O Jornal Empoderado foi cobrir o ato de sábado (04/12) do ‘BOLSONARO NUNCA MAIS!’ feito por mulheres do Brasil todo.
A nossa colaboradora Adriana Martins conversou com ativistas sobre a importancia de mais um ato contra esse governo que colaborou para matar mais de 610.000 vidas na pandemia, destrui a ecionomia e colocou o país no mapada fome e do subemprego, para quem tem emprego.
Vem, Vem pra rua vem!!! #Ele Não!!! #Bolsonaro Nunca Mais!!!
Em 2018 nós mulheres fomos às ruas para que Bolsonaro com a insígnia do Ele não. Conseguimos mobilizar a sociedade contra Bolsonaro no 1º turno e chamar a atenção da comunidade internacional sobre o perigo para o Brasil da eleição de um golpista , fascista, racista e lgbtqis+fóbico e misógino.
A história contemporânea nos mostra como nós mulheres negras, não negras e indígenas acertamos em irmos às ruas. Fomos as ruas tambem por causa da pandemia, que tirou mais de 600.00O vidas, pela fome, pelo feminicídio e assassinato da juventude negra. Nós voltamos às ruas para dizer ele não, Bolsonaro nunca mais!!!
Somos mulheres da favela, de periferias, da ciência, trabalhadoras domésticas, empreendedoras, advocacia, da saúde, quilombolas, de segmentos religiosos que lutam contra a intolerância religiosa.
Em todos os cantos do país fomos as ruas, seja de azul, rosa, lilás ou de branco. Fomos do jeito que quisermos. Afinal, somos dona dos nossos próprios corpos e também exigimos nossa autonomia plena. Estivermos todas nas ruas por entendermos a gravidade em que nossas vidas assim como do povo brasileiro passa com esse desgoverno golpista.
Fomos às ruas por sermos o 5º país em assassinato de mulheres negras e não negras. Assim também como de mulheres trans e lgbtqi+. Estivernmos nas ruas pelo fim das chacinas e incursões das polícias nas comunidades e periferias tendo como saldo assassinato dos filhos e filhas das mulheres negras.
Ontem fomos as ruas por conta da ascensão do fundamentalismo, contra a cultura do ódio e a intolerância religiosa e por todas às mulheres resgatadas em regime de trabalho análogo a escravidão.
Enfim vamos às ruas por nós, e pelas outras!!!
O Jornal Empoderado conversou com mulheres em vários segmentos sobre o ato de ontem. Veja o que elas nos falaram:
“Eu vejo a articulação das mulheres como um ato de resistência, nós trabalhadoras domésticas tbm vamos nos somar aos outros movimentos de mulheres, pois acreditamos que o dia quatro (4) de dezembro é de luta , temos que mostrar nossa força pelo fim de todas as violências, injustiças, e retrocessos. Fora Bolsonaro” – Luiza Batista Coordenadora Geral da Fenatrad (Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas)
“As mulheres, principalmente as negras e trabalhadoras domésticas, tem que estar nas ruas no dia 4 de dezembro gritando fora Bolsonaro ,porque não podemos mais nos calar com tanto retrocesso e desmonte no nosso Brasil. O nosso grito é a nossa arma outra esse desgoverno.” – Diretora Sindomestica, de Nova Iguaçu/RJ e da Fenatrad.
“As escolas que ficaram por conta do militarismo, não podem fazer a comemoração de 20 de Novembro e são impostos a retirarem do seu Plano de Aula e não falarem sobre a Lei 10.639. Temos que nos mantermos fortes e unidos, pq a única esperança que temos para o futuro melhor é a educação.” – Gil Salves, do Movimento Negro Unificado Nova Iguaçu/RJ e Guerreiras da Palhada.
“Nesse (des)governo as mulheres e meninas foram as mais prejudicadas. Aumentou o feminicídio, a fome, a morte de seus filhos pobres e favelados. Mulheres uni- vos e FORA BOLSONARO” – Elza Santiago/ Articulação de Mulheres Brasileiras.
“Pelos sonhos que sonhamos para o nosso povo negro, nós mulheres negras ocupamos as ruas!!”. – Lucimar Felisberto – Historiadora
“Convocamos a categoria a ocupar as ruas no dia 04 de dezembro para se posicionar contra este governo que se coloca como inimigo de todas as trabalhadoras! Vamos às ruas pelas vidas de mulheres nas cidades, no campo, nas florestas e nas águas! Nós mulheres Assistentes Sociais defendemos a garantia de direitos e dos serviços públicos, nos posicionando contra a fome, perda da renda, postos de trabalho, aumento das violências nos espaços domésticos e na vida pública”. – Dácia Teles, assistente social, conselheira do Conselho Federal de Serviço Social e compõe a Frente Nacional de Assistentes Sociais no Combate ao Racismo.
“Viver em paz, livres da violência, é a nossa reivindicação desde sempre. O governo atual cultua a morte e odeia as mulheres. Ele nunca nos representou. Ele não, ele nunca, ele jamais!!!” – Cleide Lemos, da #partidA, do Fórum de Mulheres do DF e Entorno e do Levante Feminista contra o Feminicídio.
“Nós, mulheres negras, vamos novamente às ruas exigindo Fora Bolsonaro porque não temos outra opção que não seja lutar. Nós não compactuamos com políticas de morte, por isso estamos lutando pela vida e bem viver.” – Izabel Marques, advogada, militante da Educafro Baixada Santista e do Coletivo Decolonialidades Mulheres em pauta
“Nós mulheres somos as guardiãs do futuro de nossa religiosidade.” – Tania Jandira, Umbandista/ CCIR
“É importante as mulheres estarem na organização desse ato porque o governo federal sempre se mostrou machista e misógino e as condições de vida sobretudo das mulheres pretas e periféricas pioraram muito depois que Bolsonaro assumiu a presidência.” – Ina Henrique Dias é fotógrafa do Empoderado.
“Exigimos Igualdade de Direitos e Respeito com a Raça Negra! Vidas Negras Importam! Não Calarão Nossa Voz! Essa Luta é de Todos Nl Persistência, Resiliência e Resistência!” – Giceli Candido Silva da Costa,CEDICUM
“Nós mulheres negras querendo viver com trabalho digno através do nosso empreendedorismo, Fora Bolsonaro.” – Marizete Ferreira – Africanidades
“O atual governo representa tudo o que estamos à século LUTANDO! Lutamos contra racismo, machismo, LGBTfobia, misoginia, contra as intolerâncias”. – Mariana Gino- CEAP
“Um governo que não reconhece a importância do Povo Preto na construção do Estado brasileiro, que não compreende que esse país foi construído, exclusivamente, por mãos pretas, deixa claro que não governa para todos.” – Angela Borges Kimbangu é advogada colaboradora da Ecaba – Casa Afrika Brasil
“A marcha das mulheres é essencial para a conquista de nossos direitos e fazer valer nossa voz contra este governo machista e preconceituoso”. – Bia Oliveira Bailarina do Bloco Afro Órúnmìlá
“Resistir na luta e nas ruas contra o feminicídio e a PEC 32 que prejudica as trabalhadoras da saúde e a população em geral. A omissão, o silêncio e a impunidade são cúmplices da violência.” – Fátima da Silva Wanderley FQVS – Fórum de Qualidade de Vida e Saúde/Sindsprev/RJ
“Bolsonaro é a morte ! Nós mulheres somos a vida!!! Denunciamos ele para o mundo no #elenão e agora.” – Rogeria Peixinho defendora de direitos humanos/ Coletivo Feminista de Autocuidado e Cuidado entre Defensoras de Direitos
“Nesse 4 de dezembro nós mulheres negras voltamos às ruas de todo Brasil para reafirmar o Bolsonaro Nunca Mais.” – Rosa Anacleto, Presidente da Unegro São Paulo
“Instituto Ágape -Favela do Pará Essa movimentação é um ato de Resistência !!! Precisamos demonstrar nossa insatisfação e resistir indo às ruas. Não aceitando essa desigualdade social e ficarmos caladas. Nosso país precisa resistir e agir !!!!” – Sara Almeida é Presidente Instituto Ágape e Favela do Pará Pedro/Cufa
“Muito importante que estejamos na manifestação do Fora Bolsonaro machista, misógino e racista porque as mulheres que protejam a vida, vai gestar um mundo menos desigual, sem o racismo, sem fascismo, sem o machismo, sem a fome, sem a violência contra a mulher nós mulheres vamos derrotar o patriarcado representado por este genocida.” – Regina SP: Regina Lúcia dos Santos – coordenadora MNU/SP
“As mulheres devem estar nas ruas contra Bolsonaro porque estão insatisfeitas com esse governo, racista, genocida, anti cultura. É preciso se indignar para que haja mudanças.” – Joana Angelica, CEMUFP.- Centro de Mulher de Favela e Periferia
“Nós mulheres negras entendemos a urgência de tirar Bolsonaro do poder. Ele encarcera nosso povo negro ou mata.Assim como constantemente aniquila nossos direitos e nossa existência.” – Mônica Cunha é co-criadora Movimento Moleque
“Estaremos nos atos ‘Bolsonaro Nunca Mais’ para denunciar o quanto a pandemia escancarou ainda mais o projeto de morte que o governo Bolsonaro aplica às mulheres negras, fora os ataques que temos sofrido nesse desgoverno com o aumento da fome, postos de trabalhos precarizados, a perda da renda e o aumento do feminicídio. Os desafios que enfrentamos são grandes, as possibilidades de superá-los que vêm sendo construídas mostram-se ainda maiores. Reforçamos no manifesto das Mulheres da Frente Nacional Antirracista “Somos nós, mulheres negras, que temos protagonizado a luta nas periferias do Brasil, construindo saídas coletivas e solidárias, organizando os territórios para resistência e para a conquista de direitos”. Leticia Gabriella é Integrabte da Frente Nacional Antirracista
“Enquanto mulher racializada tenho observado que a inserção de mulheres pretas na ciência rumam para descolonização dos padrões do fazer ciência, com ações ancoradas sobretudo no protagonismo das/os historicamente subalternizadas/os. Neste sentido, apostamos na ocupação de todos os lugares, inclusive as ruas como estratégia coletiva de luta e resistência contra as opressões enraizadas.” – Lidiane Bravo da Silva, assistente social e mestranda em Saúde Pública na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ).
“Nós, da Associação Jaciara de Ambulantes do Corre do Estado de São Paulo, estamos com o Brasil todo gritando: Fora Bolsonaro porque estamos passando por uma situação jamais vivida antes!!! É Bolsonaro que nos tira muitos benefícios públicos, vende o que é nosso, não controla a carestia dos alimentos, gás, energia elétrica, diz, lá fora, mentiras sobre nosso país, que não está havendo queimadas, que a pandemia é só uma gripezinha e por isso recusou, 9 vezes, ofertas para compra de vacinas e por tudo isso e muito, muito mais já tivemos quase 616mil mortes!!!
Poderiam ser menos que a metade!!! Objetivo: morrem mais os idosos, não é? Então diminue a folha de pagamento dos aposentados.Ele quer pouco estudo para os brasileiros porque aqueles que estudam sabem de seus direitos e lutam por eles; agora os que ignoram tudo, obedecem e é isso que ele quer; cortou também as verbas para pesquisas sendo que temos muitos excelentes pesquisadores científicos…Eu passaria o dia apontando os porquês que se resume em 2 palavras:
FORA BOLSONARO!!!”. – B C Kley Tass – PT -DZCentro/Sampa
“O dia 4 de dezembro marca a indignação das mulheres com esse que tem matado e retirado direitos do povo brasileiro. Do Ele Não ao Bolsonaro Nunca Mais levamos a certeza de que se tornou um fator de risco ser mulher nesse país e que o enfrentamento tem que ser ampliado unificando as forças em defesa da democracia e pelo Fora Bolsonaro. É por isso que vamos as ruas.” – Vanja Santos é Presidenta nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM) e conselheira nacional de Saúde (CNS).
Fotos: Ina Henrique