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4ª edição da ‘Mostra de Criadoras em Moda: Mulheres Afro-Latinas’

Por Pedro Sant’Anna

 

A 4ª edição da ‘Mostra de Criadoras em Moda: Mulheres Afro-Latinas’, que será abrigada no Sesc 24 de Maio, promove criação coletiva reunindo os ateliês Abayomi Ateliê, África Plus Size Brasil, Candaces Moda Afro, Cynthia Mariah e Xongani.

Com pré-lançamento da coleção agendado para o dia 9/3, a partir das 20h, no teatro da unidade, o desfile derradeiro, que será realizada a céu aberto, ocorre no dia 17 do mesmo mês, das 16h às 18h, na Rua Dom José de Barros.

MOSTRA DE CRIADORAS EM MODA: MULHERES AFRO-LATINAS

Local: SESC 24 DE MAIO

Rua: 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo

Fone: (11) 3350-6300

Horário de funcionamento da unidade: 

Terça a sábado, das 9h às 21h.

Domingos e feriados, das 9h às 18h.

Pré-lançamento: Coleção 2017/2018 – Mostra de Criadoras em Moda
Com Goya Lopes e Julia Vidal
Dias: 
9 de março de 2018. Sexta, 20h às 22h
Local: Teatro – 1º subsolo (216 lugares)

Entrada: Retirada de ingressos com 1h de antecedência no local.(Livre/Grátis).

 

Desfile das Criadoras
Dias: 
17 de março de 2018. Sábado, 16h às 18h
Local: Rua Dom José de Barros

Entrada:(Livre/Grátis)

Ficha Técnica

Ateliês: Cynthia Mariah, Abayomi Ateliê, África Plus Size Brasil, Xongani e Candaces

Mediação: Manifesto Crespo

Desfilantes: Erica Malunguinho, Celynha Moreira, Ciça Costa, Li Bombom, Evelyn Daisy, Wanessa Yano, Nairobi Ayobami, Lidia Thays, Buh D’Angelo, Dalva Serra

Poetas: Joana Côrtes, Dinha, Kimani, Tatiana Nascimento

DJ: Luana Hansen

Maquiagem: Mika Safro

Costureiras e modelistas: Renata Baptista, Roseli Torres, Thata Vieira e Selma Paiva

Preparadora corporal: Janette Santiago | musicista: Adriana Aragão


INFORMAÇÕES À IMPRENSA

 Baobá Comunicação: pedro@baobacomunicacao.com.br / (11) 3482-2510

Assessoria de Imprensa do Sesc 24 de Maio

Com Bianca Alcântara, Bruna Marcatto, Caio Nascimento e Renata Barros
Contatos: (11) 3350.6444/6445/6446
imprensa@24demaio.sescsp.org.br

 

Imagens do processo de concepção da coleção estão disponíveis para download no link a seguir:

Foto: Nina Vieira

 

Estilistas criam coleção que propõem um diálogo entre ancestralidade afro-brasileira e futurismo

Em sua quarta edição, a ‘Mostra de Criadoras em Moda: Mulheres Afro-Latinas’ é a junção de cinco ateliês da capital paulista com o objetivo de criar uma coleção exclusiva. O projeto propõe abrir espaço para pensar e fazer moda a partir de uma perspectiva mais democrática e inclusiva. O pré-lançamento, em formato de bate-papo, ocorre no dia 9 de março, das 20h às 22h, com as convidadas Goya Lopes, designer de superfície e artista plástica, e Julia Vidal, designer de moda. No dia 17 do mesmo mês, das 16h às 18h, acontece um desfile a céu aberto na região central de São Paulo.

Nas três primeiras edições, cada equipe trabalhou em sua própria coleção, separadamente, para um desfile único ao final. Desta vez, a estratégia mudou, todas as etapas são desenvolvidas coletivamente com os ateliês Abayomi Ateliê, África Plus Size Brasil, Candaces Moda Afro, Cynthia Mariah e Xongani e contam com a presença do público.

Para o coletivo Manifesto Crespo, que coordena o projeto, e para o Núcleo Socioeducativo da Programação do Sesc 24 de Maio, idealizador da iniciativa, esta é uma oportunidade de ressignificar a moda. Neste ano, optaram por não usar o termo ‘modelo’, mas ‘mulheres desfilantes’. Além disso, as organizadoras não usam ‘looks’ para definir as peças, preferem criações.

“Tudo isso faz parte de um processo de abrasileirar nossa moda, que também é nutrida por África e referências indígenas. A moda precisa expressar outras vivências, outras memórias, outros corpos. Esse é o nosso objetivo”, afirma Pamela Rosa, do Abayomi Ateliê.

 

Conceito da Mostra

 Os grupos definiram duas linhas condutoras para a coleção. Todo o trabalho deverá expressar a conexão entre africanidade e afro-brasilidade, bem como percorrer uma trajetória que nasce em referências ancestrais até o futurismo.

“Elementos religiosos, os blocos afro dos carnavais, ícones como Maria Bonita e a expectativa de um futuro com mais liberdade e menos regras sociais de comportamento são algumas de nossas inspirações”, diz Ana Paula Mendonça, co-fundadora da marca Xongani.

Segundo a estilista Cynthia Mariah, a coleção é atemporal e não segue as tendências atuais, já que são muito eurocêntricas. “Pesquisamos elementos da nossa latinidade. Estamos trabalhando com algodão cru, chita, richelieu e estamparia artesanal, por exemplo. São materiais vivos em nossas memórias e identidade”, explica. 

A proposta é que a passarela seja um território que demonstre humanidade para além da exibição nos palcos. Para isso, as roupas foram feitas a partir das histórias de vida das mulheres que irão vestí-las. O intuito é contrariar a ideia de que a criação seja mais importante e que modelos são ‘cabides’. “São mulheres reais do ponto de vista estético. Negras, gordas, trans; são donas de casa, trabalhadoras. Queremos que as peças representem suas histórias”, conta Ana Cristina Neves, da marca Candaces. 

Além disso, Luciane Barros, do África Plus Size Brasil, aponta que é importante que a moda seja pensada para corpos gordos desde o início. “No começo, o desfile de peças para esse público era separado. Isso estava errado. Hoje, todos os ateliês planejam suas produções pensando na pluralidade dos corpos. Isso é um pré-requisito.”


Sobre as organizadoras

Manifesto Crespo

O Coletivo Manifesto Crespo é composto pelas educadoras Denna Hill, cantora e psicóloga, Jully Gabriel, produtora e jornalista, Lúcia Udemezue, produtora e socióloga e Nina Vieira, designer e fotógrafa. Com projetos e pesquisas voltadas à estética e corpo negros, por meio de educação, arte e eventos culturais. Conheça mais em http://manifestocrespo.org.

Abayomi Ateliê

Idealizado por Marisa Souza e Pamela Rosa, o projeto nasceu do desejo de dar visibilidade para as riquezas do bairro onde moram. Foi por meio de suas intervenções artísticas com ografite que tiveram a ideia de enriquecer e fortalecer a cultura na periferia através de criações têxteis que valorizam as peculiaridades desse universo, com o objetivo de romper as barreiras do preconceito, intolerância e divisões de classe.

 

África Plus Size Brasil

APSFWB foca nas múltiplas expressões femininas inspiradas pela cultura africana e afrodiaspórica em prol da diversidade e da reflexão. O projeto nasceu em 2013 e realiza eventos que movimentam o mercado de moda, trazendo tendências de consumo e abrindo espaço para mulheres que antes eram marginalizadas no mundo fashion. Além de criar uma plataforma multicultural voltada às questões étnicas e sociais, o projeto também ajuda a melhorar a autoestima das mulheres.

 

Candaces Moda Afro

É uma empresa familiar que atua no mercado brasileiro desde 2013. Idealizada e criada por Ana Cristina Neves, produtora de moda, e Sandra Neves, gerente de produção, o objetivo é valorizar e propagar a cultura africana através de suas roupas e acessórios.  As vestimentas são criadas com a intenção de fazer com que homens e mulheres sintam-se representados em criações que dialoguem com a sua afrodescendência. O nome Candaces é dado a uma linhagem de rainhas, que lideraram por três gerações no sul do Egito, de forma matriarcal, onde o poder era passado de mãe para filha.

 

Cynthia Mariah

Cynthia Mariah é uma empresa que está no Mercado desde 2004. Inicialmente tinha o nome de Cynthia Mariah’s Bijous, mas com a expansão da variedade de produtos o nome foi alterado. Levando o mesmo nome de sua idealizadora, os produtos da marca são artesanais, exclusivos e tem um conceito sustentável. A estilista trabalha focada em evitar o desperdício, em satisfazer o cliente, em expressar ao máximo o amor que sente em produzir cada peça.

 

Xongani

Liderada por Cris Mendonça, sócia-fundadora e gerente de produção e Ana Paula Xongani, design, youtuber, sócia-fundadora e estilista, a marca é uma das referências em moda afro-brasileira contemporânea e urbana no Brasil. Encaram o trabalho como uma das múltiplas possibilidades para o resgate e valorização da cultura africana. Xongani é uma palavra do changane, língua do sul de Moçambique e que significa algo como “se arrumem”, “se enfeitem” ou “fiquem bonitas (os)”. Do continente negro, trazem a capulana – tecido tradicional de algumas das culturas locais – e, com ela, os traços fortes, alegres e coloridos próprios do design africano. Mais do que uma marca, Xongani é estilo, atitude e autoestima!

 

 

 

NOTA

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