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BORI, espetáculo-rito inédito reúne grande elenco em celebração à ancestralidade e à atualidade preta no Teat(r)o Oficina em temporada no mês da consciência negra.

Com codireção de Marília Piraju, Rodrigo Andreolli e Fernanda Taddei, montagem fica em cartaz em curta temporada, de 22 de novembro a 8 de dezembro de 2024, e também exalta a memória de artistas nordestinos que emigraram para o sudeste e contribuíram com a companhia teatral paulistana nos anos 1970 e 1980

BORI, espetáculo-rito da companhia Oficina Uzyna-Uzona, estreia em curta temporada no dia 22 de novembro, no Teat(r)o Oficina. Com direção de Marília Piraju, Rodrigo Andreolli e Fernanda Taddei, a montagem inédita coloca em cena as contribuições de artistas e das culturas pretas na trajetória da emblemática companhia teatral paulistana, em diálogo com diversas “re-existências” dos povos pretos ao longo da história.

BORI tem como fio condutor o ritual de oferenda à cabeça, o Ori, econta uma (re)volta transatlântica, que aporta em São Paulo, no Bixiga da década de 1970, e chega até os dias de hoje. A dramaturgia aborda um elenco de tragédias coloniais contadas e cantadas no fio do roteiro, superadas em cena pela imaginação coral dos cantos de trabalho, da partilha da comida, da festa e da tecnologia nascida do Teat(r)o Oficina: a alegria como arma de desmassacre!”, defende Marília Piraju.

Bori também é marcada pelas provocações de interação tão características dos espetáculos da companhia. Nas ações do espetáculo, o público é convidado a participar e a se envolver com a dramaturgia: “É um rito propriamente coletivo e popular, e o público-atuador é nossa maior inspiração, protagonista deste espetáculo!”, reforça Marília.

Em 1979, com o decreto da Lei da Anistia, o diretor José Celso Martinez Correa e integrantes da companhia Oficina regressaram do exílio, durante o qual filmaram a revolução e a independência de Moçambique no filme 25 –  título que faz alusão às datas de 25 de setembro de 1964, 25 de abril de 1974 e 25 de junho de 1975, em que respectivamente são celebrados o início da luta armada, a queda do fascismo português e a independência de Moçambique.

Nesse período, de retomada das atividades do Oficina, muitos artistas emigrados do sertão de Pernambuco, da Bahia e do Ceará se estabeleceram no teatro e participaram ativamente da criação das diversas linguagens experimentadas pela companhia –  musical, plástica, poética, arquitetônica e, principalmente, coral.

“Foram os cirandeiros, caboclos em retomada, Ialorixás, povos do circo e compositores do samba paulista, que radicalizaram a decolonialidade da linguagem teatral do Oficina e de tudo que o atravessa”, explica a diretora Marilia Priaju, que é também arquiteta cênica e artista associada da companhia desde 2011.

Em BORI, a dramaturgia propõe um diálogo entre esse passado histórico e a contemporaneidade da companhia. “Em 2024, ancestralidade e atualidade se cruzam, acendem a criação de um coro de artistas pretas/os, nordestinas/o, caboclas/os que encarnam e presentificam as caravanas dos anos 1970 e 1980, mas também atualizam a importância das presenças, subjetividades e perspectivas pretas do aqui e agora na companhia mais antiga em atividade no Brasil”, conclui o diretor, produtor e coreógrafo Rodrigo Andreolli, que integra o Oficina desde 2006.

Campanha Teat(r)o Oficina é Legado

Recentemente o Oficina celebrou, junto à comunidade do Bixiga e diversas alianças, a conquista histórica do Parque do Rio Bixiga, resultado de uma luta de mais de quatro décadas, como explica a diretora Fernanda Taddei, artista da companhia desde 2015:


“No último 6 de setembro, a prefeitura desapropriou o terreno de 11 mil metros quadrados, que pertencia ao Grupo Silvio Santos, para a criação do parque. Ao mesmo tempo, a Escola de Samba Vai-Vai já prepara seu desfile do próximo ano, em que homenageará Zé Celso. Fôlego não faltará!”, promete Fernanda.

Mesmo com sua vasta criação teatral, a imponência arquitetônica de sua sede, projetada por Lina Bo Bardi e Edson Elito e tombada pelo Patrimônio Histórico, e as lutas políticas e urbanas empenhadas em seu espaço histórico, o Oficina segue sem patrocínio. Com urgência, a companhia teatral, lança a campanha Teat(r)o Oficina é Legado, que, a partir do mês de novembro de 2024, abre a possibilidade de pessoas físicas se tornarem doadoras e amigas do Oficina, revertendo parte do seu imposto de renda, por meio da plataforma de financiamento coletivo Evoé, que tem como parceiros a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Instituto Inhotim. Amantes da cultura que sabem que ela é também infra-estrutura para a vida, venham ser coprodutores dessa Uzyna.


Acesse a plataforma Evoé e conheça os planos de financiamento: evoe.cc/parceiro/teatro-oficina/bem-vindo

SERVIÇO

BORI

rito de celebração da ancestralidade y atualidade do Terreyro Eletrôniko

Data: De22/11 a 08/12, de sexta a domingo.

Horário: Sexta e sábado, às 20h | Domingo, às 18h

Duração: 100 minutos (1h40m)

Classificação indicativa: 16 anos (menores de 16 acompanhados pelos responsáveis)

Local: Teat(r)o Oficina

Endereço: Rua Jaceguai, 520 – Bixiga, São Paulo – SP

ingressos: R$60, inteira | R$30, meia

* ingressos antecipados aqui ou na bilheteria 1h antes do espetáculo.

** para acessar políticas de gratuidade, clique aqui

Informações para a imprensa:
Assessoria contratada: Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo
Erika Balbino: (11) 98223-1561

FICHA TÉCNICA

BORI – uma criação coral da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona


idealização

Marília Piraju


co-direção

Marília Piraju, Rodrigo Andreolli e Fernanda Taddei

dramaturgia

Marília Piraju, Rodrigo Andreolli, Fernanda Taddei, Joel Carlos, Odá Silva e Vick Nefertiti

banda

Letícia Coura (cavaco e composição ‘ORIentações’), Guina Santos (violão e composição ‘tyato do coração’), Moita Mattos (guitarra), Maria Bitarello (baixo), Fefê Camilo (percussão e sample pad), André Santana Laga (bateria), Tetê Purezempla (sax alto), Renato Pascoal (bateria) e Chicão Montorfano (piano e teclado)

time da criação coral

Alexandre Paz, Alex Augusto, Ayomi Domenica, Cyro Morais, Corisco Amaré Yndio do Brasil, Danielle Rosa, Helena Toledo, Henrique Pires, Jhonatha Ferreira, Jennifer Glass, Joel Carlos, Kelly Campello, Letícia Coura, Leon Oliveira, Lucas Andrade, Luzia Rosa, Nduduzo Siba, Odá Silva, Paula Bicalho, Samurai Cria, Selma Paiva, Tetê Purezempla, Victor Rosa, Vick Nefertiti, Viviane Clara e Yannick Delass.

babalorixás

Baba Marcio Telles e Akikànjú Robson da Silva

o morto atlântico

Alexandre Paz

corações do mar

Cyro Morais e Selma Paiva

sandy celeste

Kelly Campello

flores horizontais

Letícia Coura e Selma Paiva

surubim feliciano da paixão

Joel Carlos

cacilda rio bixiga

Lucas Andrade

são joão xangô menino

Davi

entidade transatlântica

Nduduzo Siba

trio spoken word

Odá Silva (composição), Samurai Cria (composição) e Ayomi Domenica

victoria santa cruz e xangô

Viviane Clara

samora machel na independência de moçambique

Yannick Delass

concepção direção de arte

Abmael Henrique, Anita Braga, Dan Salas, Gii Lisboa, Marcelo X e Pedro Levorin

direção de cena

Gii Lisboa

concepção de video

KlausYuka, Renato Pascoal e Corisco Amaré Yndio do Brasil

câmera ao vivo

Corisco Amaré Yndio do Brasil e Obìnrin Ọdẹ

operação de vídeo ao vivo

Renato Pascoal


desenho de luz e operação

Victoria Pedrosa

operação de foco móvel

Angel Taize e Helena Toledo

sonorização e operação de som

Clevinho Ferreira e Nine

comunicação

Henrique Pires, Helena Toledo, Lucas Andrade, Marília Piraju e Fernanda Taddei

equipe de som

Danielle Rosa e Paula Bicalho

produção executiva

Clara Torres

produção

Victor Rosa

administração
Anderson Puchetti

NOTA

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