Os tempos são BICUDOS com aqueles bicos de aves de rapina, mas o ódio nunca vencerá o bem. E mesmo em todo lixo que transformaram este país há muitas flores para se cultivar muita terra para plantar e muita fome para se matar.
Nada nem ninguém pode vencer uma enxada empunhada por quem usa a terra – não para ter uma CASA GRANDE – e sim para sobreviver e se alimentar. Se aos vencedores sobram as batatas, que seja o povo os vitoriosos a receberem essa planta para seu sustento.
Na feira do MST deste ano que acontece hoje ainda, vimos dezenas de barracas cheias de alimentos sem agrotóxicos e com preços populares. Tudo isto mostra que dá para produzir alimentos saudáveis, fora da grande especulação capitalista e ainda contribuir para o ecossistema.
Voltando algumas décadas pode-se lembrar de quando as escolas incentivavam alunos (as) a plantarem feijão no algodão. Ali foi plantado em muitas destas crianças as práticas saudáveis de alimentação que hoje tanto se discute no mundo.
Ontem foi uma grande aula sobre comida saudável e como tratar com seriedade a economia solidaria. Sobre a parte econômica foi lindo ver inúmeras barracas todas cheias de mercadores comercializando de alimento a livros sempre dentro de um contexto social e responsável.
Muitas famílias unidas fazendo um prato típico de um estado do Brasil. E isso gerou dividendos e proporcionou uma melhora nas despesas mensais de povos que são diariamente massacrados por um sistema financeiro cruel e excludente.
Um caso nítido de responsabilidade social que o MST teve é enxergar a quantidade de famílias negras comercializando produtos na feira.
Mudar o mundo é muito difícil, mas se eventos como este do MST puderem acontecer mais vezes ao ano será uma resgate de valor muito importante e necessário.
Um outro ponto foi a grande quantidade de negros e negras na feira e a troca de experiência com pessoas de todos os estados formando um ambiente muito parecido com uma grande quermesse nacional.
O símbolo deste evento é “comida saudável” e a simbologia: “queremos um Brasil mais humano”. O país não suporta mais tanto ódio, consumo irresponsável e individualidade, ele carece de mais humanismo e solidariedade.
Como diz o jornalista Walter Faceta: “Fica a dica! Se você ainda não entendeu a natureza do MST, busque outras fontes de informação. Se o sistema produz alimentos tóxicos, que prejudicam a sua saúde, também oferece notícia tóxica, que causa malefícios à mente e ao espírito.”.