As redes sociais representam uma revolução na forma como nos comunicamos, interagimos e evidência a figura dos influenciadores digitais (digital influencers), que são pessoas que se destacam como referências em suas respectivas áreas, e que conquistam milhares de seguidores que se interessam pelo conteúdo que expõem, criando oportunidades de negócios e fama fora das redes sociais.
Prevendo que humanos se tornariam avatares digitais, criou-se uma ideologia de como a tecnologia transformaria nosso viver, em um mundo totalmente digital, sem nem considerar o mundo físico e real. Vivemos em um mundo em que relações digitais substituíram boa parte do contato físico.
Quando os mercados mudam, as tecnologias proliferam, os concorrentes se multiplicam e os produtos se tornam obsoletos quase da noite para o dia. Não há como negar que o mundo da tecnologia está obcecado com a moda, invadindo as passarelas e promete trazer novidades e comodidades para os consumidores. Leiam: https://jornalempoderado.com.br/tecnologia-vestivel/
O filme Avatar escrito e dirigido por James Cameron, nos traz referências mitológicas, culturais e tecnológicas e nos instiga a refletir sobre seu impacto em áreas como entretenimento (tecnologia 3D), tendência na moda e comportamento.
A problemática está no fato de que os avatares influencers são uma invenção e a mensagem transmitida por eles podem mudar radicalmente da noite para o dia. O uso indevido dos avatares pode não só gerar uma por tratarem de questões comuns a pessoas reais como frustrações, decepções e desafios, mas manipular a opinião pública.
Os avatares como novos influenciadores surgem como resposta e amplificam a sinergia entre moda, arte e tecnologia – com a vantagem adicional de não se envolverem em escândalos, criam uma vida sob medida para a web e são moldados de acordo com os interesses da empresa detentora.
Os diálogos estão mudando, mas vale lembrar a Lu, da rede de lojas brasileiras Magazine Luiza, atua com a cobertura humanizada da marca, interagindo com o seu consumidor final (de produto físico mesmo) de modo bem informativo e atual. Isso, sem mencionar que ela é uma das avatares mais antigas atuantes no Brasil.
Uma grande quantidade de avatares digitais da moda estão conquistando o mundo da moda e alcançaram grifes como Prada e Balmain, onde os robôs são os influenciadores da vez.
Em Janeiro deste ano, nasceu um dos primeiros perfis em formato avatar do Brasil, Vic Kalli foi inspirada em Lil Miquela e Noonoouri, já estreou com um ensaio para a revista L’Officiel Brasil. Vic se define como paulista, de 21 anos, fashionista e traveller.
Miuccia Prada percebeu o fenômeno e fechou parceria com a hispano-brasileira Miquela Sousa (@lilmiquela), assim como a Diesel. É um avatar com mais de 1,5 milhão de seguidores no Instagram, na temporada de inverno 2017/2018, conhecida como Lil Miquela, tem um single que viralizou no Spotify e foi escolhida como It Girl do verão pela Vogue.
Joerg Zuber, um designer gráfico, em fins de 2017, ele próprio introduziu Noonoouri no mercado e vem trabalhando com marcas como Marc Jacobs, Dior e Versace, fazendo publicidade para a linha de maquiagem de Kim Kardashian e mantém amizade com supermodelos, como Naomi Campbell.
Os influenciadores digitais abrangem tanto youtubers, quanto instagramers, bloggers e afins, reduzindo-os a um nicho de mercado que cresce a cada dia. Não é à toa que já existem premiações divididas por categorias e até curso de graduação para ser influenciador digital.
O Instagram é uma ótima ferramenta de inspiração e de onde vem os influenciadores digitais. A rede social passou de 30 milhões de usuários em 2012 para mais de 1 bilhão no final de 2018 e o crescimento esperado para 2019 é de mais de mais de 60%.