O atraso de salários e a falta de recursos podem tirar o Mogi Mirim da série C do Campeonato Brasileiro. No último fim de semana, a equipe não entrou em campo contra o Ypiranga-RS pelo fato de que os jogadores do Sapão se recusaram a jogar sem antes receberem os salários atrasados.
A partida seria realizada no Estádio Vail Chaves, em Mogi, mas foi registrado o WO pela equipe de casa e os gaúchos venceram o jogo por 3 a 0. Segundo o meia Cristian, são sete meses de salários atrasados, além de promessas não cumpridas pela diretoria alvirrubra. A situação ficou tão crítica que os atletas se recusaram a continuar na competição sem antes receberem os pagamentos.
De acordo com o presidente Luiz Henrique de Oliveira, o clube não tem condições de quitar a dívida com o elenco e não encontrou parceiros para ajudar o time a pelo menos terminar a competição. O impasse se encaminha pela saída do Mogi da competição. A situação foi encaminhada para a CBF.
Com a desistência, o Mogi Mirim poderá sofrer punições do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), além de automaticamente rebaixado. O clube ainda não externou a sua situação para a imprensa e torcedores.
Bastia pode fechar as portas
Uma situação parecida vive o Bastia, da França. Na última temporada, a equipe foi rebaixada para a Ligue 2, que é a segunda divisão local, mas por acumulo de dívidas e falta de pagamento de salários, a equipe caiu para a terceira divisão.
A situação se agravou quando um grupo de empresários que compraria o time francês desistiu do negócio. Sem caixa, a equipe foi rebaixada para a terceira divisão, não participará da temporada 2017/2018 e, se voltar ao mundo do futebol, começará a sua caminhada na divisão amadora do país.
Crises como essas são comuns quando a administração não faz a sua parte fora de campo. A Portuguesa de Desportos, por exemplo, após o “tapetão” no Brasileiro, perdeu diversos recursos financeiros e hoje está fora do cenário nacional. O Comercial de Ribeirão Preto também é um exemplo e em 2018 disputará a série B do Campeonato Paulista, equivalente a quarta divisão do futebol estadual.