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Nagulha: Entrevista Choquito!

Nagulha traz aos leitores(as) Mr. Becyk ou Choquito é um homem que já ministrou palestras e workshops de composição, produção musical e sonorização em espaços como a ETEC Júlio de Mesquita e Casas de Cultura.

Tive o prazer de trabalhar com Choquito e perceber seu seu grande profissionalismo e dedicação, Então por que não dizer pros quatro cantos do mundo sobre seu talento?

Nagulha- Há quanto tempo atua como produtor musical?

Choquito- Olá …

Há muito tempo eu tenho esse meu vulgo de Choquito, mas trago como batismo pelo meu padrinho Grandmaster Fish (ex Geração Rap) onde desenvolvo esse novo momento da minha carreira musical e na produção como um todo na área da música.

Bem eu atuo como produtor musical já algum tempo por volta de 12 anos…

Necessidade essa por suprir dificuldades técnicas na relação palco / produção musical.

Nagulha- Qual o artista ou grupo que mais gostou de trabalhar, tanto como produtor ou técnico de áudio?

Choquito- Bem essa pergunta é um pouco complicada kkkkk…Brincadeira.

Eu gosto de trabalhar com todo mundo que se identifica com meu trabalho. Já tive a oportunidade de produzir algumas faixas, gravar alguns artistas conhecidos e outros emergentes, mas em grande parte dando suporte para grupos ou solos na região onde moro e também até fora do país contribuindo para a evolução destes.

Já gravei artistas como Gê de Lima, Adriana Chyale, Negrosam (eu sou Trindade), Elemento Reggae, Grandmaster Fish, Syhmom, DDP a Família, Conexão Popular e muitos outros que eu não lembro agora.

Fiz pequenos trabalhos para participação de outros álbuns assim como Mago Abelha (DMC), SIMPSON (Terceiro Território), Pepeu, Marquinhos Silva (radialista), Bataclã 69 dentre outros.

Nagulha- Sei que já trabalhou com artistas internacionais  tanto Moçambicanos e Angolanos. Conte sobre esta experiencia e se foi aqui no Brasil ou exterior.

Choquito- Sim, foi uma experiência muito bacana para mim. Pois através de um grande parceiro e amigo que trabalhamos no passado (Melquisedeque Luis Silva) onde fez o intercâmbio entre o meu trabalho e os moçambicanos Adriana Chyale e Os Açucarados, Kamera Singer, Lossy Komole eu angolano General.

Esse trabalho foi capitado todo na África e mix e máster feito aqui no Brasil em minha Home Studio Chamada NoQuarto Produções Fonográficas que já existe há 12 anos.

Em especial devo muito a pessoa com quem foi o contato, parceiro, e o amigo contribui para o meu crescimento profissional Pisco Constâncio Mazuze.

Nagulha-Choquito, outro dia desse estávamos conversando sobre pensar no próximo, sei que em 2015 atuou como técnico de som e produtor (voluntário) na Casa de Cultura São Mateus, contribuindo com o aprimoramento da qualidade dos trabalhos de grupos, bandas e produtores musicais da região. Mas infelizmente vejo que algumas pessoas não dão valor. O que pensa sobre isso?

Choquito- Se deu por intermédio de um trabalho feito com Priscila Machado Lima que naquela época desenvolvia um livro com o título – Memórias de um São – junto ao Fórum de Cultura de São Mateus, material esse que retrata a história de São Mateus a partir dos relatos dos artistas deste território que momentos depois seria coordenadora da casa de Cultura São Mateus. por conta de nossa amizade e da necessidade de ter pessoas que desenvolvem trabalhos voluntários em prol do território, eu com os meus conhecimentos de sonorização e produção musical comecei a desenvolver atividades nesse espaço.

Nesses três anos eu pude ter a experiência em sonorização que talvez, nem a vida toda eu conseguiria, pois pude trabalhar ou como assistente ou como técnico de áudio de aproximadamente 400 artistas seja solo ou grupo musical.

Sim. Grande parte dos artistas do território com pouco tempo de experiência na carreira musical muitas vezes, como aconteceu comigo, aprende com os erros no caminhar da sua carreira. Isso faz com que estes mesmos artistas tenham a possibilidade de buscar uma linha profissional com pouco menos de dificuldade e mais entendimento através do meu auxílio e das oficinas que ministro nesse espaço.

Sou defensor do voluntariado. Vejo que as pessoas cobram do funcionalismo público atendimentos de qualidade de serviço, mas na hora de contribuir para a conservação e a manutenção do mesmo o despreza e não valoriza e quando encontra pessoas com iniciativas nesse quesito costumam ser negligentes ou até mesmo preconceituosas, lamentável!

Nesse espaço pode fazer som para artistas como KL Jay (Racionais Macas), Dexter, Dom Paulinho, Yssi Gordon, Alê Vianna, Acesso Rock, Tassia Reis, Linn da Quebrada, Black Allen, Gê de Lima, DJ Hum, Engrenagem Urbana dentre outros que não consigo lembrar no momento kkkkk

Nagulha-o que é o mês do hip hop para você?

Choquito- Bem… Mês do hip hop é fruto de muita luta e persistência de um movimento que eu admiro e o respeito; que tem as suas divergências, mas como toda a família no momento que mais é preciso se junta para buscar o seu ideal.

É um evento que tomou uma proporção tão grande na cidade e hoje é considerado um dos maiores se não o maior evento da América latina. Estruturado em sua lei da semana do hip hop se vê nas cinco regiões da cidade: centro, norte, sul, leste e oeste (noroeste) o desenvolvimento das linguagens deste movimento.

Recentemente ele vem passando por alterações para sua evolução e espero que nas próximas edições este continue tão belo e vibrante como nestas 14 edições que ele vem sendo feito.

Nagulha-Conte um pouco sobre Casa Music Festival

Choquito- O casa music festival idealizado por eu e Lucas Fernando Gomes,  grande parceiro,  que no desenvolver de uma oficina dentro da casa de Cultura São Mateus teve a ideia de criar um primeiro evento com base nos conhecimentos que adquirimos nesta oficina de produção cultural que acabou recebendo esse nome por realizar essa atividade dentro da casa de cultura de são Mateus. A partir daí continuamos a desenvolver diversos trabalhos e o casa music festival  deixou de ser um evento para ser um coletivo que desenvolve trabalhos musicais voltados para cena da música emergente e underground no território.

Nagulha-Atualmente está trabalhando em qual projeto?

Choquito- Aí se eu fosse contar os inúmeros projetos que venho desenvolvendo ia ficar difícil de contar nessa entrevista… kkkkkk

Mas vamos lá.

Estou terminando de produzir e finalizar três trilhas que vão fazer parte de um documentário que fala do cotidiano e da realidade do movimento dos trabalhadores sem-teto o MTST aqui mesmo do território.

Estou finalizando o disco do meu amigo Léo do de DDP a família, e terminando a minha Ep que vai se chamar versão Mateus São Paulo com cinco faixas e em breve estarei lançando os devidos singles…

Nagulha-pode nos detalhar sobre ele?

Choquito- Bem… O tipo de trabalho que eu desenvolvo dentro da Noquarto Produções Fonográficas que já existe há mais de uma década basicamente são vinhetas, jingles, trilhas para documentários, singles, EPs e etc

Nagulha-Na Noquarto Produções Fonográficas qual o valor da hora do Studio, e como costuma a trabalhar?

Choquito- Bem aí entregar o ouro né????

Mas vamos lá…

Falar de valores em questão do trabalho a gente tem que levar em consideração uma série de aspectos dentre eles o território onde eu vivo e desenvolv o meu trabalho…

Sabemos que a cultura no nosso país é muito desvalorizada e ao mesmo tempo é muito cara….

Desvalorizada no sentido que não se respeita o desenvolvimento artístico de cada indivíduo independente da linguagem e quando se trata de música a coisa fica mais séria! E é muito cara por diversos fatores como: os bons equipamentos que existem são caros e importados e se tornam dessa forma também pela carga tributária atribuída a eles a estes, apesar de já existirem equipamentos em pé de igualdade no nosso país mas ainda fora da realidade de muitos produtores musicais em Home Studio espalhados pelo país.

Nagulha-quais os quesitos básicos para se tornar um bom técnico de áudio ou produtor musical?

Choquito- Eu diria que o primeiro deles é o saber ouvir para depois agir. A cultura do indivíduo é muito importante e determinante para cometer um simples gesto.

Não pode ter medo dos desafios porque nem sempre vão ensinar de forma coesa tudo que você precisa aprender vão dificultar esses conteúdos e como eu digo para minhas turmas e clientes: Você é maior que seus desafios!!!!

Tudo que eu aprendi não foi na sala de aula, não foi em concursos, não foi com oficinas, foi baseado na experiência da realidade e da necessidade do meio.

Sou do hip hop já duas décadas e na época que cantava era muito comum a dificuldade da relação entre artistas e técnicos de áudio e produtores musicais, primeiro porque a cultura hip-hop ainda era muito nova e com isso os produtores musicais e os técnicos de áudio tinham um certo despreparo em lidar com os cantores de rap e segundo que nós da cultura Hip Hop também passávamos por essas transformações.

Nagulha-5 chutes e um bate bola rápido que faço uma pergunta e você me responde com uma palavra, vamos aos chutes?

Choquito- Demorou, manda!!

Nagulha-Hip hop brasileiro é:

Choquito- Reciclagem

Nagulha- profissão músico é?

Choquito- Mágico

Nagulha-técnico de áudio é?

Choquito- Malabarista

Nagulha-oficineiro é?

Choquito- Legado

Nagulha- ser honesto é?

Choquito- Verdade

Nagulha-deixe seu recado aos leitores (as) do jornal Empoderado.

Choquito- Bem antes de mais nada eu já agradeço ao meu mestre amigo DJ Paul pelo carinho pelo espaço pela credibilidade e não menos importante o jornal empoderado que permite dar voz dar visibilidade há muitos iguais a eu que desenvolvem trabalhos que acrescentam na vida não só de uma pessoa, mas de várias e que se pelo menos ela não desenvolva a arte mas que ela possa entender que a arte é o que dá sentido à vida!!!!!

NOTA

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