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Internacional… comoção ou casuísmo?

O Internacional de Porto Alegre está em um desespero total em sua luta contra o rebaixamento. Após a grande tragédia ocorrida com a Chapecoense o time e sua direção tem protagonizado declarações e posturas controversas. Convido aos leitores a reflexão.

Uma declaração infeliz de Fernando Carvalho gerou revolta de todos nas redes sociais, dizendo que “Nos (internacional) já temos a nossa tragédia pessoal, a fuga do rebaixamento…”. No mesmo dia gravou um vídeo se desculpando pela declaração. Nela também reclamou (e muito) da não realização da última rodada: “Esse adiamento de rodadas certamente vai ser prejudicial, nem estou falando nisso, porque como a consternação é geral, como a solidariedade é unânime de todo mundo, não é hora de reclamar. Mas o adiamento vai trazer embaraços que mais adiante vamos ter que comentar”

Após isso, o Internacional protocolou no STJD uma manifestação no caso da escalação de Victor Ramos em que afirma “servirão para ratificar a gravidade, e comprovar a má-fé da conduta dolosamente praticada pelo E. C. Vitória”. O STJD vai julgar a manifestação. O atleta teria atuado de maneira irregular em 26 jogos.

piferoA esse respeito, Vitório Piffero, presidente do clube, declarou: “Não há clube no Brasil que tenha tanta autoridade para recorrer à Justiça Desportiva quanto o Inter. Em 2005, perdemos (o título) na Justiça O Inter teria sido campeão em 2005. Nos tomaram na mão grande. Ninguém tem mais autoridade que nós por buscar o reconhecimento desta situação, que poderá reverter em pontos”

Ontem a situação teve novo capítulo. À tarde o Internacional procurou um advogado em Porto Alegre para tratar dos desdobramentos de um “campeonato incompleto”. No final do coletivo, os atletas ocuparam a sala de imprensa e Alex, o capitão do time declarou: “O campeonato fica nessa dúvida sobre o que vai ou não acontecer. A nossa manifestação e sentimento real, não tem interesse nem tabela, a gente gostaria de deixar bem claro que, por uma questão de respeito e emocional, não teríamos condições de jogar a última partida.”

interIbsen Pinheiro, conselheiro do clube e membro da “swtat colorada”, um grupo convocado para salvar o time do Inter do rebaixamento, minimizou a declaração dos atletas. “Não foi o Internacional, foram os atletas do Internacional, que por mais relevantes que sejam não falam pelo clube, falam por si.”

Porém Vitório Píffero deixou bem clara a posição do Colorado: “A proposta é não ter mais futebol em 2016. Como fazer, o que fazer, eu não sei. Essa proposta é por absoluta falta de condições emocionais.” Para não haver dúvidas, ainda declarou: “Não estou abrindo mão de nada, estou colocando um sentimento. O campeonato estaria incompleto.”

Diferentemente do sentimento de um time que abre mão de um título, ou abre mão de um jogo arcando com as consequências do seu ato, motivado por uma forte comoção, o Internacional alega “falta de condições emocionais”, porém procura na justiça condições para permanecer na primeira divisão.

Ainda teremos desdobramentos sobre tudo o que está acontecendo. O Inter se “motiva” quando fica sabendo por exemplo que o Figueirense (que pode salar o Inter caso vença o Sport) dispensou do elenco 10 jogadores e não vê alternativas viáveis dentro de campo. A pergunta que fica… Aonde está o Fair Play? É que Fair Play é educação… ele funciona bem, até quando vemos que as ações não são nobres, que são feitas somente visando seu próprio benefício.

Não podemos perder de vista que o futebol é somente a extensão do que somos enquanto pessoas ou sociedade. Seus valores são também nossos valores e para mudar, depende de cada um de nós. Queremos mudanças, mas queremos realmente mudar?

NOTA

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