Criado para fortalecer as mulheres periféricas, que enfrentam desafios diários para consolidar seus trabalhos no mercado da economia criativa, seja na música, na produção audiovisual, no design, na moda ou nas mídias sociais, o projeto Elas no Corre – Potencialidades da Periferia chega em sua terceira edição, ainda mais potente.
“As mulheridades das periferias criam, inovam e movimentam a cultura, mas muitas vezes fazem isso sozinhas, sem apoio e sem acesso a informações essenciais para crescer no mercado”, conta Fabiana Ivo, gestora operacional da A Banca.
Em 2025, serão selecionadas 30 mulheres empreendedoras, com idades entre 18 e 35 anos, moradoras das periferias da capital paulista, que ao longo de três meses, passarão por uma jornada de formação fundamental para o negócio, como precificação, marketing digital, modelos de negócio, direitos autorais e gestão de carreira. Além disso, as participantes terão acesso a redes de apoio e mentorias com especialistas. Para fortalecer ainda mais o corre das empreendedoras, uma bolsa-auxílio no valor de R$2 mil será concedida ao final do programa, mediante participação em pelo menos 75% dos encontros.
As inscrições estão abertas até 30/04/2025, o registro da matrícula deve ser realizado através do formulário online e as aulas serão ministradas na modalidade presencial de maio a julho de 2025. Para mais informações, leia na íntegra o regulamento completo ou entre em contato com o e-mail comunicacao.abanca@gmail.com.
“O Elas No Corre chega para contribuir na mudança desse cenário, oferecendo formação qualificada e um incentivo financeiro para que essas trabalhadoras da economia criativa possam investir em seus trabalhos.”
O Elas no Corre é uma iniciativa da A Banca, um negócio de impacto que acredita na força e potência que existe na periferia, viabilizado pelo PROAC e com parceria estratégica da AMBEV.
Panorama do empreendedorismo feminino no Brasil
As mulheres representam uma parcela significativa do empreendedorismo no Brasil. De acordo com um estudo realizado pelo Sebrae, a partir de dados do IBGE, em 2022 o país tinha 10,3 milhões de empreendedoras. No entanto, as mulheridades enfrentam barreiras estruturais e culturais que dificultam seu crescimento e sucesso nos negócios, como a necessidade de conciliar trabalho e família, o acesso limitado a crédito e a falta de redes de apoio. E esses desafios se aprofundam ainda mais quando essa mulher está em uma periferia. Em 2021, uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, com apoio da Fundação Arymax, mostrou como as desigualdades sociais refletem no empreendedorismo periférico. Um dos dados apresentados indica que o investimento inicial de empreendedores na periferia chega a ser 37 vezes menor do que é aplicado em outras regiões. A pesquisa ainda destacou que, na periferia, a maioria das pessoas que participaram da amostra eram mulheres negras, com rendimento líquido do negócio de até R$2.090.
Sobre A Banca
Em 1999, nasce A Banca um movimento juvenil que se organizava para fazer eventos de Hip Hop como forma de conquistar respeito, ter voz e sobreviver à dura realidade local.
Cerca de 10 anos depois, após passar pela aceleração “Expedição Jovens Empreendedores da Artemísia na turma de 2007”, A Banca tornou-se uma associação. Atualmente, a organização é uma OSCIP reconhecida pelo Governo do Estado de São Paulo e pela Secretaria de Cultura e de Economia Criativa, como organização atuante na cultura e economia criativa. Em 2009, A Banca tornou-se uma associação. É reconhecida como ponto de cultura do Estado de São Paulo, tem a OSCIP fornecida via governo federal e atualmente se coloca como um Negócio de Impacto da Periferia atuando na frente do Empreendedorismo Social e da Economia Criativa.
