No dia 31 de maio assisti ao documentário “Hip-hop e mercado: o rap” durante evento realizado no Espaço Cultural de Pirituba.
O filme é produção do coletivo NPMH2 (Núcleo de Pesquisa Mercadológica de Hip-Hop) contemplada pelo PROAC, programa de fomento do Estado de São Paulo.
Neste evento conheci figuras emblemáticas, entre elas, André Arcano com quem dialogamos um pouco sobre a trajetória e o sentido do rap e do hip-hop no Brasil da old school aos dias atuais.
Arcano é historiador, portanto memória e história fazem parte de seu repertório dialógico. Ele é o roteirista do documentário. Conheci também o André “Digital Fox” responsável pela parte técnica da produção. Este estava ocupado com a organização e funcionamento dos equipamentos de transmissão do filme.
O projeto Hip-hop e Mercado tem como objetivo descobrir e pesquisar as possibilidades inexploradas e potenciais do mercado do Hip-Hop no Brasil.
Desenvolvendo a produção de um documentário que procura desvendar algumas das questões mais pertinentes a esse tema, o NPMH2 entrevistou várias personalidades que de alguma forma envolvem o hip-hop como negócio e como cultura.
O documentário tenta responder questões que possam elucidar os aspectos de desenvolvimento econômico do rap nacional. Uma produção profissional, entrevistados com relatos envolventes, um roteiro bem “amarrado” e um tema complexo,porém, popular.
Está aí a cara da nova safra de pensadores e produtores advindos da periferia. A noite estava propícia, o público interessado e a pipoca e refrescos gratuitos “no jeito”.
A sessão transcorreu tranquilamente e após a mesma “rolou” um momento de perguntas e respostas com os produtores que foi além do tema “mercado” e ajudou na reflexão sobre a subversão do papel social do rap até sua descaracterização e popularização.
Foi um evento marcante que ficou com um gostinho de “queremos mais”. A organização ficou por conta do MOCUPIJA (Movimento Cultural Pirituba Jaraguá), uma iniciativa de produtores locais que mantêm a cena artístico-cultural de Pirituba e região na ativa. Mais uma iniciativa que o “Jornal Empoderado” que “dá voz aos invisíveis” fez questão de cobrir.