Nesta entrevista conheceremos um pouco da trajetória de Lunna, de como chegou a cultura Hip Hop e se tornou a idealizadora do coletivo Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop e do Festival de mesmo nome, que está, nesse ano na sua 8º edição.
Este festival reúne e dá visibilidade a diversas formas fazer arte a muitas mulheres que mostram que o lugar delas é onde elas quiserem.
Jornal Empoderado: Como começou no Hip Hop?
Conheci o Breaking em 94, comecei a ensaiar, treinar os passos de dança com uma *Crew de Taipas (Zona Oeste de SP). Foi a partir daí que busquei as informações sobre o Hip Hop. Formei meu primeiro grupo de Rap com uma amiga, que se chamava Consciência Feminina, dois anos depois nos juntamos a um outro grupo de mulheres que se o Justiça do Rap. Em 2001 com o nascimento de minha filha, fui morar em Francisco Morato e fundei grupo Livre Ameaça. Em 2019 dei inicio a carreira solo.
*Crew: Equipe de dançarinos de Breaking ou B-Boys e B-Girls
Em paralelo a vida artística, sempre fui militante, no ano de em 2004 fundei um portal de rap nacional na qual tinha um hotsite, que depois se tornou um site, dedicado apenas as mulheres, que permaneceu até o ano passado chamado Portal Mulheres no Hip Hop. Isso me proporcionou conhecer mulheres do mundo todo e a rede foi se formando…
Então em 2010 organizei o primeiro Fórum Nacional de Mulheres no Hip Hop que contou com a participação de mais de 150 mulheres vindas de 8 estados, juntas fundamos a Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop (FNMH2). Dentro desta realizamos diversas ações, com destaque para os livros Perifeminas que esta na terceira edição e os fóruns nacionais já ocorreram em São Paulo, Pernambuco e Sergipe.
Jornal Empoderado: Como idealizou este festival?
O Festival ocorreu da necessidade de dar visibilidade aos trabalhos das mulheres que estão inseridas no Hip Hop, sempre ocorreu presencial mas com a Pandemia em 2020 realizamos o festival intitulado Hip Hop tá em casa que contou com a participação de manas de todos os estados do Brasil.
Tivemos uma grande repercussão então escrevi o projeto na Lei Aldir Blanc e fomos contempladas. O projeto é inclusivo porque traz mulheres cis e trans, de todas as raças com participação de diversas representações municipais, pois o projeto é estadual (PROAC LAB). Também foi planejado para abranger todos os elementos do Hip hop, ou seja, DJ, B.Girl, MC, com apresentações artísticas, grafiteiras e a galera que se enquadra na categoria conhecimento.
Jornal Empoderado: O que esperam do evento deste ano?
Esperamos que todas as mulheres que participaram como protagonistas das suas próprias historias e vivências, tenham a oportunidade de estarem futuramente em outros eventos, festivais, não mais como cota, mas porque possuem um trabalho consolidado, profissional e com anos de carreira… Acreditamos que também é preciso um olhar com visibilidade para os essas mulheres como inclusão no mercado.
As pessoas que assistirem, poderão adquirir mais conhecimento sobre esta arte através dos assuntos trazidos nas palestras e bate papo e curtirão as apresentações.
Quanto as homenagens, são mulheres de muito talento, a entrega das placas será via correio. É uma atitude que a FNMH2 sempre que tem oportunidade realiza, pois sabemos a importância do reconhecimento de toda uma luta.
O festival acontece nos dias 09, 10, 11, 16, 17 e 18 de abril no facebook FNMH2.
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E-mail: mulheres.hiphop@gmail.com