A Jordânia que faz parte da coalizão contra o Estado Islâmico tem enfrentado problemas com o extremismo Muçulmano. Grupos como o Al-Qaeda e o Estado Islâmico (El) tem recrutado jovens na Jordânia. O país intensificou sua participação em ações militares em retaliação a um piloto de sua força aérea, executado pelos militantes.
Pensando nisso o empresário jordaniano Suleiman Backhit criou um grupo de super-heróis cuja missão é combater a propaganda extremista do El sobre os jovens árabes. Backhit acredita que os jovens são mais influenciáveis por esses grupos radicais. Segundo ele tais grupos pregam o terrorismo como uma missão heroica. Backhit ainda afirma que a maior ameaça no Oriente Médio é o terrorismo disfarçado de heroísmo e que a propaganda islâmica é “uma arma poderosa” para combater essas más influências.
Por isso os personagens são direcionados ao público infanto-juvenil. Entre os heróis temos agentes secretos, uma força tarefa de elite formada exclusivamente por mulheres (inspirada em uma real) e uma versão moderna da princesa Sherazade.
Ele acabou conhecido em todo o mundo pelo seu esforço para combater o preconceito anti-árabe. Uma entrevista com o cartunista postada em sua página no Facebook no dia 1º de junho último se tornou viral na Noruega, ganhando 300.000 visualizações e mais de 3000 curtidas.
Por causa de seu trabalho Backhit já sofreu inúmeras ameaças e até teve o rosto cortado por militantes islâmicos. Mas mesmo assim ele não desiste. (Ricardo Quartim)
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