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Era uma vez uma menina. Seus pais se separaram e ela, juntamente com o irmão foi enviada para o interior viver com sua avó,  que era rainha, esta senhora foi um exemplo de força e independência e um modelo para esta pequena. Lá ela começou a ver o que era ser diferenciada por sua cor de pele, mas ainda não sabia muito porque isso aconteceu. Aos 8 anos foi enviada de volta para sua mãe, onde  conheceu o lobo mau, o homem mal  que abusou da sua infância. Contou tudo ao seu irmão, que era um cavaleiro de armadura e seu melhor amigo. A família fez prender o homem, entretanto, logo os guardas o soltaram.  Então seus tios, justiceiros sem nomes, mataram o lobo. Ela, achou que tinha lançado um feitiço neste animal feroz, por ter contado a história, assim, na sua inocência, teve medo de matar outras pessoas então ficou sem falar por 5 anos. Neste período dedicou-se a ler muitos livros,  desenvolve uma memória extraordinária e grande habilidade de ver e analisar o mundo que a rodeava, isso seria algo que mudaria tudo em sua vida futura. 

De volta a casa da avó conheceu uma fada que chamavam de professora. Com passes de mágica de amor, conseguiu tirar o feitiço da fala. Apresentou para a menina muitos livros, entre eles a literatura que falavam de mulheres heroínas de homens que tinham o mesma cor da sua pele.

Era uma vez uma adolescente que aos 16 anos vai ser a primeira motorista de charrete, também chamado de bonde no seu vilarejo. Conhece um príncipe que era requentado, a deixou sozinha com um bebê. Para sustentar este presente, aceitando assim diversos trabalhos, até como vendedora de ilusões e tornou-se chefe das colegas de trabalho. 

Depois de um tempo casou-se  com um duque, mas agora ela resolveu ter outra coisa deste relacionamento, o estudo. Cursou teatro e dança, separou-se  do duque e atuou em uma peça musical que se apresentou pela Província chamada Europa.Ali percebeu seu poder, sua magia, a escrita. 

Conheceu dois grandes heróis  que lutavam pelo fim da segregação racial,  um era evangélico e discursou uma vez sobre um sonho que tinha para toda a humanidade. e o outro herói já era menos pacifista e tinha um X no nome. 

Foi conhecer a origem da sua família e da sua ancestralidade de rainha que era do Continente Africano. Lá realizou tarefas humanitárias, se envolveu em debates e entende melhor sobre seu povo. Retorna para para a vila que morava, um lugar que era denominado de Unidos, mas que de união não tinha nada.

Era uma vez uma mulher que na  sua trajetória foi poetisa, escritora, jornalista, diretora, produtora, ativista, humanitária, consultora cultural, entre outros papéis. E sabe porque o pássaro canta na gaiola, nome de um dos seus sete livros e que é um best seller. Por ser uma negra que hoje denominamos de retinta, passou pelo preconceito, ainda mais porque se mostrava independente em pensamento e atitudes.

Era uma vez, Maya Angelou. Ganhou três Grammys na categoria de melhor álbum de palavra falada,  uma medalha de menção honrosa do Rei Obama entre outros milhares de prêmios. Essa diva influenciou e influencia até hoje muitas pessoas. Isso é a força da nossa ancestralidade. Limitar apenas ao sangue é pequeno para nosso povo, ainda mais porque a maioria de nós não conhece certamente de que família africana pertence. 

Levantou-se do lugar do não pertencimento a dignidade e auxiliou com sua arte a outros se levantarem.

brunijazzart.com
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