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10 mitos e verdades sobre a Síndrome de Down

Dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma data criada para conscientização da população sobre a Trissomia 21 (T21), ampliar a inclusão e a participação das pessoas com essa alteração genética.

Trata-se de uma alteração genética caracterizada pela presença de um cromossomo a mais, o par 21 e, por isso, é conhecida como Trissomia 21 ou T21.

Estima-se que há cerca de um caso de pessoas com Síndrome de Down a cada 700 nascimentos.

Mesmo não sendo uma síndrome tão rara, ainda existem muitos mitos sobre o que a pessoa com T21 “possa” ou não “possa” fazer.

Por isso, a psicóloga Bárbara Calmeto, especialista em Educação Especial e diretora do Autonomia Instituto, esclarece abaixo alguns mitos e verdades sobre a Síndrome de Down.

Confira!

1- A Síndrome de Down é uma doença.


MITO
. A Síndrome de Down não é uma doença, não é contagiosa e nem hereditária.

É uma alteração genética e as características físicas e psicológicas são individuais, ou seja, a pessoa não necessariamente precisa ter todas as características.

2 – A pessoa com Trissomia 21 é mais carinhosa.


MITO
. Essa é uma crença da sociedade por ter um olhar mais “infantilizado” para a pessoa com Trissomia do Cromossomo 21.

Ser mais carinhoso ou mais agressivo vai depender de inúmeros fatores de personalidade, cognitivos e comportamentais.

3 – Há diferentes graus de T21.

MITO. Na T21 há a presença do cromossomo extra em todos os casos e, portanto, não há graus.

Entretanto, há diferenças nas pessoas com Síndrome de Down, por questões de estimulações terapêuticas e pelo comprometimento cognitivo da deficiência intelectual.

 Não há graus diferentes nas pessoas com Síndrome de Down, mas elas possuem suas peculiaridades

4 – Pessoas com Síndrome de Down possuem a sexualidade mais aflorada.

MITO. Esse é um grande mito que perpetua pela sociedade.

A sexualidade dessas pessoas é igual à de todas as outras pessoas. A questão é que a pessoa com T21 têm menos possibilidades de vivenciar essa sexualidade, recebem menos orientação sexual e têm dificuldades de entender a censura, o que pode ocasionar comportamentos inadequados.

5 – Pessoas com T21 morrem cedo.

MITO. Com o avanço da medicina, a expectativa média de vida da pessoa com T21 ultrapassa os 60 anos.

Claro que com o envelhecimento, a pessoa com Síndrome de Down necessita de uma atenção e um cuidado maior com a saúde e as terapias de reabilitação neurocognitivas.

A gestação de um bebê com T21 é aumenta em mulheres acima dos 35

6 – Mulheres têm maior chance de ter filhos com SD após os 35 anos.


VERDADE
. Os riscos de ter uma gestação de um bebê com Síndrome de Down aumentam progressivamente em relação à idade materna a partir dos 35 anos.

A mulher tem seus óvulos formados desde bem pequena e, com o passar do tempo, eles vão envelhecendo, o que pode aumentar o risco de alterações genéticas.

7 – Pessoas com Síndrome de Down podem praticar esporte.


VERDADE
. As pessoas com SD podem e devem praticar esportes, pois ajuda na qualidade de vida e no bem-estar físico e emocional.

Importante ressaltar que a prática de atividade física deve ser realizada com acompanhamento de um profissional especializado e que conheça as necessidades específicas da Síndrome de Down.

8 – Pessoas com Síndrome de Down podem trabalhar.

VERDADE. Há muitas pessoas com Trissomia do Cromossomo 21 que podem trabalhar e têm toda capacidade de trabalhar, seja no emprego formal ou no emprego informal.

Temos a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (8.213/91) que garante os direitos a depender do número de empregados da empresa.

Outra modalidade de empregabilidade é o Emprego Apoiado ou o Empreendedorismo, que têm crescido muito.

Porém, é importante ressaltar que nem todas as pessoas com T21 precisam ou vão ser incluídas no mercado de trabalho. Isso depende da possibilidade da pessoa e do desejo da família.

Pessoas com Trissomia não só podem trabalhar e estão aptas, como há leis de inclusão para isso

9 – Pessoas com T21 têm atraso no desenvolvimento da linguagem.

VERDADE. Sim, é observado ao longo da infância é observado um atraso na linguagem com dificuldades articulatórias para emitir alguns sons.

Por isso, é importante a família procurar o acompanhamento de um fonoaudiólogo para estimular e acompanhar o desenvolvimento da comunicação.

10 – Teve uma mudança do nome Síndrome de Down para T21.


VERDADE.
 T21 é a abreviação de Trissomia 21 e essa reformulação da nomenclatura se deve a uma visão de que a palavra “Down” é uma maneira pejorativa de tratar as pessoas, por significar baixo, para baixo, por baixo.

O nome Síndrome de Down é uma homenagem ao John Down, que descreveu a síndrome de 1866.

Sendo assim, para valorizar mais a pessoa com T21 e desvincular à tradução de “Down”, estamos usando a Trissomia 21 ou T21 para identificar.

Porém, ainda no senso comum, usamos “Síndrome de Down”.

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