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Está certo que o dia da mulher é todo dia, dia de praticar a sororidade entre nós. Afinal, durante os 365 dias do ano exercemos este papel único: mulher, que se desdobra em mil facetas e o que mais nos solicitarem. Corremos contra o tempo, contra todos os limites para sempre fazermos o melhor. Todo mês de Março há palestras, reuniões, encontros, audiências públicas e fóruns, entre outras atividades. Abril, não é diferente, tenho participado de inúmeros eventos os quais busco aprofundar e debater a sororidade entre nós, mulheres. Anseio em gritar ao vento que não sou tua rival, sou tua irmã. Tenho escutado muito a palavra empoderamento feminino, sororidade e a expressão “quando uma sobe, puxa a outra”, mas persistem o ruídos dissonantes e que me obrigam a autorreflexão e reflexão sobre o quanto somos irmãs.

Li muito a respeito e espero que a sororidade seja mais do que uma ideia fantasiosa de que as mulheres são todas irmãs, unicamente porque são mulheres. Compartilho o ponto de vista, de Isabela Cunha: “Ela (sororidade) tem que descrever, o laço que nós temos desde o nascimento, e que a nossas mães tinham antes de nós: o fato de que nós nos reconhecemos umas nas outras, de que as nossas vidas são marcadas por tragédias semelhantes, explorações específicas, porque mulher é o que nós somos”.

Entretanto,o movimento em prol da sororidade nem sempre tem voz uníssona. E talvez nem devesse obrigatoriamente ter, pois é por meio das divergências que surgem as problematizações e conseguimos construir conhecimento.

Em torno de um bem comum, a sororidade é uma expressão designada para narrar a cumplicidade, empatia e apoio mútuo entre nós, mulheres. Palavra que nós dá noção de irmandade entre as mulheres sem nenhum clima de disputa. Não somos concorrentes, somos irmãs. Neste processo de entender a sororidade, a frase de destaque, foi dita pela Edvania Santos, Coach, “quando a maré sobe ela eleva todos os bracos, este é o principio”.

Empreender não se resume em fazer, mas em produzir algo com valia para o usuário, que agregue e some. Toda manifestação artística, musical, cultural, e social onde as protagonistas são mulheres contribui para o empoderamento feminino”

Finalizando o mês de Março, dia 29, numa sexta-feira acolhedora a Mansão Hasbaya, na Bela Vista recebeu diversas personalidades de nosso mundo social, cultural e empresarial, estas homenageadas no evento ONE WOMAN realizado pelo COMBAT SOCIAL em parceria com a ABRASCI (Academia Brasileira de Ciências, Artes, Historia e Literatura) com  o VI Prêmio Agito Cultural. Minha presença se deu como uma das personalidades homenageadas e como representante do Jornal Empoderado, no qual tive embasamento prático de que a sororidade é possível. Dentre as homenageadas estavam a candidata a deputada – Adriana Vasconcelos, a diretora do CEPSP – Luci Adão, a presidente do Frente Favela Brasil, candidata a deputada estadual – Nilza Camillo, a jornalista e blogueira – Patricia Morais, a Coach – Roberta Romero e a cantora Grazzi Brazil, a qual cantou para os presentes.

O mês de Abril iniciou com uma programação movimentada, dia 07, encontro entre mulheres negras proporcionado  pelas Dra. Diva Zitto e Luci e pelo MMNB (Movimento da Mulher Negra Brasileira) com o intuito de compartilhar saberes e ações individuais e coletivas em busca de igualdade, liberdade e irmandade (sororidade). Mais uma oportunidade de mostrar que o empoderamento feminino ocorre através do empreendedorismo.O start à programação da tarde de sábado ocorreu com um almoço seguido pela roda de conversa iniciado com a apresentação de todas presentes e dentre as pautas, eis que surge a SORORIDADE e segundo a Edvania Santos, Coach, quando a mulher ingressa no empreendedorismo o apoio é ecológico, a mulher pensa no todo: nas pessoas a sua volta, na família e ajuda todo o seu ecossistema a melhorar.

Após alguma imersões em busca da sororidade, eis que surge mais um convite, 08 de Abril, o JE prestigia o encontro entre marcas, a designer Lolita e a estilista Mônica Anjos, aterrissaram em São Paulo e me proporciona uma experiência extraordinária nessa minha trajetória profissional na moda. Em um sobrado cheio de histórias e memórias a reunião entre amigas e clientes paulistanas celebrou o lançamento da nova coleção. Numa mistura perfeita entre simplicidade e elegância reafirmando o compromisso de dar identidade a roupa e resgatar a identidade da mulher que a veste. Cada peça mexeu com os sentidos, despertou memórias, defendeu o amor livre e incondicional. Há mais de duas décadas de existência a marca Mônica Anjos – Moda com Identidade, dialoga com nossa ancestralidade e resgata a auto-estima através da moda. Todas presentes fomos contagiadas pelo espirito de sororidade ao som do batuque dançamos, desfilamos peças maravilhosas com acessórios exclusivos desenhados e produzidos pela designer Lolita.

 

No dia, 10, o teatro Sergio Cardoso abrigou o evento, Brothers Embaixadores dos Cachos, apresentado pela Sociedade Negra Paulistana, idealizado por Edson Beauty, JP Freitas e Wally Custodio, tendo como mestre de cerimonia o Dicesar – ex BBB 10. Abordamos outra faceta do empoderamento feminino, o cabelo, o cabelo é uma arma poderosa que ajuda as mulheres a no resgate da sua auto-estima e da identidade. Assim como o Jornal Empoderado a SNP quer falar de representatividade, da beleza da mulher, de auto estima, de ancestralidade, reconhecimento, quer mostrar a mulher negra que ela pode ser ela em toda a sua extensão e sim, através dos seus cachos fugir da “escravidão do liso”, mas não visa a onda da moda dos cachos. O projeto visa aprimorar e desmistificar os cuidados com os cabelos crespos e ondulados para os profissionais da beleza.

Para nós, lugar de mulher é no palco, é nos bastidores, na cenografia, na produção, na comunicação. Lugar de mulher é na música. A segunda edição do evento, Princess a Posse, organizada pelo produtor musical Fabio Luiz Aleixo, ocorreu dia 12 de Abril, no coração de São Paulo, um encontro entre Thulla Mello e Nega San, mulheres que inspiram e se inspiram através da música. Esqueça a ideia de que mulheres sempre são rivais e que disputam  a coroa de rainha do baile. Rainhas num evento onde não havia espaço para vaidades, empreendedoras da moda, cantoras e outras presentes reinaram em absoluto. As modelos fizeram dos corredores a passarela, as marcas presentes transportaram todos para outro dimensão, onde o foco é a mulher, reforçando o precedente de que a relação é possível – solidificar uma identidade que vai muito além da compra. Ao som da Banda Avontz e do DJ Ataliba, os corpos conversaram num ritmo envolvente,em plena noite de quinta-feira, num clima acolhedor e convidativo. Entre uma musica e outra o Dj Ataliba roubou a cena, pelo fato de em paralelo trabalhar na reconstrução do homem preto, em diversas funções visto que este processo caminha em paralelo ao empoderamento da mulher preta.

Para a estudiosa Nelly Stromquist, a consciência da desigualdade é fundamental para que a mulher se empodere. Além disso, é necessário se organizar contra essa disparidade entre homens e mulheres, construir uma visão crítica da realidade, conquistar autoestima e, se possível, gerar renda independente. Nesse sentido, a música consegue contemplar as quatro etapas do processo proposto por Stromquist na medida em que estimula a criticidade, conscientizando mulheres e aumentando sua autoconfiança.

Façamos um grande pacto. De que não ficaremos mais sozinhas, seremos pioneiras em algo, mas abriremos as portas para mais e mais mulheres. Precisamos construir conscientemente, o que os homens controem espontaneamente desde o berço.  São criados, socializados para serem parceiros, amigos, irmãos, a tal “brotheragem”.  Dificilmente uma mulher chama a outra de irmã. A sororidade traduz em sentimento a noção de coletividade e de que, ‘juntas, somos mais fortes, baseada nessa afirmação levo o JE para diversos eventos em busca do empoderamento feminino, dando voz e permitindo aos invisíveis o direito a fala, a mulher tem muito a dizer, estamos juntas nessa luta e não estamos numa briga de ego… “não sou tua rival, sou tua irmã”. Não podemos esquecer da historia das mulheres negras que até hoje ainda não se reconhece como irmãs.

Quando nos unimos e cooperamos umas com as outras, conseguimos resolver problemas e avançamos diante de obstáculos.

 

NOTA

Não deixe de curtir nossas mídias sociais. Fortaleça a mídia negra e periférica

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Uma resposta

  1. Puxa me arrepiei da cabeça aos pés onde senti na pele está sororidade ao mesmo tempo em que pude perceber o quão é libertador estas sensações de poder aliar as outras irmãs e construído sua identidade juntamente com a outra. Não tenho palavras pra expressar o quão está reportagem tocou meu coração assim como meus pensamentos vagueiam para este empoderamento feminino que habita em mim e que deseja sair. Refletindo sobre não sou tua rival sou tua irmã eu concordo em gênero e grau, pois estamos lutando por uma mesma causa e porque não se juntar prestigiando e torcendo para que mais uma irmã possa se libertar das amarradas da sociedade e do mundo para está nova jornada e glória. Não sei se o que falo está correto, mas eu acredito em um futuro melhor para nós mulheres… #emponderamentofeminino #juntassomosmaisfortes #somosunicas #sororidade #reflexao #borairmas

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