Trabalho é um convite à reflexão coletiva sobre os corpos, as relações raciais e a renovação cultural
O multiartista Preto Viana, que atua como ator, bailarino, artista de circo aéreo e empreendedor, apresenta seu projeto em constante evolução: Subjetividade Preta. A iniciativa convida o público a um diálogo reflexivo e interativo, incentivando todos a pensarem, opinarem e se engajarem nas questões sociais abordadas. Em um processo contínuo de transformação, o trabalho se reinventa a cada momento, conectando passado, presente e futuro dos diversos “corpos” que compõem nossa sociedade.
Preto Viana, que também é conhecido por seu trabalho na Globo, estreou como o personagem Beto na série Os Outros. Além dessa atuação, participou de outras produções de destaque, como Terra e Paixão e Todas as Flores, reforçando sua presença no cenário audiovisual. Em 2025, ele terá sua estreia no cinema brasileiro no longa Papagaios, de Douglas Soares, o primeiro filme do diretor. A carreira de Preto também se expande para o cinema internacional, com sua participação em Kali, disponível no Play Prime.
Subjetividade Preta se alicerça em três pilares fundamentais, explorados por meio de pesquisa contínua: repetição dos corpos nas ruas, relações inter-raciais e subjetividades dos corpos.
Entre as diversas expressões artísticas do projeto, destaca-se a performance fotográfica Ogunhê, que se desenvolve a partir da pergunta: “Que flores te encantam?”. Para Preto Viana, flores e plantas simbolizam uma conexão profunda com a natureza, proteção e cura. A Espada de São Jorge, em particular, é utilizada como um símbolo de resistência e renovação, refletindo a força e a capacidade de transformação presentes nas culturas marginalizadas.
A proposta deste trabalho é permitir que as expressões artísticas falem por si mesmas, criando uma construção quase autônoma que valoriza a escuta ativa e a interação com o público. Ao incorporar elementos da natureza, como plantas e flores, Subjetividade Preta revela camadas de significado que inspiram uma reflexão sobre o papel dessas forças naturais em nossas vidas e na construção de identidades.
Subjetividade Preta é, assim, um convite à exploração coletiva, onde cada participante se torna co-criador de uma narrativa que desafia e expande nossa compreensão das identidades e resistências sociais.
Texto e imagem: Clarice Tatyer
Revisão e edição: Tatiana Oliveira Botosso