Estamos no final do ano de 2020, um ano que foi muito atípico para a população do mundo todo. É comum nos encerramentos de ciclos, como a passagem para um novo ano, fazermos resoluções, “promessas”, desejos para este novo ano que se iniciará. Aproveitando esta época de reflexões, gostaria de chamar a atenção para algo que muitas vezes nem pensamos… “Como será a nossa velhice?”
Alguns de vocês podem pensar: “-Mas já? Falta tanto tempo pra “chegar lá”, ou as vezes evitamos tocar no assunto e preferimos apenas “deixar pra lá”.
Mas lhe convido para fazer alguns cálculos simples, vamos lá… 1) Qual sua idade atualmente? 2) Quantos anos você terá daqui cinco anos? 3) E daqui dez anos? 4) E daqui vinte anos?
Depois desses cálculos, me responda: Você se imagina usando fraldas na sua velhice? Fazendo uso de sondas? Precisando de ajuda para fazer atividades que hoje são mais “simples”, como tomar banho, caminhar até o quintal? Não né? E agora me responda só mais essa pergunta: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO HOJE PARA EVITAR QUE ISSO ACONTEÇA NO SEU FUTURO?
Sim! Nossas atitudes de hoje terão uma grande influência de como será nossa velhice!
Se eu quero ser um velhinho ou uma velhinha com a “cabeça boa”, é necessário que eu esteja exercitando o meu cérebro desde sempre, lendo livros, estudando, praticando jogos intelectuais como xadrez, caça-palavras, ou até mesmo interagindo com outras pessoas. Se eu quero poder conseguir agachar e me levantar do vaso sanitário para fazer minhas necessidades fisiológicas sozinha(o), é necessário que eu tenha praticado atividade física ao longo da minha vida. A prática de atividade física não é questão apenas estética, e sim questão de poder ter autonomia!
Se eu não quero ter doenças crônicas como o diabetes, ter um acidente vascular cerebral, ou um quadro de obesidade, no qual serão necessários no mínimo dois cuidadores para me ajudar a me movimentar e a me deslocar, eu preciso pensar como está a minha alimentação HOJE!
O envelhecimento é um processo que inicia desde o momento em que nascemos. Cada decisão ou atitude que tomei durante toda a minha vida, como fumar, beber álcool, não estudar, ser sedentário, além da genética terá grande influência de como será minha velhice.
Vamos aproveitar essa passagem de ano para fazemos algumas mudanças rumo ao envelhecimento saudável e sem limitações? Tente iniciar modificando pequenos hábitos, como bebendo mais água, por exemplo, e va aumentando aos poucos.
Nunca é “cedo demais” para pensarmos nos nossos oitenta anos, temos apenas duas opções em nossas vidas… envelhecer ou morrer jovem!
Foto de capa: Pelé que acabou de completar 80 anos.
Dra Debora Lee Vianna Paulo
Mestra e Doutoranda em Gerontologia pela Unicamp, Especialista em Neurologia do Adulto pelo Hospital Albert Einstein, e Marketing e Gestão em Saúde pela Unicamp, Gerontóloga pela USP. Proprietária do Elderly – Centro de Promoção de Envelhecimento Saudável @elderly_envelhecimentosaudavel
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