No dia 30 de janeiro de 1869, Angelo Asgostini publicou na Revista Vida Fluminense, aquela que é considerada a Primeira História em Quadrinhos do Brasil: “As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte. E por este feito a partir de 1984, ficou instituído, através da “Associação dos Quadrinistas e Cartunistas do Estado de São Paulo” (AQC-ESP), que todo o dia 30 de janeiro se comemoraria o Dia do Quadrinho Nacional e desde 84 se faz o Prêmio Angelo Agostini, para prestigiar esta turma que faz histoprias em quadrinhos.
E para celebrar esta data tão importante vamos conversar com Estevão Ribeiro que além de publicar quadrinhos tem uma editora, a Aquarius.
Empoderado – Fale suas obras que mais se destacaram: Os passarinhos e agora Rê Tinta.
Estevão – Eu acabei falado nas partes preferidas rs! Mas quero falar sobre Os Passarinhos, que é um material que tenho orgulho pacas porque a tirinha está presente em 29 mil bibliotecas de escolas públicas e em dezenas de livros escolares. Já a Rê Tinta é uma menina preta e empoderada que não fica calada ao ver velhos costumes. A tira nasceu depois da ida a um evento de quadrinhos e constatar que nós, artistas negros, éramos minoria entre os expositores, e quando famílias negras se aproximavam e nos reconheciam como iguais, se sentiam representado do outro lado da mesa. Mas eu não tinha uma personagem-ícone para empoderar as meninas que lá chegavam. Daí nasceu a Rê Tinta.
Ainda sobre HQ Brazucas!
Manoel de Souza, da Revista Mundo dos Super-Herois falou o que representa esta data: “Acho bacana um dia para todos se lembrarem da importância de alguém como Angelo Agostini e como os quadrinhos são uma linguagem rica que ainda consegue encantar muita gente nesses tempos de internet.”.
E ainda nos contou um pouco sobre seu novo projeto, um livro que conta a trajetória da Editora Abril nos quadrinhos: “Estou editando um livro sobre os quadrinhos da Editora Abril para realizar um sonho antigo: homenagear a empresa que lançou tantas revistas que fizeram minha cabeça. As publicações da Abril me encantaram a ponto de influenciar minha escolha de viver editando revistas.”