Evento promove trocas de experiências por um jornalismo mais plural
Estamos num momento em que após a vitória de Lula (PT) se intensificaram as discussões por uma nova comunicação para o Brasil. O modelo tradicional não traduz as reais necessidades de um país continental. Sendo assim, é imperativo dialogar comunicação com quilombolas, indígenas, lgbtqia+ e mulheres negras de quebrada.
Pensando nisso a Enóis (é um laboratório que trabalha para impulsionar diversidade, representatividade e inclusão no jornalismo brasileiro) organizou juntamente com a Embaixada dos EUA um dos maiores eventos de mídia ativistas populares do Brasil, o TechCamp , na cidade de Belém, entre os dias 13 e 17 de setembro. Estiveram presentes 60 iniciativas que dialogam com o Brasil de que precisamos.
Em um dia que comemoramos o fim do marco temporal, esteve presente, em Belém, o Paulo de uma midia indigena.
Obs: Uma matéria bem legal do evento, da ABRAJI
MENTORIAS
Eram oito mentores e era possível escolher quatro opções. O jornalista Anderson Moraes (Jornal Empoderado) participou da mentoria da incrível botafoguense e diretora de Comunicação do “Fogo Cruzado”, Marianna Araujo, que falou da sua experiência lidando com mapeamento de dados de pessoas atingidas por armas de fogo e o que realmente pode ser uma tecnologia para seu projeto.
Já o diretor de network do “Institute for Nonprofits News”, Jonathan Kealing (Temática: financiamento de organizações sem fins lucrativos), mostrou que recursos que chegam para mídia, seja de um edital ou filantropia, não podem e não devem interferir na linha editorial. Enquanto a fundadora da “Agência Lupa”, Cristiana Tardáguila (Temática: inteligência artificial e desinformação) sinalizou que Inteligência Artificial pode e deve aliar no processo, mas não pode ser o processo final. Ou seja, aquilo (informação) que pode mexer na sua credibilidade pública precisa de checagem humana..
O diretor de Público e Comunidade da “Documented”, Nicolas Rios (Temática: Engajamento e audiência), apresentou pesquisa de uma forma mais direcionada.
Ainda estiveram presentes: Gabi (Temática: Dados e checagem), Raul Torres (Temática: Contabilidade e Burocracia), Ariene Susui (Temática: Diferentes Saberes de comunicação) e Simone (Temática: Captação de Recursos).
Jornalismo democrático, plural e feliz!
A equipe responsável pelas atividades, acomodações, alimentação e toda estrutura teve um papel central no bem-estar de quem foi ao TechCamp Belém. Uma equipe de mulheres incríveis: Amanda Rahra (diretora de pessoas e projetos), Isabela Alves (articuladora de comunidades), Glória Maria (produtora de conteúdo), Carol Pires (coordenadora de projetos), Letícia Tavares (diretora financeira), Sanara Santos (coordenadora de formação), Simone Cunha (diretora de sustentabilidade), Bruna Raiol, Lucilio Correia (doordenador de tecnologia da informação e dados) e toda equipe da Enóis e da embaixada dos USA.
O respeito à diversidade até na hora da alimentação.
Como disse a Amanda em algumas oportunidades, ali estavam jornalistas e midiativistas que, diferente da mídia hegemônica, acreditam em um jornalismo plural e feliz. Onde as dificuldades são tratadas com criatividade, amor e crença na mudança.
Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (CCBEU)
As atividades aconteceram no CCBEU, um local incrível e muito bem estruturado. Lá, aprendemos e trocamos experiências. Sempre com muito carinho e muito respeito.
Sobre a equipe do CCBEU e da embaixada dos EUA fica um elogio pela vontade de contribuir para um jornalismo plural e democrático. Temos muito a ser feito para incluir e contribuir para mídias alternativas populares. Então, que mais entidades e organizações possam se espelhar no TechCamp Belém. E como disse o ex-presidente Obama, “sim, nós podemos”.
Uma menção especial a Natalia Molano (representante da embaixada), Gabriela Ferreira (trabalha na embaixada de Brasília), Juliana Siqueira (trabalha na embaixada de São Paulo), Bertha McDuffi (sempre sorridente) e Manuel Pereira Colucci, ambos responsáveis pelo TechCamp. E as novas parcerias para a vida: Flora Rodrigues, Olymata Ndiaye, Ciano, Bruno Sousa e a Raiara Barros.
Iniciativas presentes no TechCamp!
Nós, mulheres da periferia, Sul21, Malamanhadas, Jornal Empoderado, Uniderp, LabJaca, jornalista, Transmídia,Jornal Cdd Acontece, Coletivo Força Tururu, Angola Comunicação, Carta Amazônia, Agência Mural de Jornalismo das Periferias, COLETIVO ARUANDÊ, DataLabe, TeatrineTV, Jornal O Povo, Acessibilindígena, Agência Lume, Desenrola e Não Me Enrola, Rede Tumulto, Abaré, Rede de Comunicadores dos Povos e Comunidades Tradicionais do Vale do Ribeira/SP, Associação Ateliê de Ideias, fomentadora do POnto de Cultura Varal Agência de Comunicação, produtor do jornal Comunitário Calango Notícias, Olhos Jornalismo, Manda Notícias, Bigu Comunicativismo, Tapajós de Fato, Correio do Lavrado, Maré de Notícias (Redes da Maré), Portal Catarinas, Wayuri NEGRITAR, Rondon Oficial, Reocupa – resistência cultural upaon-açu, Pimp My Carroça, O Corre, Instituto Mídia Étnica, Énois Conteúdo, Cumbuca, PRODUTORA MARÉ CHEIA, Associação Gênero e Número, gazeta do Pantanal, Na Cuia Produtora Cultural, Fala Roça, Farol Jornalismo (PUC/RS), Território da notícia, Mangue Jornalismo, Agencia SAIBA MAIS, Engajamundo, Radio e Tv Quilombo, Site Coreto – Jornalista, REDAÇÃO NEWS – JORNALISMO, Awalé, Marco Zero Conteúdo, Portal Repórter Manaós, Nonada Jornalismo, Amazônia Real, Amazônia Vox, Tv Quilombo, Açaí Valley e Agência Fluxo.
Fotos: Anderson Moraes e Equipe Ènóis
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