O Governo estabeleceu a nova meta fiscal para o ano que vem e como não podia deixar de ser diferente com a previsão de rombo, sinais de uma política econômica que patina nas próprias pernas.
Um dos mais atingidos pela tentativa de redução desesperada do rombo fiscal é o salário mínimo, que é a renda média de 60% dos brasileiros. O pequeno aumento para R$979 será ainda menor R$969.
Pensando em uma visão microeconomica, o salário mínimo de fato impacta Boa parte do orçamento público, principalmente nas despesas em que estão incluídos os aposentados e pensionistas.
Porém é preciso abrir o leque de visão e ver o Brasil de uma forma macro, acreditar que a saída para a crise está justamente aqui.
A economia brasileira que está tendo lampejos de crescimento ridículo ancorado apenas nas exportações da agropecuária, precisa pensarem fugir da crise novamente aquecendo o seu mercado interno.
Em um primeiro momento aumentar o salário mínimo parece uma irresponsabilidade do ponto de vista fiscal, mas quando se passa para ocampo comportamental é ai que vem a nossa chance de recuperação.
Gente que ganha o salário mínimo não irá estocar o dinheiro ou colocar em atividades rentistas como os banqueiros e grandes empresários, gente que ganha o salário minimo se mantido seu poder de compra vai comprar: alimento, roupa, sapato, eletrodomésticos, medicamentos.
É essa gente que pode novamente reanimar o setor produtivo a ter pra quem produzir, é essa gente que pode novamente não deixar as micro e pequenas empresas quebrarem, a voltar comprar no seu Ze do mercadinho, no seu João da Farmácia. É essa gente que com poder de compra novamente pode reanimar a novas concessões de crédito.
Portugal com uma imensa crise fiscal adotou justamente esse receita e tendo um mercado consumidor minúsculo perto do nosso. O resultado la esta sendo de queda do déficit fiscal e ajuste das contas públicas.
Governo com problema nas contas precisa aumentar receitas e diminuir ou segurar despesas, isso parece claro. O problema é que essa equipe econômica vê aumento de receitas apenas em aumento de tributos, quando deveria procurar aquecer o consumo, pessoas consumindo significa maior produção e consequentemente mais gente pagando tributo, aumentando assim a receita.
As despesas tem que ser cortadas no supérfluo, mas não pode em hipótese nenhuma deixar de prestar os serviços públicos e deixar com que o Governo não seja o indutor do desenvolvimento com investimento público e assim que deve ser.
O Brasil precisa ser olhado na ótica do verdadeiro Brasil, e não apenas na ótica da agiotagem Internacional.
Simples assim!