Com a aprovação da Reforma Trabalhista, atrelada a lei das terceirizações, quem perde é o trabalhador, que viu sua única defesa, a CLT, ser dilapidada.
Com a reforma trabalhista teremos um aumento significativo nas contratações, principalmente através das empresas terceirizadas, precarizando ainda mais os serviços. Para o empregador é mais viável pagar menos por um terceirizado, com data estipulada por três ou por nove meses, do que efetivar um trabalhador, algo extremamente oneroso. Os brasileiros vão experimentar o que muitos trabalhadores do planeta já vivenciam, com pouca estabilidade, emprego por tempo limitado e bicos para complementar renda, tudo para favorecer o capital.
Existe uma trinca do mal, extremamente prejudicial aos trabalhadores: A lei das terceirizações-a reforma da Previdência-a reforma trabalhista. Essa trinca se complementa, jogando nas costas do trabalhador comum toda responsabilidade por uma crise econômica internacional.
Devaneio acreditar que a solução para uma crise econômica passa pelo desmonte dos direitos adquiridos em anos de lutas trabalhistas, pelo contrário. Com a aprovação da Reforma Trabalhista teremos um aumento significativo dos sub-empregos, precarizando ainda mais as relações de trabalho. Os trabalhadores serão obrigados a negociar diretamente com o patronato e sabemos, é uma relação de forças desigual já que o patrão detém o poder dos meios de produção, sem contar, sua relação íntima com o Estado enquanto os trabalhores, apesar de terem o monopólio da força de trabalho, infelizmente devido ao constante processo de alienação, não conseguem se organizar em sindicatos fortes e, verdadeiramente, competitivos.
Hoje é um dia de festa para o patronato e de imensa tristeza para os trabalhadores de todo Brasil e, no final, novamente o elo mais fraco, pagou o pato.