Que final de copa do mundo fizeram França e Croácia na Rússia, aliás que copa do mundo foi essa, uma das melhores dos tempos modernos e o último jogo reservou gols, momentos de aflição, expectativa com o VAR, e no fim a multicultural seleção francesa brindou o mundo com o título da diversidade. Lloris, Pogba, Griezmann, Mbappé, Varane, tudo junto e misturado em um time que sabe vencer, sabe vibrar e sabe comemorar. Uma seleção fria como bons europeus mas também vibrante como bons africanos, hispânicos, árabes, etc. Parece a combinação perfeita e, dessa forma, conquista com todos os méritos o bicampeonato mundial de futebol. Nota especial deve ser dada ao time da Croácia que chegou pela primeira vez em uma decisão de copa e não foi por acaso. Mostrou força e um futebol agradável apesar da tradição de time fechado, o que, nem de longe, foi o tom da seleção comandada pelo técnico Zlatiko Dalic que contou com a genialidade de Luka Modric, da habilidade de Rakitic, além da forte convicção de coletividade, para chegar ao segundo ponto mais alto do futebol. A França jogou na sua melhor tática, esperar para dar o bote, parece uma cascavel. E foi assim, deixou a bola para os croatas que dominaram, mantiveram a posse da bola, rodearam a área francesa o tempo todo, mas provaram do veneno francês. O primeiro gol da França foi típico disso tudo. Apesar de praticamente não ter passado do meio de campo, abriu o placar aos 18 minutos com gol contra de Mandzukic. 10 minutos depois sofreu o empate com Perisic. A Croácia continuou em cima mas cometeu um erro fatal. Em um cruzamento Perisic botou a mão na bola, lance que passaria despercebido mas aí entrou em campo outra estrela da copa, o VAR ou árbitro de vídeo, que acusou o pênalti. Griezmann bateu e recolocou a França na frente. Fim do primeiro tempo e a França voltou com tudo para a etapa final e precisou de apenas 20 minutos para definir o jogo. Pogba e Mbappé marcaram e, pela primeira vez na partida, tiveram sossego. A Croácia sentiu não apenas os 4 gols mas também o desgaste de ter jogada três prorrogações e pregou. Continuou lutando é verdade, mas sem aquele ritmo do começo. Mesmo assim Mandzukic marcou, dessa vez a favor, e a Croácia até tentou por fogo no jogo mas já era tarde. A França controlou, marcou e venceu, simples assim. Bicampeonato dos Azuis. Segundo lugar mais que comemorado da Croácia. Modric, habilidoso e que dá o ritmo na partida, foi eleito o melhor jogador da Copa. Mbappé, jovem, driblador, veloz e certeiro nas finalizações, foi o Bola de Prata. E a nota que não pode ser esquecida: Didier Deschamps entra no seleto grupo de jogadores que foram campeões do mundo como jogador (em 1998) e técnico, ao lado de Zagallo (1958 e 1970) e Beckenbauer (1974 e 1990).
VIVE LA FRANCE ( VIVA A FRANÇA)
CESTITKE HRVATSKA (PARABÉNS CROÁCIA)
O mundo do futebol se curva a Rússia que proporcionou uma bela copa do mundo.
Pena que acabou. A próxima só em 2022 no Qatar.