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MNE: Movimento Negro Evangélico!

 

 

Na última sexta-feira (27 de abril) no Sindicato dos Advogados de São Paulo, na rua da Abolição 167, ocorreu um encontro inusitado: reunião de organização do Movimento Negro Evangélico (MNE), regional paulista, que é presidida pelo escritor, palestrante e pastor Marco Davi de Oliveira, autor de livros como A Religião mais negra do Brasil e A Bíblia e as cotas.

O prólogo exaltando os feitos de precursores do Movimento Negro Evangélico deu o tom para o que seria a sequência do encontro; honra aos feitos e conquistas e projeção para o futuro. Ele fez referência às lutas de José Olimpo Santana, criador da Comissão Ecumênica Nacional de Combate ao Racismo, Hernani Francisco (rede social Afrokut e Missões Quilombo), dentre outros, o que pode ser consultado no livro Missão Integral da Ultimato Editora.

O fato do divisionismo atingir também as organizações negras evangélicas foi destacado. Isto talvez aconteça pela multiplicidade de pensamentos e opiniões no meio protestante, o que foi considerado de certa forma positivo pois a liberdade de opinião é constitucional. A criação do MNE como forma de superar este divisionismo, evoca a interdependência e, ao mesmo tempo as especificidades de cada grupo evangélico.

 O Movimento tem como meta imediata atrair voluntários e simpatizantes em diversas localidades e a formação de núcleos regionais, respeitando as especificidades e demandas de cada unidade. As pautas do MNE são similares às de outros movimentos negros em diversos aspectos, com ênfase à resistência ao racismo e criação de consciência negra, social, política, histórica e cultural. A atuação, segue o modelo do pastor batista e ativista político Martin Luther King Junior, e conta com a participação de várias igrejas evangélicas.

Ao se organizar nos estados e buscando crescer em número, força e representatividade em futuros congressos, o MNE pretende alcançar notoriedade e relevância social e política. Em aliança com outros movimentos progressistas como a Frente de Evangélicos Pelo Estado de Direito, tem como meta ser mais atuante do que teórico, unindo pela suas demandas os negros cristãos para além do tradicional denominacionalismo. De acordo com Marco Davi de Oliveira, os chamados evangélicos,não formam uma unidade, mas são marcados justamente por uma diversidade de crenças e valores que os faz parecidos ou em alguns casos paradoxais por conta de suas diferenças.

Quando tocou-se nas contradições entre pensamento cristão e cultura de matriz africana tradicional, o conflito surgiu. Entretanto, o consenso foi de que o diálogo inter-religioso e filosófico seria um meio de aproximação enfocando os pontos em comum que unem todos os afro-ameríndios vitimados pelo racismo. Enfim, o Movimento Negro Evangélico é um coletivo aberto a várias demandas e segmentos progressistas ontologicamente cristão, relativos aos negros. Segundo seus organizadores o MNE é um segmento de negritude filosoficamente livre para escolher em que crer e como ser, sem determinismos, porém, sujeitos ao sistema ordenado de pensamento cristão.

Quem se habilita?

 

NOTA

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Respostas de 25

  1. MNE eu me habilito! Quero saber mais e também participar. Parabéns pelo texto e por esta (esperada) noticia. Contem comigo.

  2. Isso é o resultado da falta de conhecimento da História do negro no Brasil, até porque a função primária do Movimento Negro é a valorização e respeito pela a nossa cultura , e isso envolve as religiões de matiz AFRICANA, mesmo por parte de quem não participa dela ( Meu caso ) , ai eu pergunto : Qual evangélico faz isso ? Pois é , o negro evangélico desconhece o fato que está no terceiro estágio da escravidão , a Intelectual , ao aceitar como verdade absoluta a religião dos brancos , dirigida por brancos Eugenistas que não só diminuem nossa cultura como a demonizam , ao ponto de dizerem que simples palavras em Yoruba são ” macumba ” , que a religião de nossos ancestrais são a culpa pela nossa desigualdade social, que os Orixás, são os ” encostos ” que atrasam nossas vidas. Vejo isso como o mais do mesmo, evangélicos avançado cada vez mais sobre a cultura negra , primeiro foi tentarem trocar o nome do Acarajé para Bolinho de Jesus , depois veio a Capoeira Gospel onde se jogava com louvores, Enfim, está difícil e cada vez mais desanimador , lutamos , damos palestras , mas nosso povo infelizmente não quer ser ajudado !

    1. Dirceu Lima Junior… Obrigado por suas observações. Defendemos o direto de expressar e discordar do que foi expressado. O negro em toda sua etnicidade e diversidade de opiniões e cosmovisões ainda não consegue superar suas contradições. Por isto, apoiamos todas as iniciativas de diálogos e entendimento rumo à equidade e isonomia.

    2. Dirceu Lima Junior… Obrigado por suas observações. Defendemos o direto de expressar e discordar do que foi expressado. O negro em toda sua etnicidade e diversidade de opiniões e cosmovisões ainda não consegue superar suas contradições. Por isto, apoiamos todas as iniciativas de diálogos e entendimento rumo à equidade e isonomia.

  3. Minha reflexao: Nao tem como mudar o sistema, ate para um novo formato novo, se nao estivemos no centro do poder e por ser maioria. Especialmente agora, porque existe uma politica internacional clara de exterminar, diminuir e enfraquecer a populacao negra mesmo na Africa. Nao existe possibilidade de vida em outro planeta. E a terra esta com grande numero popupacional e escassez de recursos. Entao a populacao negra e africana foram as escolhidas para deixar de existir., para acomodar a qualidade de vida de europeus e asiaticos. E as maquinas farao o trabalho de massa de producao. Temos que pegar a visao! Os fracos serao exterminados. Isso e’ fato. Temos que tomar o poder nas eleicoes no Brasil, para o melhorar a situacao social que estamos, pela maioria popupacional e territorial e soberania de recursos. Seremos o “beacon” para outros paises na como Haiti, Belize, e outros da Diaspora de maioria negra, de como sair dos vicios sociais que interessa apenas homem branco e a mlher branca manipulada e influenciada por esse homem branco, como; corrupcao e drogas por exemplo. Alem de que com republica negra equilibrada atrairemos pessoas negras e nao negras de recursos de outros paises para investimentos (sociais e economicos) no Brasil. Sobre a nossa soberania e sem a secular dependencia que por exemplo o continente africanos sofrem. Nasceremos PRETO PRETA, forte, soberano e independente. Lembremos que os EUA tem apenas 18-30% da populacao africana descendente e numca terao maioria representacional. E os nossos irmaos da america latina nao tem autonomia populacional ou territorial. Eliminaremos os males seculares que a sociedade nao-negra utilizou para nos falir e favorecer, enriquecer a america do norte e europa ocidental e oriental. Vamos nos FORTALECER, para a epoca das vacas magras que nossos sucessores sofrerao.

    1. Al Santos… Agradecemos pela sua reflexão e por acompanhar nossas matérias. O fortalecimento da representação política ao nosso ver pode ser considerado uma alternativa consistente no sentido da democratização do poder público em termos de representatividade e participação. Negros votando em negros, mulheres votando em mulheres…

    1. Obrigado pela participação. Entre em contato com o Movimento Negro Evangélico e se engaje nesta luta. Estão no FACEBOOK e noutras redes sociais.Um abraço.

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