O ano de 2015 foi de celebração ao futebol feminino em espaços dedicados até então quase que exclusivamente ao futebol dos homens.
Foi o caso do Museu do Futebol, com quem a parceria em algumas ações de discussão da modalidade teve início em 2011, por uma reunião do Memofut. Na ocasião, levamos o ex-presidente santista Marcelo Teixeira, o então coordenador do Palmeiras feminino, Ademar Fonseca, a pioneira Rose do Rio, e Silvia Securatto, autora do livro “Nós, mulheres do futebol”.
A partir de então, o museu abriu mais espaços para a modalidade, onde puder mediar bate-papos com Michael Jackson, Juliana Cabral e Emily Lima e também com asex-atletas da seleção norte-americana de futebol Julie Foudy e Brandi Chastain. Uma honra!
Mas foi em 2015, em razão da Copa do Mundo no Canadá, que o museu definitivamente entrou para a história, abraçando o projeto de debates idealizado por mim, Juliana Cabral e René Simões, e abrindo a exposição #VisibilidadeParaOFutebolFeminino, inaugurada no dia 19 de maio com a presença de várias atletas, ex-atletas, árbitras e todas as mulheres do futebol brasileiro de fora e de dentro das quatro linhas.
A história das mulheres da bola foi integrada ao acervo, sendo sua história contada junto com a história do futebol. A exposição se despediu este ano, mas alguns espaços foram preservados, sendo um deles, a projeção das imagens de Marta e Formiga na sala Anjos Barrocos.
A modalidade ganhou, mas quem ganhou muito mais, foi o Museu do Futebol e seu público.
Lu Castro