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SOBRE TEMPOS E VIDAS…

Quanto tempo deve durar uma vida?

Quanto tempo precisamos para nos sentirmos prontos?

Quanto tempo leva para se alcançar a realização completa?

Mas afinal, o que é o tempo senão aquele que, de repente, acaba?

Quanto tempo ainda temos? O que nos resta?

As perguntas sobre o tempo parecem nos incomodar

Isso porque, quando a vida se torna pesada e o tempo escasso

Ainda assim não imaginamos que tudo está à beira de acabar

Sabemos que a grande certeza do viver é que um dia tudo termina

Tudo se finda em uma curva, em uma cama, em um descuido

Enfim, sem mais nem menos, sem perguntas, sem avisos, sem consolos

Tudo se esvai, tudo se desforma, tudo se finda

Para quem se vai, uma longa trajetória rumo ao desconhecido

Para quem fica, uma longa trajetória em dor e em lágrimas

O fim nunca é bom, pelo menos não nos é possível enxergar assim

Queremos mais, faltou mais

Quase sempre não há despedida, aquele último abraço, um beijo

Ou um simplesmente adeus, até logo…

No coração um buraco, no peito aperto e na garganta um nó indecifrável

Somos incapazes de absorver de forma simples e natural

O rompimento fatal é cruel, destruidor

Descansou, está em um bom lugar, foi melhor assim….

Nada disso é dito de forma verdadeira, mas apenas tentativas

Tentativas de consolar, de entender, de aceitar

Tentativas, apenas tentativas, e em vão

O mar da dor é bravio e machuca

Por que se foi? Por que nos deixou?

Por que o tempo acabou assim tão cedo?

Quanto tempo ainda temos? De quanto tempo precisamos?

Na verdade, são perguntas apenas retóricas, pois

Nem todo o tempo do mundo nos prepara nem para partir, nem para deixar partir

Realizamos e ainda temos muito a realizar

Vencemos, mas a próxima batalha já nos aguarda bem ali

Nos formamos, mas a formação nunca é completa

Enfim, não há limites para se viver

E o nosso tempo é de simplesmente viver

De aproveitar o tempo que temos, quer seja longo quer seja curto

O nosso tempo é de amar, de curtir, de aprender, de realizar

E que façamos isso mesmo

Viver como se fosse o último dia

Amar como se fosse a única alternativa,

Aprender como se a vida dependesse disso

Realizar, construir, crescer, estimular

Faça amigos, sorria, abrace, grite, comemore

Mas não se esqueça do próximo

Não se esqueça de ajudar, de descruzar os braços, ajude a construir

Enfim, seja um ser humano….

Mas um ser humano feliz

Porque o tempo acaba, mas antes dele acabar

Nós ainda estamos aqui e aqui podemos mudar e fazer a diferença

Em nós e em tudo o que nos cerca.

Bora viver?

 

Em memória de Marcelo Bellotti, o eterno repórter Bellotti… Vai em paz chefe.

NOTA

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