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Em expansão no Brasil, eSports ganha centro de treinamento em comunidade do Rio

Os esportes eletrônicos estão chegando a números incríveis em termos financeiros e populares. Só no Brasil, estima-se que já são pelo menos 20 milhões de fãs, sendo quase metade deles consumidores assíduos dos eSports — fatia que representa a terceira maior audiência cativa do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.

Em termos competitivos, o Brasil é um dos principais países do mundo quando o assunto são os esportes eletrônicos. Não é por acaso que jogadores brasileiros como coldzera e TACO geralmente estão entre os mais conceituados em sites de apostas online, como Betway eSports. O potencial de investimento é enorme e centenas de empresários estão de olho nessa ascensão e realizando acordos cada vez maiores nos eSports.

Com a junção de projetos sociais na causa, no Brasil o potencial dos esportes eletrônicos parece ilimitado e o Rio de Janeiro já faz parte dessa história.

Em maio deste ano, foi inaugurado em Vigário Geral o primeiro centro de treinamento de eSports em uma favela brasileira. Estrutura profissional montada no Centro Cultural Waly Salomão e alcunhada de AfroGames, o espaço promete inovar e se tornar um projeto a ser seguido por outras comunidades do Rio de Janeiro.

Projeto idealizado por ONG com suporte de importantes apoiadores

A ambição de colocar um centro de treinamento de eSports em Vigário Geral veio ao público no ano passado, direto da segunda edição da Game XP. A AfroReggae, ONG fundada em 1993 e responsável por vários trabalhos importantes, idealizou o projeto com o suporte de muitos apoiadores, como a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Grupo Globo e Oi.

José Júnior, fundador do AfroReggae, conta que o projeto surgiu a partir de uma conversa com Ricardo Chantilly, empresário do ramo do entretenimento. José estava atrás de um estúdio de gravação musical da ONG, porém, Ricardo tinha outros planos com o potencial dos esportes eletrônicos.

“Pela primeira vez no mundo, crianças de áreas conflagradas terão a oportunidade de treinar num centro técnico de ponta. Vamos descobrir novos talentos dando oportunidade para crianças que não jogariam, pois não têm acesso, mas que têm um talento nato”, disse Ricardo em artigo do site Versus.

Games, programação e produção musical

Com o foco na competição de games, o projeto conta com 100 vagas. Desse total, 60 vagas são destinadas aos cursos de League of Legends, 20 para Programação de Jogos e outras 20 para Produção Musical para Games.

“O LoL reafirma um conceito muito importante para o AfroReggae, que é a diversidade. A gente separou 30% das vagas para as meninas”, disse Mariana Uchôa, coordenadora dos projetos da AfroReggae.

Além de todo esse aporte, o projeto também tem aulas de inglês. As salas são equipadas com materiais de ponta e decoração personalizada para causar uma imersão ainda maior no universo dos games.

Apesar do projeto ser sediado em Vigário, Mariana afirma que as pessoas de todo Estado do Rio de Janeiro podem se inscrever no AfroGames. “Os games são o novo Rock´n Roll e vão revolucionar as novas gerações dando oportunidade para qualquer um conquistar uma posição de destaque dentro desse novo mercado profissional, seja jogador ou trabalhando nos bastidores”, afirmou Ricardo.

Possibilidade de expansão para o futuro

Por enquanto, quando o assunto é jogar, o AfroGames realiza apenas cursos para League of Legends, porém, isso deve pode mudar no futuro com a possível adição de games como Dota 2, Counter Strike: Global Offensive e outros.

O League of Legends já conta com uma liga brasileira especializada no jogo e tem muita repercussão nacional. Chamada de CBLoL, essa divisão movimenta cifras milionárias e tem investimento direto de times de futebol como o Flamengo.

Para Ricardo, a projeção é acompanhar essa evolução dos esportes eletrônicos e tornar o AfroGames um exemplo para outras comunidades. “Queremos levar centros de treinamento de altíssimo nível para dentro de várias favelas”, finalizou o empresário.

Já foi o tempo em que os esportes eletrônicos eram rotulados como algo do futuro. O presente chegou para essa modalidade e sua realidade em expansão influencia positivamente milhões de pessoas. Para os moradores das comunidades do Rio de Janeiro, 2019 pode se tornar um divisor de águas nos eSports.

Por Luara Lua Pereira de Marinis

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