Em Busca de Um Novo Caminho

Técnico Brasileiro Trabalhando nos Estados Unidos:
Hoje28, o Jornal Empoderado  traz a entrevista do técnico Sérgio Donizetti Luciano que deixou o estado do Paraná para buscar novos horizontes e imenso aprendizado nos Estados Unidos.
É sempre importante mostrar aos leitores ,entrevistas com profissionais deixaram o país por novos objetivos e o nosso entrevistado deixou aqui uma brilhante carreira construída com muito foco e determinação.
Casado com com Rosane R. Luciano.
Pai de dois filhos uma menina e um menino.
Sua formação:
Professor Educação Fisica -UFPR
Pós graduado em Treino de Alto Rendimento para crianças – Tema Potencialidade da Criança no Esporte – UFPR
Mestre em Treino de Alto Rendimento na Universidade do Porto – Portugal, Tese: A importância do Jogador Libero nas ações ofensivas durante uma partida de voleibol. “Estudo comparativo durante a Liga Mundial 2003/2004 e Jogos Olímpicos de Atenas”.
Treinador Nivel IV – CBV
Participação de vários congressos na área da fisiologia e psicologia do esporte.
Ministrou alguns Cursos e Congressos de Esportes dentro e fora do Brasil.
Aqui no Brasil :
-Três Fronteiras
– Esporte Clube Olimpico/Camões
– Clube Curitibano
– Sociedade Thalia
– Academia Desthake

Alguns Colégio como: Col. Da Policia Militar, Victor do Amaral, Jayme Canet, Colégio Camões.
– Lacerda Braga/Foz Iguaçu
No Exterior:
Em Portugal:
Sporting Clube Espinho – Portugal
Esmoriz Ginásio Clube – Portugal
Aliança de Ovar – Portugal
Após voltar de Portugal ,o técnico criou o Grav: Gremio recreativo amigos do volei,projeto social que montou para a prática esportiva no vôlei.
E trabalhou também na FAPI (Faculdade de Administração de Pinhais).
Nos Estados Unidos ele trabalha:
– Lakeland High School – USA
– CPAXTREME – USA
Suas principais conquistas:
Tetra Campeão Estadual no Paraná por 4 vezes.
– Tri Campeão Jojups
– Campeão Brasileiro em 1986 Goiania ( Treinador Davi Marangon)
– Muitas vezes Campeão Metropolitano Pré Mirim, Mirim, Infantil e Infanto Juvenil
– Técnico Revelaçao 90

– Melhor Técnico 91/92 Estadual
– Campeão Universitário – FADEUP – 2002/2003
– Segundo lugar na Pool de apuramento para Campeonato Europeu- 2001/2002 SCEspinho
– Campeão Nacional Senior B em Portugal SCEspinho
– Vice Campeão Nacional Senior A 2001/2002 SCEspinho
Vamos à entrevista:
Como foi sua trajetória como treinador e Técnico?
Durante minha caminhada como Treinador e Técnico de Voleibol já são 34 anos de muita dedicação, onde consegui formar vários jogadores para o âmbito Nacional e Estadual, e o mais importante foi formar pessoas decentes e brilhantes cidadãos, que constituiram suas famílias utilizando tudo aquilo que o esporte lhe proporcionou de experiências, para seus filhos. Não posso destacar um atleta que tenha marcado mais minha vida, tive aqueles que conseguiram se destacar como: Lucas Deus da Silva, Elias Paulo de Godoy ( in memórian), Peter M. Neufeuld, Marcio Bueno, Jonas Sampaio, Leocadio Damazio ( in memórian), Allan Damazio, Gerson Amorim, Felipe Vendrameto, Heberton Bortolini, Romero Nunes, Anderson Anderle, Thiago Naldony, Felipe Seleme, Raphael Levandoski, Leandro Zen, Carlos Eduardo Santim, Marco Almeida, Luciano Blasius, Dieizol M. Gomes, Carlo s Alberto Zavadski, Genésio Moro, Gustavo Zangirolami, Roberto Tussolini, Rodrigo R. Rosa, Raulino Backman Junior, Alexandre Moscibroski, Wilson França, Roberto Fast, Luciano Pelanda, Rafael Dalcomuni, Alex Fast, Frank Fast, Marcos Tokunaga, Alexandre Nilsen,Thiago Luciano, Marcus V. Burda Fernandes, Raphael A. Luciano, Luigi Endrigo, Reginaldo (Goiaba) Harleysson Dalcomuni, Geter Kalinke, Sergio Schonton, Hans C. Neufeld, Livinston Waldow, Marcos Ziperer e Gilberto Amauri de Godoy, este último treinou comigo um período de dois anos pelo Olimpico Camões e durante duas Seleções de Curitiba e também durante a Liga Mundial e jogos Olímpicos.
Também tive a felicidade de trabalhar com os seguintes atletas: Renê Dias, Daniel Damásio , Edson Cunha, Eduardo L. Santos, Alexandre Guedin, Wagner Barzack, Samyr Y. Baptista, Munyr Y. Baptista, Diego Kalman, kleber, Thiago Gaetner, Clayton, Osvaldo Paquarelli. Guilherme Gaetner, Sandro Colaço, Jean Carlo, Batatinha e Altevir A. da Luz.
Atualmente estou nos EUA trabalhando com Vôlei e aprendendo e aperfeiçoando o meu inglês, pretendo fazer doutorado por aqui.
Tive uma aceitação muito grande pelos americanos. Quero aprender muito com eles, pois eles têm muito o que ensinar.
2-Algum dos seus filhos seguiu a carreira do pai no esporte Voleibol?

Sim. Os dois.
A menina jogou um tempo no Sion e no Circulo Militar de entrada, daí resolveu parar e partir para outra atividade (dança).
O garoto está jogando, atualmente com dezessete anos e no Brasil jogou futebol por nove anos e há dois anos começou com vôlei na equipe de Pinhais e agora está comigo aqui nos EUA jogando e estudando,atua como central devido sua altura 1.95 e joga também de oposto e entrada.
4- Porque optou em trabalhar fora do país?
Optei em sair fora, devido a pouca oportunidade que se tem no voleibol em meu estado Paraná, poucas competições e quase sempre muito cara para se participar. Sempre gostei de trabalhar com atletas da periferia, pois acredito no potencial do garoto e garota da periferia, devido isso sempre procurei levar o esporte até eles.

Pretendo ainda trabalhar mais uns anos com esse esporte que Amo. Nos últimos dezoito anos tenho trabalhado com futebol de campo, com oportunidade que me foi oferecida e fui atrás e hoje em dia sou fisiologista no futebol, com passagem por clubes em Portugal (Futebol Clube do Porto e outros nacionais.
Estou escrevendo um livro que a princípio leva o nome de “O Preço de um Sonho”.
Quero deixar para humanidade tudo que vivi dentro e fora do Voleibol. Como atleta e treinador.
Sempre fui criticado por ser um Técnico exigente e que sempre cobrava muito a performance e postura vencedora dos meus atletas, mas olhando para trás tenho a certeza que agia certo, sempre tive os pais de nossos atletas ao nosso lado, sempre gostei dos pais presentes em todos os momentos da formação dentro da nossa equipe. Éramos uma familia.
Até hoje tenho contato com atletas de 30 anos atrás.
O Que pensa sobre o que deixou aqui no Brasil?
Não guardo mágoa de ninguém, apenas sei que fui muitas vezes injustiçado em várias convocações de seleção estadual, por trabalhar com clube pequeno, mesmo ganhando e sendo escolhido como o melhor Técnico do estado.
Nunca fui de ficar bajulando a federação pra conseguir espaço, meus times sempre mostraram na quadra o nosso potencial, muitas vezes eu comprava bola e uniforme do meu bolso pra podermos competir e dar uma condição melhor para nossos atletas.
Éramos considerado os ” patinhos feios das competições”, isso nunca nos desanimou pelo contrário, servia como estimulo para conseguirmos nossos objetivos.
Que conselho você daria para os novos profissionais que estão iniciando uma carreira ou que pretende iniciar.
Estude bastante várias áreas como psicologia, biomecânica, fisiologia, estatística e logico sistemas tático e técnico. Ame o que você faz, faça da sua equipe sua familia. Seja honesto, justo e verdadeiro sempre com seus atletas não discrimine.
Acredito que seguindo esses fatores você vai conseguir muitos resultados positivos.
Seus agradecimentos:
Quero agradecer a todas as pessoas que sempre estiveram ao meu lado, dentro e fora da quadra, e em especial minha família e amigos e entre os amigos Gherard. klassen (in memórian), Genezio Moro, Milton Carneiro, Pedro Tomazelli, Alexia Steinmark, Wade Benson, André Sá, João Monteiro e André Bonfim.
O Jornal Empoderado  parabeniza e agradece ao técnico pelo legado de suas conquistas , por tudo que realizou com seus atletas no Brasil e o deseja sucesso na sua carreira no exterior.

Foto: Gentilmente cedida pelo entrevistado.