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As relações espúrias entre os membros do Judiciário e as implicações para o negro brasileiro

      Boa parcela das pessoas, leigas, não compreendem que, dentro do código de ética jurídico, um juiz não deve interferir nos trâmites, buscando o máximo de isenção possível dentro do processo. Moro quebrou essa regra e isso é perigoso já que a função do juiz é julgar, sem predisposição à condenação do acusado. Sua ligação, comprovada, com Dallagnol contaminou todo processo.

      Um Juiz não pode agir em conluio com procuradores, utilizando-se do cargo para mudar os rumos de um processo. Este caso é mais uma prova de que precisamos, com urgência, impor limites à ditadura do Judiciário, que emergiu com a Lava-Jato. Ações pirotécnicas, uso demasiado de conduções coercitivas sem que haja risco reais de fugas por parte dos acusados etc. Alguns membros da força tarefa da Lava-Jato extrapolaram os limites éticos, dentro das normas de conduta jurídica , enfraquecendo a segurança jurídica do Estado Brasileiro.

      Se um ex presidente foi vítima de uma combinação ardilosa, orquestrada por um juiz e um procurador, visando condená-lo, ainda que o mesmo possa ter culpa, que justiça pode esperar o cidadão comum, refém de um sistema racista e desigual?

      O caso exposto pelo site Intercept tem forte relação com o cidadão comum, principalmente se for negro e pobre, alvo frequente dos abusos estatais. Quem garantirá lisura num processo em caso de abuso policial? 

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