Um espetáculo do tamanho da DONA do samba. O Jornal Empoderado esteve neste fim de semana a convite do Roberto Mafra, o simpático , presidente da Ong Banda do Fuxico e da escritora e palestrante Claudia Canto.
O Espetáculo: Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro
O musical aconteceu no Teatro Sérgio Cardoso, na Bela Vista (SP) e a casa estava lotada para ver a história da Rainha do Samba, a Yvonne Lara da Costa, ou Dona Ivone Lara.
Muito aclamada no Rio de janeiro, o musical retrata a obra e vida de uma mulher que venceu tudo e todos (machistas) para mostrar que o samba não seria o mesmo sem a “Rainha do Samba”.
Dona Ivone foi mãe, companheira, sambista, filha de Oxum e assistente social que foi estudar enquanto o marido ficou em casa cuidando dos filhos numa época que isso era impensável. Ou seja, Ela foi muito a frente do seu tempo e ditou valores que estão aí até hoje.
Um espetáculo que foi pensado para ter como protagonista a ótima Fabiana Cozza, que foi convidada pela família, mas por ter a pele mais clara acabou sendo substituída.
A Empoderada
Hoje é normal as mulheres repetirem (e com justiça) que o lugar delas é onde elas quiserem, porém quem puxou a fila dessa fala foi a sambista que rompeu o machismo e foi a primeira a ser da ala de compositores de uma escola, a nossa Rainha Dona Ivone Lara!
Dona Ivone foi muitas no samba. De parceria dos gigantes Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira, prima de Mestre Fuleiro, Foi baiana da Império Serrano e o hino “Os cinco bailes da história do Rio” a levou ser a primeira compositora mulher da escola de Madureira.
Yvonne Lara da Costa, a enfermeira e assistente Social
Dona Ivone não brilhou apenas nas rodas de samba e desfiles de carnavais, ela tirou nota 10 em humanismo e prestação de serviço público.
Em uma época que se fala tão mal de servidores públicos Yvonne trabalhou. Em hospital psiquiátrico até se aposentar em 1977.
Lá trabalhou com Nise da Silveira, que foi uma médica psiquiatra reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria. E revolucionou o tratamento mental no Brasil, – era contra qualquer forma agressiva de tratamento-. Além de ter sido aluna do lendário Carl Jung.
Ficha Técnica
Idealização e direção geral: Jô Santana
Dramaturgia e direção artística: Elisio Lopes Jr.
Direção Musical: Rildo Hora
Codireção Musical: Jarbas Bittencourt
Direção Coreográfica: José Carlos Arandiba Zebrinha
Direção/Assistente/Residente: Ricardo Gamba
Assistente de Coreografia: Arismar Santos
Cenografia: Paula de Paoli
Figurino: Carol Lobato
Desenho de Luz: Valmyr Ferreira
Pesquisa: Desiree Reis e Nilcemar Nogueira
Direção Financeira: Dani Correia
visagismo de Beto Carramanhos, luz de Valmyr Ferreira, arranjos de Guilherme Terra, regência e preparação vocal de Thiago Gimenes, e banda formada pelos músicos André Souza, Bruno Vieira, Denis Lisboa, Fernando Pereira, Marcos Paiva, Marcio Guimarães, Mauro Oliveira e Rafael Abdala
Direção de Produção (Atores e atrizes): Renato Araujo Elenco André Muato Belize Pombal Beto Mettig Bruno Quixote Di Ribeiro Diogo Lopes Filho Felipe Adetokumbo Felipe Gomes Moreira Fernanda Cascardo Fernanda Jacob Fernanda Ventura Flavia Souza Francisco Salgado Guilherme Silva Heloisa Jorge Jeff Pereira Larissa Noel Larissa Carneiro Nara Couto Pedro Caetano Rafael Leal Sylvia Nazareth Udilê Procópio