Hoje, 2 de abril, é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, criado pela ONU (Organização Mundial da Saúde) desde 2007.
Embora o Brasil seja um local cheio de preconceitos, podemos dizer que ano após ano a luta pela conscientização e a inclusão das pessoas com deficiência ganham mais forças.
Mesmo que ainda pequena perto do que realmente seja necessário, essa data é um convite para a reflexão do que já foi conquistado e tudo aquilo que ainda pode ser alcançado.
Flávia Albaine, Defensora Pública de RO e que também possui um projeto chamado “Juntos pela Inclusão Social”, produz rodas de conversas, seminários e outros eventos focados nesse contexto principalmente na região da comarca em que atua, Colorado do Oeste.
“Temos sempre como objetivo o esclarecimento e a troca de informações da população sobre o autismo, atingindo, assim, um dos objetivos da Defensoria Pública, que é a promoção dos direitos humanos”, conta.
Assim como ela, é quase unanimidade a ideia de que o conhecimento seja a base de tudo para que a sociedade saiba entender o autismo.
Além disso, a união das famílias também é importante, pois a troca de experiências e o apoio podem ser fundamentais.
“Nós fundamos um grupo de mães e promovemos rodas de conversas, no intuito de visualizarmos nossas maiores dificuldade e desabafos dos pais. Com o grupo ‘Autismo na Família’ também fomos nos conscientizando dos nosso direitos, para oferecer melhorias na qualidade de vida para nossos filhos”, conta Rudineia Pogere, mãe de Leticia Vitória Pogere Ferreira.
O autismo no Brasil
De acordo com os dados da OPAS Brasil (Organização Pan-Americana de Saúde), uma em cada 160 tem Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva”, define a instituição.
Portanto, é sempre importante que a pessoa com TEA, seja ela criança, adolescente ou adulta, tenha o tratamento e acompanhamento adequados com profissionais capacitados, indicados de acordo com a avaliação de cada caso.
E, claro, que o dia de hoje, além de fazer com que a sociedade reflita sobre a igualdade, a empatia e a necessidade urgente de fazer um mundo apto para receber todos da maneira mais igualitária possível, é essencial que as pessoas também tenham em mente a questão dos seus direitos.
“É preciso que a Lei não fique apenas no papel e que consiga ser efetiva na prática, alcançando o seu objetivo de empoderamento da pessoa com deficiência. Para tal, é necessária ainda conscientização da população a respeito dos direitos dessas pessoas, assim como programas de estímulo à aceitação e de combate ao preconceito. Também se faz necessário que a sociedade se adeque a uma realidade inclusiva”, finaliza Flávia.