Pedro Pauleey, ator brasileiro, de Patos de Minas, Minas Gerais, desde muito cedo teve interesse pelos palcos. Com apenas 4 anos de idade, ia aos programas de calouros da Rádio Clube de Patos cantarolar músicas do cantor Jessé, seu ídolo de infância, e aos 16 anos começou no teatro amador.
Em meados de 1996, saiu de casa para fazer o seu primeiro curso de atuação em Uberlândia e de lá para a UFOP, na cidade de Ouro Preto, marco inicial de sua carreira no teatro. A estreia na televisão foi com o humorístico Escolinha Maluca (1997 a 2001), veiculado pela Rede Minas/NTV.
Aprovado para o curso de artes cênicas da UFMG e com planos de se mudar para o Rio de Janeiro, em 2001, optou por seguir rumo à Cidade Maravilhosa, inicialmente, com o intuito de se tornar dublador, “profissão que admiro muito desde criança”, conta Pedro.
No Rio, fez o curso com as conhecidas diretoras de dublagens Marlene Costa e Fernanda Baronne. No mesmo ano de sua chegada à capital do Rio de Janeiro, Pedro recebeu o Prêmio de Melhor Ator Comédia pelo espetáculo infantil ‘BRINCANDO COM OS CONTOS’ no Teatro Óperon.
Durante o ano seguinte, em 2002, entra para a Cia Ébanos Brilhantes, onde figurou o elenco de Hamlet é Negro sob a direção do mestre Antônio Abujamra.
Para o ator esse foi um dos maiores presentes da sua vida!
“Com Abujamra aprendi técnicas de atuação que uso até hoje”, conta.
Pedro Pauleey e suas artes
Ainda sobre a sua trajetória no teatro, Pedro lembra que na montagem Lisístrata-Sexo, Drogas e Greve, sob direção de Débora Dubois, teve sua participação destacada pela crítica especializada da Revista Isto É- Gente.
No teatro também esteve nas montagens: Relatos de Professores (José Sisneiro); Bonitinha, Mas Ordinária (Ana Zettel) e Cães de Rua (Everton Frank).
Pedro Pauleey é finalista, em 2004, no programa Casa dos Artistas no SBT. O programa, com direção do grande Nilton Travesso, revelava novos atores para o casting da emissora.
O reality show marca sua primeira aparição nacional e, como consequência do seu elogiado desempenho, é convidado pelo SBT para o elenco da novela Esmeralda, onde faz o peão Inácio – um personagem apaixonado e com muitos toques de humor.
Na sequência desse trabalho, na novela Cristal, dá vida à Tico, um jovem negro que foi adotado por uma família de italianos.
“Acho que devem ter gostado de mim”, diz ele com ar de graça. “Com o fim da novela Cristal, o veterano Nilton Travesso me chamou para fazer o personagem Rabo-de-Galo, no sitcom Nina & Nuno, com Adriane Galisteu e Eduardo Martini”.
O ator transitou por outras emissoras brasileiras. O personagem Sauro na novela Boogie Oogie de Rui Vilhena, foi sua porta de entrada na concorrida Rede Globo de Televisão.
Segundo o ator, essa foi uma grande oportunidade de aprendizado, além, é claro, de matar a curiosidade enorme de como era fazer novela na maior produtora de teledramaturgia do mundo.
Na Band TV, na minissérie Era Uma Vez…Uma História, foi Francisco Montezuma – o primeiro e único Visconde de Jequitinhonha.
Na Rede Record, em 2013, fez uma breve participação em Pecado Mortal, novela de Carlos Lombardi. E mais recentemente, na novela Apocalipse.
Sua marca na Sétima Arte
O artista tem uma extensa bagagem no cinema. Em ÓDIO, longa-metragem, ainda inédito, remake do sucesso de mesmo nome dos anos 70, estrelado por Carlo Mossy, interpreta Léo.
Está no filme Trash, do diretor Stephen Daldry, protagonizado por Wagner Moura e Selton Mello, e que ainda traz no elenco Martin Sheen e Rooney Mara.
No longa, O Lucro Acima da Vida, de Nic Nilson, faz o filho dos personagens de Zezé Motta e Aílton Graça – Clodoaldo, um rapaz que nasceu com paralisia cerebral e tem dificuldades para falar e se movimentar.
Sob a direção de Hsu Chien, em Ninguém entra, Ninguém Sai, faz uma participação como um motoboy.
Em Bom Dia Rio de Janeiro, de Ed Lopez DasSilva, interpreta
Daniel, seu primeiro protagonista na telona.
No longa PECADO VERMELHO é o protagonista João Pedro. Também está no elenco das produções SOPHIA, Broto Legal, Karsmênia e 4×4, ainda inéditos.
Versátil, dirigiu o curta CLAUSTROFOBIA, que recebeu excelentes críticas no circuito de festivais no Brasil.
Está nos curtas metragens: Aqui se Faz, Aqui se Paga; Acaso; Nós; Além do Horizonte; FOME, PARAÍSO INSÓLITO, entre outros.
Em 2017, roteirizou, produziu e atuou no curta-metragem A Mulher de Sete Metros, a respeito de uma lenda de sua cidade natal. O filme Rosas de Ivann Willig, que protagoniza com Kassandrão Brandão, trouxe reconhecimento internacional.
Entre vários outros prêmios, destaque para o prêmio Melhor Filme no LABRFF (Los Angeles Brazilian Film Festival/EUA). E em março desse ano, Pedro Pauleey recebeu o prêmio Melhor Ator de Cena no SCENE FESTIVAL, em Maryland/EUA.
Pedro Pauleey e o longa Pecado Vermelho
Pedro Pauleey interpreta o protagonista João Pedro, um homem que passa a vida à procura de Marinete (Jana Torres), seu grande amor.
O personagem é atormentado por uma infância abusiva, preso ao passado e com um futuro conhecido, que vai sendo compreendido ao longo da trama.
Seus pais, Da. Márcia (Taty Godói) e Sr. Mendes (Hugo Gross), nunca foram um bom exemplo. No futuro, enxerga na figura de Jan o pai que nunca teve, porém, mais uma vez se decepciona.
João Pedro, nunca acreditou ou deu importância às crenças religiosas de sua mãe, e, por isso, carrega uma cobrança do passado na sua alma. O personagem João Pedro é o próprio Pecado Vermelho.
Segundo o ator, Pecado Vermelho – onde também é um dos produtores, é um filme que foge dos estereótipos dos filmes costumeiramente lançados no Brasil, abordando temas pouco explorados pelos roteiristas. A narrativa suscita temas como homossexualidade, preconceitos e violência infantil, tão comum no mundo atual.
“Acredito que o filme pode levantar discussão sobre as crenças de origem africanas, comumente marginalizadas e vistas com muito preconceito no nosso país, e assim, quem sabe promover uma visão mais respeitosa quanto as mesmas”, conclui Pedro.
Ele conta que o filme Pecado Vermelho, com roteiro de Mácximo Bóssimo e direção de Bellamir Freire, é uma produção independente, feita com muita garra e determinação por toda a equipe envolvida, e que lhe trouxe a grata oportunidade de trabalhar com Isaac Bardavid, ator e dublador, que admira a muito tempo.
Pecado Vermelho
A história de João Pedro (Pedro Pauleey) nos leva a pensar em nossos medos e inseguranças e, acima de tudo, nos ensina a palavra respeito. Respeito ao próximo, as crenças alheias e a própria vida. A história começa numa estação migratória da Cidade do México onde João Pedro recebe a visita do bondoso Sr. Dompson (Isaac Bardavid) e no Morro Do Além, no interior de Minas Gerais.
João Pedro está preso a dois mundos, um comandado por uma misteriosa cigana e outro pelas memórias do passado dele, na prisão do México. Todo seu passado passa por algumas horas de narração na primeira pessoa.
Uma história surpreendente, contada pela Cigana (Carol Hubner), em que o público se prende entre o passado e o presente de João Pedro.
O mineiro João Pedro jamais poderia imaginar que a sua infância turbulenta e seu amor por Marinete (Jana Torres) viesse a transformá-lo num aventureiro e o levasse a se atirar de corpo e alma na busca por um grande amor. Sem nada, coloca os pés na estrada e vai desbravar o mundo, sem imaginar que o perigo rondava seu destino. Sonhava com fronteiras abertas, livres, mas encontrou a delinquência habitual nessa costumeira travessia para os Estados Unidos.
Não distante de uma realidade, a vida de João Pedro poderia ser a de qualquer brasileiro.
Mácximo Bóssimo, autor e roteirista, soube como amarrar as conturbações de seu percurso. Como a vida de muitos brasileiros. João Pedro, apesar de seu aspecto ímpar demonstra que, acima de tudo, tem um imenso respeito pelo próximo.
Algumas considerações sobre o filme (via a equipe)
- O filme está em fase de edição e finalização. Assim que terminar essa fase, vamos marcar a estreia. Lembrando que pretendemos percorrer festivais com ele, pois achamos ter um grande potencial para tal;
- Atualmente e por enquanto, temos apenas os teasers de trabalho do filme (no YouTube e Redes Sociais do filme). Estamos à procura de uma distribuidora, que embarque nesse sucesso conosco. Então, deixo aqui as portas abertas para algum distribuidor se tornar nosso parceiro;
- O longa é totalmente independente. Feito através do esforço mútuo de atores, produtores e diretores, que acreditaram nesse ótimo roteiro e financiaram o filme. Fizemos um trabalho incrível, com um orçamento mínimo;
- Pecado Vermelho é um filme totalmente diferente de qualquer filme brasileiro já lançado. Tem uma família de fazendeiros negros, bem-sucedidos, como protagonistas; aborda misticismo, umbanda, ciganas; violência doméstica; sonho americano, homossexualidade e fala de um amor impossível;
- A frase que guia o filme é: “Quanto mais perto você chegar do seu amor, mais longe ficará dele!”.