parte de seu ex-marido, e da jornalista Tânia Moreira, da Batucada Feminina, que sofreu agressão na concentração, minutos antes de entrar na avenida.
Rose Marcondes, neta de Madrinha Eunice, fundadora da Lavapés, esteve presente. Demonstrando o quanto o samba é matriarcal e precisamos falar dessas questões com mais frequência para garantir espaço para todos. Além dela, Camila Patricio, sambista e idealizadora do projeto SP SAMBA junto com a Liga das Escola de Samba de São Paulo.
Foto de capa: Do Coletivo.
Link para assinar o manifesto: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSci3dX7JXczY66pgB9EUsg7-JN4HO4dvLVtp6CgDnCykzJB1g/viewform
Integrante da escola de samba Vai-Vai é agredida durante ensaio técnico