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ZE CARIOCA (DE CAVALO DE TROIA AMERICANO A BRASILEIRO DA GEMA )

 

Criado em 1942 para o filme Alô, Amigos –(Como parte da política de boa vizinhança dos Estados Unidos com os países latinos – Na verdade uma forma de americanizar os países latinos que tinham “tendênciwalt2as” socialistas )

Joe Carioca estreou nas tirinhas americanas ainda antes da película estrear nos cinemas. A transformação de “Joe” em “Zé” passou ainda por Jorge Kato – que desenhou suas primeiras histórias brasileiras e frequentemente adaptava aventuras de outros personagens como Mickey ou Pato Donald, substituindo-os pelo papagaio – É isso mesmo que você esta lendo, quando Zé Carioca estreou nos quadrinhos do Brasil, o volume de histórias disponível não era suficiente para manter o título em banca.

A Editora Abril para não cancelar a revista, passou a adaptar histórias do Mickey e do Pato Donald, com os desenhistas da Abril colocando Zé Carioca no lugar desses personagens, essas histórias foram apelidadas de “Zé Fraude”. Por consequência, apareceram histórias onde Zé Carioca contracena com personagens fora do seu universo, mantidos da história original, como Pateta, parceiro de Mickey. Também por conta disso, surgiram Zico e Zeca, sobrinhos do Zé, e criados para ocuparem o lugar de Huguinho, Zezinho e Luizinho. Outra consequência foram as frequentes mudanças na personalidade de Zé Carioca, que se adaptava à história original de onde era copiada.

Entre as décadas de 70 e 90 ocorreu o auge da produção para o personagem no Brasil, com revistas contendo só histórias do personagem, e com aumento do número de páginas. Nessa época o Zé teve seu visual reformulado aos poucos, saindo do paletó, gravata, chapéu panamá e charuto (vício que seria abolido de vez de suas histórias, com licença para republicações de histórias clássicas) por uma camiseta, mais condizente com o clima do Rio de Janeiro, essa mudança ocorreu ainda nos anos 60.

Em 1971, estreia o quadrinista Renato Canini, na história O Leão Que Espirrava, escrito pelo próprio Canini, walt-1onde surge o primo Zé Paulista, logo em seguida, passa a ilustrar roteiros de Ivan Saidenberg, Júlio de Andrade, entre outros.

Nesse período surge o herói Morcego Verde (inspirado no Morcego Vermelho) e a Agência de Detetives Moleza.

A Vila Xurupita ainda não estava plenamente desenvolvida, mas o barraco do Zé no Morro do Papagaio é um retrato exageradamente cômico da vida nas favelas cariocas da década de 70.

Canini desenhou o personagem até 1979, quando foi demitido pela Disney, por conta de traço mais pessoal e diferente do padrão da empresa, logo em seguida, continua roteirizando personagens Disney até meados da década de 1980, inclusive as do Zé Carioca.

O papagaio foi desenhando de camiseta até maio de 1983 .

E para matar a saudade de tudo isso a editora abril traz  :

Um Brasileiro Chamado Zé Carioca , com material 100% nacional. esse volume traz a fase de transição do personagem para algo verdadeiramente brasileiro, pelas mãos de Ivan Saidenberg (roteiro) e Renato Canini (desenhos).

As histórias narram as mais diversas aventuras, desde coisas simples como uma feijoada até contos em outros mundos de fantasia, passando por futebol, carnaval e muito samba. Os personagens coadjuvantes por vezes fogem do padrão “ave ou cachorro”, e vemos Zé Carioca interagir com outros animais humanizados pouco usuais nos quadrinhos Disney, como sapos, cobras ou rinocerontes! Além dos trambiques, histórias de mistério também permeiam os 44 contos dessa edição.

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