Futebol feminino, esse desconhecido
Acompanhando o jogo da seleção feminina pelas semifinais do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos no Maracanã, tive a oportunidade de ratificar meus argumentos sobre o profundo desconhecimento do brasileiro sobre o futebol feminino.
De quatro em quatro anos, as mulheres que se dedicam integralmente ao esporte bretão, ganham coro e força da população e da mídia tradicional, e, nestes jogos especificamente, seus nomes ganharam mais espaço por termos a competição acontecendo em solo brasileiro.
Se isto, de certa forma, foi um catalisador de audiência, também serviu para expor a face misógina do brasileiro médio, lamentavelmente impulsionado por figuras formadoras de opinião que, assim como o espectador comum, liberam suas impressões mais tacanhas pelas redes sociais.
Se nos próximos quatro anos a modalidade voltar para o limbo da existência esportiva nos veículos tradicionais, isso não significa que ela deixará de existir. As mulheres do futebol existem e sobrevivem com ou sem os aplausos do oportunismo dos néscios.