Tem se tornado Normal, Clubes de futebol deixar suas cidades sedes e se transferir para outras, por alguma dificuldade, interesses políticos ou financeiro; quem não se lembra do caso marcante do Guaratinguetá E. C. que em 2010, deixou sua sede no Vale do Paraíba e se Transferiu para a cidade de Americana, na Região de Campinas, à 273 km de distancia, por motivos políticos e financeiros.
Em sua nova sede, o clube foi batizado de Americana F. C. mas esta aventura durou apena a temporada de 2011, no ano seguinte, o Guaratinguetá retornou ao Vale do Paraíba, porém jamais voltou a se encontrar, perambulou pelas competições estaduais e nacionais, até que em 2017, se licenciou das competições oficiais da Federação Paulista de Futebol.
Outro caso que chamou a atenção da impressa e do público, foi a transferência da equipe do Grêmio Barueri, para a cidade de Presidente Prudente; no noroeste paulista, à 531 km, no mesmo ano de 2010, por divergências com o governo de Barueri, depois de uma longa novela, o time da zona oeste da Grande São Paulo, fechou um acordo com o Oeste Paulista E. C. da cidade do interior e passou a se chamar Grêmio Esportivo Prudente, que hoje está na 2ª Divisão do Campeonato Paulista.
Um caso que difere dos anteriores, é o do S. C. Atibaia, que por méritos próprios conseguiu o acesso à Série A- 3 em 2014, porém não pôde jogar em Atibaia, pois a Federação Paulista de Futebol – FPF interditou o seu Estádio, o Salvador Russani, e em 2015 mandou seus jogos na cidade de Bragança Paulista, no Estádio Dr. Nabi Abi Chedid.
Naquele ano, a equipe ficou entre os 4 clubes a conquistar o acesso a série A-2, porém foi barrado pela Federação e não teve confirmado o seu acesso, tendo que voltar a disputar a Série A-3. Em 2017 a nova gestão do clube, transferiu a equipe para a cidade de Indaiatuba, e lá disputou a A-3, em 2017 e 2018, ano em que conquistou o acesso para a Série A-2, como campeã. Agora Atibaia promete construir um novo estádio para resgatar o seu clube de volta pra cidade
E a situação do C. A. Taboão da Serra???
Recentemente a Federação Paulista de Futebol – FPF, realizou diversas vistorias no Estádio Municipal Vereador José Feres, apontou diversas irregularidades na adequação da praça esportiva e deu um ultimato a Direção do Tricolor da Serra; ou a estrutura esportiva da cidade cresce em qualidade, ou a equipe poderá perder o direito de disputar a série A-3, já em 2019.
A Vistoria da entidade, apontou falhas nas instalações físicas do Canil, tais como as condições dos vestiários, das cabines de imprensa, os muros e alambrados do estádio, reclamou do uso inadequado da praça esportiva, da grama mal cuidada, do mato não aparado, da tecnologia, como a falta de uma rede local de Wi-Fi. Detalhes que podem prejudicar a equipe e até devolvê-la à 4ª Divisão.
O Jornal Empoderado, conversou com exclusividade, com o Presidente do CATS, sr. Anderson Nóbrega, que se mostrou bastante preocupado com a situação.
Jornal Empoderado: Boa noite Presidente; Tudo bem?
Anderson Nóbrega: Boa noite, tudo.
JE: Como assim Anderson; time sub- 20 pra disputar a Copa Paulista?
AN: Time Sub – 19 na maioria, mas teremos alguns maiores. Temos que dar chance para os jovens, não é isso que todo mundo pede?
JE: E o que você projeta para a Copa Paulista?
AN: Revelar jogadores, fortalecer a base e ter grandes talentos para a próxima Copa São Paulo de Futebol Jr.
JE: E quanto a oportunidade de uma disputa nacional, não está no planejamento?
AN: Temos que ser realistas, com pouco apoio fica difícil; mas por que não podemos chegar com os garotos? o trabalho é muito bom.
JE: Mas isso não pode refletir no profissional, para a Série A-3 2019?
AN: Não, pelo contrário, vamos economizar e ter caixa para iniciar o Paulista fortes; Gerson como te falei com o pouco apoio fica difícil manter o CATS.
JE: Isto preocupa; o que você traça para o futuro do CATS?
AN: O CATS está consolidado, é respeitado e tem muita força, mas precisamos que a cidade entenda isso e nos ajude a cumprir os regulamentos, pois a Federação Paulista está cada vez mais exigente, e rigorosa, não só com a montagem da equipe, mas principalmente com as instalações e organização do estádio.
AN: Para que o CATS cresça, é preciso que a estrutura esportiva da cidade cresça da mesma forma, caso contrário, podemos repetir a situação ocorrida com o S. C. Atibaia, que para subir teve que mudar de cidade, o Atibaia joga hoje, com o apoio da cidade de Indaiatuba; uma coisa que eu acho inadmissível.
JE: No sentido apoio da cidade, você se refere também à prefeitura?
AN: Sim; os vistoriadores da Federação Paulista, reclamaram do uso excessivo e inadequado do estádio, isso reflete nos laudos e lava a Federação a questionar se a cidade tem realmente interesse de ter, a equipe em Taboão da Serra.
JE: A pergunta se faz necessária; Embu das Artes seria uma ameaça?
AN: Então, Embu está num processo acelerado de melhoria das suas estruturas. Mas Jaguariúna tem interesse em levar o CATS pra lá. Mas nem passa pela minha cabeça fazer isso.
AN: Em 2016, eu Enfrentei a maior pressão do XV de Jau, que queria a vaga do CATS, alegando que seu estádio tinha muito mais estrutura do que o nosso José Feres; mas eu resisti.
JE: Esta era a resposta a esperada; mas até onde você, como Presidente do clube, pode resistir?
AN: Se o estádio não estiver nos padrões que a Federação Paulista está exigindo, ou a equipe volta para a divisão anterior, ou muda de cidade, assim como aconteceu com o Atibaia, que o presidente levou para Indaiatuba, por que no ano anterior a Federação interditou o estádio deles e eles caíram.
AN: Eu sou frontalmente contra essa ideia de tirar o time da minha cidade, só faria isso em caso de sobrevivência do clube, espero que isso jamais ocorra.
AN: A federação fez diversas vistorias no nosso estádio, e fez muitas reclamações; quanto a equipe tá tudo certo; a entidade cobra melhorias no estádio; gramado mais cuidado, mato cortado, chuveiros funcionando, cabines de imprensa melhor, sistema de Wi-Fi. coisas que tiram ou mantêm uma equipe na Série A do Campeonato Paulista.
JE: O que você preve para o ano que vem; corremos riscos?
AN: Gerson; vai chegar a hora, que se os regulamentos que a Federação impões, não forem atendidos, vão nos proibir de atuar em Taboão da Serra, vão nos tirar da Série A-3 e de ser sede da Copa São Paulo de Futebol Jr. não sei quando, mas sei que essa hora vai chegar.
AN: Uma coisa eu preciso deixar muito claro, eu creio e confio no nosso Prefeito Fernando Fernandes, sei que ele sempre atendeu todas as exigências, e que ele jamais deixaria acontecer que o clube da cidade fosse prejudicado, pois ele reconhece a importância, que o CATS representa, para esta cidade, tenho certeza que posso contar com o apoio dele. Ele não permitiria que o CATS jogasse em outra cidade.
AN: Gerson; pela minha vontade o CATS permanece em Taboão da Serra, pra representar a cidade na Série A-2, Série A-1 do Paulista e nas competições nacionais. Mais uma coisa é certa, se nada for feito, corremos sim, um sério risco, de já em 2019, sermos impedidos de disputar competições da FPF, sermos rebaixados ou termos de mudar de Taboão da Serra, e na possibilidade de não jogar ou de ser rebaixado, só me resta uma alternativa, ir embora.
(Crédito: Página oficial do Bandeirante E. C.).