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Criança na escolinha? Saiba como lidar com a adaptação!

Hoje em dia é comum as crianças irem para a escola antes de completar 1 ano, já que as mães trabalham e nem sempre as avós estão disponíveis para ajudar nessa função.

A psicóloga e coach de mães, Isabela Cotian, ressalta que a adaptação escolar é um processo vivenciado não só pela criança, mas também pelos pais e pelos profissionais da escola.

Isabela Cotian, psicóloga e coach de mães

“Cada um irá reagir de maneiras diferentes durante esse processo, sejam nas manifestações emocionais ou no tempo que levará para ser concluído. É um período que traz ansiedade e expectativas”, explica.

A angústia da separação, o medo de que o filho não seja atendido e amparado prontamente quando solicitado e de que a criança chore e sofra com falta da mãe geram insegurança, culpa, ansiedade e preocupação nas mulheres e, consequentemente, abalando o emocional da criança.

Para que esse processo seja vivenciado por todos com sucesso, a família e a escola desempenham um papel fundamental.

“Ações tomadas em parceria poderão favorecer a cada um sair do período de adaptação mais fortalecidos, principalmente a criança. Afinal, não é fácil para ela se separar da família, lidar com um ambiente novo e com pessoas que ela só irá conhecer aos poucos”, conta.

Ela indica que os pais comecem a falar das aulas mais ou menos nos três últimos dias de férias. “Além disso, leve seu filho para conhecer a escola antes de começarem as aulas.

Nem que seja passar na rua para ver o lado de fora. É uma maneira de fazer com que ela não seja totalmente estranha no primeiro dia”.

Caso tenha que comprar algum material escolar, leve a criança, e se puder, deixe que ela também faça escolhas, como o personagem da mochila ou a cor do estojo. Isso irá gerar entusiasmo e comprometimento.

Existe idade certa para a criança ir à escolinha?

A psicóloga realça que não há um tempo correto para que o filho vá para a escola, mas sim a realidade e a escolha de cada família.

“Essa alternativa é muito pessoal e os pais devem analisar todos os fatores que envolvem essa decisão: o seu trabalho, a idade do bebê e o preparo emocional de todos”.

Ela explica que se a mãe tem que voltar ao trabalho e não possui alguém de confiança para deixar o filho, não deve se culpar por isso.

“Entretanto, se a mamãe pode trabalhar em casa e esperar que as crianças cresçam um pouco mais, será melhor tanto para ela quanto para o filho. Coloque o pequeno ou a pequena na escola quando sentir que estão emocionalmente preparados”.

Se a opção for a escolinha, comece a falar sobre isso com a criança quando decidirem começar as pesquisas.

“Convide seu filho para conhecer a escola junto. Faça uma visita quando a escola estiver funcionando, mostre a professora, a sala, os brinquedos e conte como será divertido brincar com novos amigos e aprender um mundo novo!”, sugere.

A criança percebe a emoção dos pais e quanto mais confiantes e animados estão, conseguem transmitir isso aos filhos.

Quais benefícios a escolinha traz às crianças?

Isabela opina que entre 3 ou 4 anos é o período ideal do pequeno ir para a escola, exceto se os pais realmente não puderem contar com outras maneiras de conciliar a criança com sua rotina.

“Cabe a nós, mães e pais, estimularmos os nossos filhos com brincadeiras adequadas a cada faixa etária. Se seu bebê não vai para a escola, mas fica em casa na frente da TV, então talvez a escola seja a melhor opção”, esclarece.

E continua: “A socialização é importante nessa faixa etária, mas ela pode ser feita em atividades coletivas, em que você também participa. Como levar a criança ao parque, ao playground do prédio, aula de natação, de música e rodas de contar histórias”.

Porém, se não houve jeito e o pequenino precisou ir à escolinha, não se julgue. “A escola pode ser um excelente meio de socialização a partir dos 2 anos, para que ela tenha amigos, comece a brincar junto, aprenda a conviver e respeitar outras pessoas”.

Mas a especialista destaca alguns cuidados a serem tomados. Um deles é que é preciso ter atenção aos sinais físicos e comportamentais que a criança dá quando o estabelecimento não consegue cumprir bem o seu papel.

“Creches, berçários e escolas de educação infantil oferecem vantagens, como equipe de profissionais treinados, respaldo educacional e eliminação da necessidade de babá. Mas há crianças que são infelizes”.

Ela explica algumas razões: “Ela pode não se adaptar à instituição, estar sendo negligenciada ou vítima de maus tratos. Uma dica é criar momentos de brincadeiras com as crianças e fazer dramatizações do ambiente escolar”.

“Eles podem representar o papel do aluno e a criança o do professor ou cuidador e vice-versa, mostrando assim o que se passa na realidade”, finaliza.

Serviço:

Isabela Cotian – www.isabelacotian.com

 

 

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