Texto: Felipe Soares Dias
A primeira vez que entrei no mundo dos X-men foi com o desenho animado dos anos 90, apesar de não entender todo o contexto apresentado, os personagens marcaram muito a minha infância. Só mais tarde fui entender o motivo da empatia que dividia com os heróis com genes X.
Os X-men são uma criação do Gênio Stan Lee, o quadrinista foi responsável por dar vida a grande parte do universo da editora Marvel. Lee acrescentou aos seus personagens traços e motivações mais humanas, essas características aproximavam os leitores dos heróis. Criados em 1963, Stan Lee se inspira nos movimentos pelos direitos civis dos negros norte-americanos para dar vida aos X-men.
Apesar de serem semelhantes ao Quarteto Fantástico ou ao Homem Aranha, os mutantes da história dos X-men nascem com uma mutação que dá os seus poderes, por essa razão não são considerados humanos, a pequena diferença é o suficiente para a sociedade temer e atacar os mutantes. Na busca pelo diálogo entre mutantes e humanos o professor Xavier tem o “sonho” da coexistência pacifica, bem parecido com o Doutor King, líder dos movimentos dos direitos civis dos negros norte-americanos.
Para fazer alusão ao Malcolm X, o quadrinista criou Magneto. O mutante revolucionário também acreditava que todo meio era necessário para se defender – não lembra a segregação racista dos EUA? – Essas temáticas resultaram em histórias fantásticas e com o tempo Magneto acaba por se tornar um terrorista afastando-se da imagem de Malcolm X.
Sem dúvida os X-men tem uma característica única em passar um sentimento de pertencimento, uma reflexão sobre intolerância e empoderamento.