Nascido oficialmente em 04 de outubro de 2018, mas com um processo histórico muito anterior a essa data, o Coletivo Neusa Santos é o encontro de pesquisadoras e pesquisadores negras e negros que lutam pela ascensão social da população negra a partir de sua inserção no mundo acadêmico, buscando garantir um espaço de acolhimento, compartilhamento de ideias e conhecimento, assim como manter viva a discussão da temática racial dentro do ambiente acadêmico, evidenciando autoras e autores negras e negros, assim como não negros que abordam a temática racial, buscando garantir a descolonização do pensamento crítico e o crescimento de discentes e docentes negras e negros nos diversos programas de pós-graduação Brasil a fora.
Conhecer a realidade que nos foi negada ao longo de nossa história, realizar estudos e aprofundar conhecimento em questões que assolam exclusivamente a população negra, conhecer e compartilhar com os quatro, cinco, os diversos cantos que pudermos alcançar; a cultura, os desafios e embaraços, as autoras e autores, as e os diversos intelectuais, oriundos do povo negro brasileiro, faz parte de nossa missão enquanto Coletivo.
Alguns artigos poderão parecer desabafos, e eventualmente o são. Isso porque, imersos em uma realidade que camufla o Racismo, sobreviver a ironia de que “o sol nasce para todos” não é das tarefas mais fáceis aos integrantes do Coletivo Neusa Santos. Compreender a realidade dessas pesquisadoras e pesquisadores em suas produções poderá surtir novas perspectivas sobre a sociedade e seus avanços (ou retrocessos) em um processo de equidade racial e estrutural.
Feita esta apresentação, nós do Coletivo Neusa Santos oficializamos, com esse artigo, nossa atuação como os mais novos colunistas dos Jornal Empoderado, trazendo quinzenalmente questões relacionadas à realidade da população negra, compartilhando conteúdos fruto das nossas pesquisas e da realidade cotidiana do povo brasileiro, a partir do olhar de cada indivíduo que compõe esse Coletivo.
Escrever para a coluna é também um ato de conceber uma expressão da realidade, sendo ela vivida em forma de sentimentos, ações, movimentos, lutas, estudos e pesquisas. São realidades, que tornam-se uma expressão tal como expressam a realidade para o movimento cotidiano dos corpos integrantes da mesma, corpos que se dispuseram a movimentar-se, coletivizar-se e compartilhar, não apenas como exposição, mas sim uma troca. Uma troca de quem sou, com quem estou sendo e quem venho a ser frente à quem leu, está lendo ou virá a ler.
Assim concluído, Coletivo Neusa Santos, presente!