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A Torcida Organizada do CARACAS F.C.: UMA REVOLUÇÃO

 

Recebi um texto em espanhol de uma amiga venezuelana sobre a relação entre o Chávez e o futebol, entre o povo venezuelano e a torcida do time do Caracas FC. Eis aqui para vocês leitores do Jornal Empoderado:

 

 

O Caracas Futebol Clube, “El Rojo”, é o time de futebol mais popular da Venezuela, na qual, a sua torcida organizada, “ La Barra del Caracas “(criada em 1989), desde 2000 denomina-se “Os Demônios Vermelhos”. Uma torcida organizada criada e transformada ao calor dos processos políticos e sociais da Venezuela, impregnada e guiada pelo verdadeiro sentimento popular. “La Barra del Caracas” é formada em sua maioria por jovens dos bairros de Caracas e seus arredores. Sua organização interna dividida em frentes e grupos faz com que, orgulhosamente, cada frente ou grupo desta sejam batizados com os nomes de nossas áreas populares e de nossos personagens históricos, trazendo para o futebol a verdadeira essência do povo venezuelano.

O crescimento do futebol venezuelano, principalmente dos times Vinotinto e Caracas, se expressa não somente dentro de campo nos aspectos técnicos, desportivos e futebolísticos, mas também no crescimento de suas torcidas. Crescimento, como mencionado acima, está ligado ao povo e suas lutas.

Hugo Chaves, quando chegou ao poder, transformou o futebol em aliado político número 1. O homem, o humano, o Gigante que apostou, entre outras coisas, na construção de novos estádios e na remodelação de muitos outros, e que evidentemente, isso abriu as portas às pessoas de todas as camadas sociais ao futebol, pois antes de Chávez, o futebol era um esporte para as elites na Venezuela.

A torcida organizada dos Vermelhos é uma prova disto.

 Ainda que nem todos os seus membros compartilham a ideologia de esquerda e, portanto, não há um pensamento ideológico consolidado, com o presidente Hugo Chávez houve um marco na história das torcidas organizadas, em “Os Demônios Vermelhos” e no próprio futebol venezuelano. Chaves abriu as portas do futebol para o povo, quiçá reuniu em mesmo espaço, pobres e ricos, brancos e negros, mestiços e índios, mulçumanos, católicos, yorubás: com toda a sua capacidade de juntar, a cada domingo, pessoas de diferentes setores sociais em torno da igualdade e fraternidade, organizando internamente dentro delas, um sentimento de identidade e de pertencimento à nação em torno de uma paixão que é o futebol.

É por isso que a torcida “Os Demônios Vermelhos” e o seu próprio time, o Caracas, bem como o futebol venezuelano têm passado por uma verdadeira revolução dentro da revolução bolivariana, e tal como os jovens, nós temos lutado em todas as batalhas e com todas as armas, agora para não perder os espaços que junto ao Hugo Chaves tínhamos conquistado. E iremos fazer mais!

Morre o homem, não a ideia! Líder Eterno…

Definitivamente, Chávez entrou em nossas veias, e na pele da torcida. No dia 5 de março de 2013, Caracas disputaria a primeira partida contra o Grêmio do Brasil na Copa Libertadores da América. Após a notícia da morte do Comandante Chávez, todos os venezuelanos, incluindo jogadores e torcedores de Caracas, ficaram desanimados. Nosso líder máximo tinha ido embora. Nesse jogo, Caracas recebeu a goleada da sua vida por 4 X0.

Para a segunda partida, em 12 de março, em Caracas, nos aproximamos do olímpico. Golpeados, com 4 gols para reverter, machucados muito por dentro e por fora. Na partida anterior (momento de encorajamento vindo das arquibancadas) aparece, como incentivo também para os torcedores, uma bandeira do comandante “O homem morre, mas não a ideia. Líder eterno “. Muitos e muitos se esqueceram de tudo, só sabíamos que nosso comandante estava lá, com seu povo, também torcendo. Ele apareceu nos avisando que assim como ele estava presente em nossas lutas, como nosso camarada, ele continuaria com seu povo, com sua torcida, nos encorajando em todos os campos e em todas as batalhas.

Naquele dia, Caracas venceu o jogo para o Grêmio 2 gols por 1, naquele dia venceu Chávez.

 

 Claret Quintana Cruz

 

Tradução: Adrienne Kátia Savazoni Morelato

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