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Por Professor Babalawô Ivanir dos Santos

“Vai mostrar esta saudade, sonho meu

Com a sua liberdade, sonho meu

No meu céu a estrela guia se perdeu

E a madrugada fria só me traz melancolia Sonho meu”

Na noite do dia 16 de abril a nossa eterna “Grande Dama do Samba”, dona Ivone Lara, nos deixou. A dor da perda, inestimável para todos nos, é aos poucos alentada pelo brilho do seu monumental legado e contribuições para o enriquecimento da música e cultura popular brasileiras.

Nossos corações, em sussurros lentos, contínuos e cadenciados , cantam silenciosamente, “Sonho meu, sonho meu vai buscar quem mora longe sonho meu!” Longe e, tão perto enquanto força ancestral que nos guiará em som  nesse imenso silêncios que hoje lhe prestamos. 

Dona Ivone Lara, foi canta e interpretada nos vários palcos da vida! Palcos como o que à recebeu durante o Prêmio Camélia da Liberdade, em 2006. A negra mulher de olhos fortes e sorrisos expressivos, inovou ao se tornar compositora e interprete de enredos de samba no Império Serrano, ainda em meado dos século XIX.

Entre prêmios e homenagem, como a que recebeu na 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira realizada em 2010, Dona Ivone Lava, que sempre fez história, também foi imortalizada pela História ao ser eleita uma das  dez grandes mulheres que marcaram a história da cidade do Rio de Janeiro. Sua trajetória de vida, sempre será o seu maior legado para todas e todos nos!

Hoje, querida Ivone Lara, silenciosamente colhi em teu jardim  de palavras, cifras e composições algumas flores para expressar a falta que não te-la entre nos.

“Um sorriso negro, um abraço negro

Traz….felicidade

Negro sem emprego, fica sem sossego

Negro é a raiz da liberdade”

E é assim, nossa eterna Dama Negra do Samba, que quero manifestar a minha solidariedade e condolências aos seus filhos, parentes, amigos e à família do samba, que hoje trocou os sonhos ritmados dos instrumento de percussão para lhe homenagear com o seu Gurufim ! Que o criador lhe receba de braços aberto e que você possa continuar compondo e cifrando lindas melodias juntos às estrelas. 

Hoje, se nos lamentos suas perda aqui no Ayé, tenho certeza de o Orum o está em festa.

NOTA

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