Eu tinha 12 anos quando vi a Seleção de 82 no programa Grandes Momentos do Esporte, na TV Cultura.
E fiquei apaixonado com aquele futebol incrível, habilidoso, mortal, de passes milimétricos e de gols inesquecíveis. Na defesa, os laterais do Flamengo não pensavam muito em marcar, mas davam um baile ofensivamente. Como era bom ver Júnior e Leandro em ação.
O “quadrado mágico” dos meio campo é até hoje invejado no mundo inteiro, não tivemos mais jogadores como Zico, Sócrates, Falcão e Cerezzo dando show da forma como fizeram naquela Copa. Já o ataque tinha Éder que estava no seu auge e um Serginho que destoou um pouquinho na Copa, uma pena, pois ele não estava num bom momento na carreira.
Mas a Itália não estava querendo saber muito de festa e jogou como nunca aquela partida, ela de fato no jogo foi melhor que o Brasil é fato. Ela sabia que teria que fazer o jogo da vida pra permanecer na Copa e assim aconteceu.
Os 3 a 2 foi de fato uma tragédia para a Seleção Canarinho, porque o “futebol arte” perdeu, mas temos que reconhecer e valorizar a vitória italiana, que anulou os nossos craques de uma maneira implacável e teve Paolo Rossi estupendo naquela tarde na Espanha. Não à toa a Azurra ia se tornar campeã do mundo dias depois com méritos.
O que de fato lamento foi não ter visto meus ídolos Zico e Sócrates campeões do mundo, não tenho dúvidas que só faltou isso na carreira deles.